domingo, 25 de dezembro de 2016

"É Natal?", de João Soares Neto


O que caracteriza o Natal? A sociabilidade aumentada? A mudança do estado de espírito? Mais proximidade com a família? Ouvir e ver os anseios encomendados nas televisões? Acreditar em saúde melhor? A intenção, mesmo passageira, de servir, ajudar o próximo? A cultura do nosso dia a dia? A esperança de fazer algo novo, empreender?  E como ficam as finanças no balanço já em curso?  Empatam, pelo menos?
Há um pouco de cada um do especulado no parágrafo acima, mas Natal é, antes de tudo, simbologia. A necessidade pessoal de se sentir melhor do que é na realidade; deixar por menos os inesgotáveis motes familiares; ver a saúde como o resultado da genética, dos exercícios feitos ou não, do comido, do bebido e de como nos aceitamos no nosso mundinho real e no imenso universo.
Natal é, mesmo assim, sinal de vida. Somos parte da humanidade. Essa a enfrentar-se no Oriente Médio de forma absurda para os nossos olhares não árabes; ver a decadência política e econômica do Brasil causada pelo descaso de cada um de nós, os eleitores. Não era para ser assim?! Era. Nós somos causa e efeito do todo a nos aturdir. 
Em seguida, logo ali, o ano novo, um dia igual a todos, pois feriado dito da confraternização universal. Exato nesse dia nos trancamos em nossas casas, dando trato à imaginação e na reflexão feita não encontramos a pedra filosofal ou mera saída.  Daqui a menos de um mês, a Casa Branca voltará a ser branca. E o Jaburu? Feliz Natal!


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