quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Minicurso de Capacitação em Mercado Editorial no projeto Rota das Especiarias: inscrições abertas!


Caro (a) Escritor(a),

A publicação de um livro é uma enorme satisfação para todo escritor. Mas, sabemos que mais importante ainda é fazer com que ele seja lido.
Os escritores financiados por grandes editoras, geralmente, contam com um forte aparato de distribuição e publicidade de suas obras. Mas, se não é o seu caso, não significa que sua obra vai cair no ostracismo. Com algumas noções de marketing, é possível garantir um eficiente esquema de distribuição de sua(s) obra(s).
Pensando nisso, o Projeto Rota das Especiarias, em parceria com o SEBRAE-CE e a Faculdade Lourenço Filho, promoverá um minicurso de capacitação (09 horas/aula) voltado para escritores e pequenos empreendedores do mercado editorial.
No curso, serão abordadas algumas noções de marketing (noções de preço, e-commerce, promoções em redes sociais etc) com o objetivo de capacitar os autores para a comercialização e distribuição de suas obras.
Serão ofertadas 50 (cinquenta) vagas e, ao final, os participantes receberão certificado. 


Inscrições gratuitas!

Local: Faculdade Lourenço Filho (Rua Barão do Rio Branco, 2101, Centro)
Data: 05 de novembro e 12 de novembro de 2011
Horário: de 8 às 12h.

Os participantes deverão comparecer ao local portando um documento de identidade com foto.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Personal Person", crônica hilariante de Ronaldo Monte



A coisa começou com a invenção do personal training. Ser uma celebridade e não ter o seu personal training era quase um pecado mortal. Como eu tenho uma propensão natural para a maldade, acho que isso foi invenção da mulher de algum endinheirado que descobriu uma forma segura de descolar uma grana para o seu jovem e atlético amante. A partir daí a moda pegou e começaram a aparecer as mais diversas variações de assistência pessoal. Tem o personal care, destinado ao consolo das senhoras da terceira idade. Tem o personal wear, para sugerir as esquisitices que as dondocas devem usar em situações específicas. Tem até o personal dog, que não é exatamente um cachorro de estimação, mas um cuidador de lulus e totós das madames que não têm mais tempo além do que gastam no cabeleireiro (personal hair, eu suponho) e na academia.
Pois bem, para não parecer um retrógado ressentido, venho me lançar no mercado como Personal Person. E o que vem a ser exatamente um personal person? Trata-se, obviamente, de uma pessoa (eu, no caso)  que se propõe a agir como um ser humano comum, sujeito a variações de humor e condições de saúde. Isto é bom, porque oferece o elemento surpresa, o cliente nunca sabendo exatamente como eu vou chegar. Pode me pegar de bom humor  ou completamente sorumbático, o que irá definir o tipo de assunto a ser conversado. Podemos falar de trivialidades, como o mais novo CD da Lady Gaga, ou pegar pesado com as previsões recentes sobre a economia global.
Como personal person posso ser usado numa fila de banco, na sala de espera do médico ou nos intervalos cada vez maiores das novelas. Mas o meu melhor aproveitamento será numa mesa de bar ou restaurante. Aí é que se disporá de um tempo agradável de espera, entre o pedido ao maitre  e a vinda do garçom. Nada de self-service, portanto. Será aí, na penumbra e ao som de um piano que o  seu personal person exercerá todo o encanto  de uma pessoa ao mesmo tempo comum e diferenciada. Desde que seja pago por isso. Regiamente pago, bem entendido, como todo personal-qualquer-coisa que se preza. 

Fonte: recebido de Ronaldo Monte

domingo, 23 de outubro de 2011

Lançamento de "O Professor de Piano", de Rinaldo de Fernandes, no Bazar das Letras do SESC (25.10)


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Relise da Obra: Já lançada em cidades como São Paulo, Salvador, Recife, João Pessoa e Natal, O Professor de Piano (Ed. 7Letras/RJ), o mais novo livro de Rinaldo de Fernandes, terá lançamento em Fortaleza terça-feira, 25 de outubro, às 19h, no projeto BAZAR DAS LETRAS DO SESC Fortaleza (Av. Duque de Caxias, 1701 – em frente ao DNOCS), com mediação do escritor Carlos Vazconcelos. O livro tem posfácio da ensaísta gaúcha Regina Zilberman.

Rinaldo de Fernandes, professor de literatura na UFPB e doutor em Teoria e História Literária pela UNICAMP, é um escritor que tem se destacado na literatura brasileira contemporânea com obras como o romance Rita no Pomar, que foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura de 2009 (e que poderá virar um longa-metragem do cineasta paraibano Marcus Vilar), e também por ter organizado coletâneas de contos e de ensaios de sucesso editorial, tais como O Clarim e a Oração (Geração Editorial, 2002), Chico Buarque do Brasil (Garamond/Fundação Biblioteca Nacional, 2004), Contos Cruéis (Geração Editorial, 2006) e Capitu mandou flores (Geração Editorial, 2008).

Ao posfaciar O Professor de Piano, a grande ensaísta e professora de literatura Regina Zilberman se rendeu ao talento do autor, chamando-o de “Mestre do Conto”. Rinaldo de Fernandes, contista premiado nacionalmente (seu conto “Beleza”, que abre O Professor de Piano, ficou em primeiro lugar no Prêmio Nacional de Contos do Paraná e foi escolhido entre os melhores do Premio Unicamp Ano 40 de Conto), já vem se consolidando no panorama da literatura brasileira contemporânea como um dos mais destacados e talentosos ficcionistas.

Relise sobre o autor: Rinaldo de Fernandes é escritor premiado, doutor em Letras pela UNICAMP e professor de literatura na UFPB. Autor de 9 livros, entre individuais e os que organizou. Publicou os livros de contos O Caçador (1997) e O perfume de Roberta (2005) e o romance Rita no Pomar (2008 – finalista do Prêmio São Paulo de Literatura 2009). Já participou de antologias de contos como Futuro presente: dezoito ficções sobre o futuro (2009 – org. Nelson de Oliveira), 90-00: cuentos brasileños contemporáneos (2009 – org. Maria Alzira Brum Lemos e Nelson de Oliveira) e Tempo bom (2010 – org. Sidney Rocha e Cristhiano Aguiar). É o organizador dos seguintes livros: O Clarim e a Oração: cem anos de Os sertões (2002), Chico Buarque do Brasil: textos sobre as canções, o teatro e a ficção de um artista brasileiro (2004), Contos cruéis: as narrativas mais violentas da literatura brasileira contemporânea (2006), Quartas histórias: contos baseados em narrativas de Guimarães Rosa (2006) e Capitu mandou flores: contos para Machado de Assis nos cem anos de sua morte (2008). Seu conto “Beleza”, concorrendo com cerca de 1.200 trabalhos de todo o país, obteve o primeiro lugar no Prêmio Nacional de Contos do Paraná (2006), um dos mais tradicionais de nossa literatura. Entre os ensaístas e pesquisadores que já abordaram a sua ficção, podem ser destacados Silviano Santiago, Silvia Marianecci (Itália) e Regina Zilberman. Atualmente é colunista do jornal de literatura Rascunho, de Curitiba.

Lançamento Programação Cultural Infantil "Yoiô: o bode celebridade", de Arlene Holanda, no Museu do Ceará (29.10)


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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

"Coisas Engraçadas de Não se Rir XIV: Vingança pela Raiz", crônica de Raymundo Netto para O POVO (19.10)



Muito bem, estávamos em maio. Era o Dia Mundial sem Tabaco. Na televisão, no rádio, nas praças, era só no que se falava: Dia Mundial sem Tabaco!
No Brasil, as campanhas antitabagísticas rolavam soltas, adeptos à ruma, mas em Bangladesh, país conhecido pela presença de grandes acidentes naturais, como ciclones, por exemplo, creio que não, pois foi num repente rodamoinho que veio-nos a notícia:
Um cidadão, Mozammel, pai de cinco filhos, certo de sua doçura, há cerca de seis meses arrastava asas a uma pós-balzaquiana mulherinha dos arredores. Gentilezas para cá, safadezas para lá, justo no alarmado Dia Mundial sem Tabaco, o desavisado decidiu empreender sua campanha a favor da criatura de seu desejo.
A bengalesa Monju, vítima do seu desajeitoso assédio, há muito desconfiada das intenções do vizinho, dormia, vejam só, não com uma bengala, mas com um facão embaixo do travesseiro. Assim, foi o esperançoso, certa fria noite, invadir-lhe a alcova a apresentar-lhe o pretensioso “buquê” e ela “Dá cá!”, o tomou de assalto, à arma branca, guardando-o, mais que depressa, num saquinho de bodega, desavisada ela também do dito: “a paz se faz pelas mãos das mulheres”.
O coitado inda gemia à falta de sua ferramenta amorosa quando a criatura soleirava à porta da delegacia, prestando queixa, prova na mão, como antes o queria o agressor, mas não exatamente dessa forma.
A polícia horrorizou-se: nada mais cabal!
O sujeito foi parar, claro, no hospital, insultando a mulherzinha de um tudo, menos de vaca, pois esta, naquelas bandas, é sagrada. Por lá, nada a fazer, a não ser a espera da providência divina ou a inscrição eterna no sindicato dos eunucos. Enquanto estivesse em recuperação, a justiça terrena — e masculina —, solidária à dor, o preservaria, mas saísse do leito, seria de prestar depoimento, responder em juízo e recluso pela abobalhada e fracassada tentativa de estupro.
Não haveria como negar, sabiam todos, a evidência maior — e não tão grande — estava ali, troféu de caça da bengalesa faladeira que já espalhara pela vizinhança toda, batendo no peito magro e caído: “Aquele ali, ó, nunca mais se dá ao enxerimento, negrada”.
Pois é, leitores tímidos, leitoras desforradas, aquela mulher, supostamente tão indefesa, num ato vanguardista reinventou a pena de Talião, onde a vingança é a melhor forma de perdão, não somente matando a cobra, mas também mostrando o pau!

Raymundo Netto. Contato: raymundo.netto@uol.com.br
Blogue AlmanaCULTURA: http://raymundo-netto.blogspot.com




Lançamento da revista de letras e artes "Para Mamíferos" nº 3 (5.11)



Para Mamíferos nº 3

Data: 5 de novembro de 2011 (sábado) – DIA NACIONAL DA CULTURA
Horário: 19h
Local: Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (ao lado do Planetário)
Valor da revista: apenas R$ 10,00
Editores: Tércia Montenegro, Jesus Irajacy Costa, Pedro Salgueiro, Glauco Sobreira, Nerilson Moreira e Raymundo Netto
Colaboraram com esta edição: Henrique Beltrão, Karla Martins, Dodora Guimarães, Narcélio Limaverde, Everardo Norões, Luci Collin, Poeta de Meia-Tigela, Lúcio Cleto, Ricardo e Elizabeth Bezerra, Thiago Arrais e Pedro Rogério.
Para aquisição de revistas e outras informações: paramamiferos@gmail.com

Durante o coquetel os editores e autores autografarão seus artigos e produção

Relise da revista de letras e artes Para Mamíferos

A Para Mamíferos, revista de Letras e Artes, independentemente editada por Tércia Montenegro, Jesus Irajacy Costa, Pedro Salgueiro, Glauco Sobreira, Nerilson Moreira e Raymundo Netto, surpreende sempre a cada edição.
Em seu terceiro número, traz na capa a assinatura de Leonilson, artista plástico cearense, nascido em 1957 e morto em 1993, em São Paulo, muito jovem, onde desde 1985, na concorrida Bienal de São Paulo, firmara sua carreira no cenário artístico contemporâneo, nacional e internacionalmente, com seu estilo, fosse em cores ou em preto e branco, de intensa paixão. Também é dedicada à memória desse nosso artista, ainda muito desconhecido por sua gente, as palavras de abertura pela curadora e consultora de artes, especialista em artes plásticas, Dodora Guimarães.
Maria Valéria Rezende, educadora popular e escritora paulista radicada na Paraíba, ganhadora do Prêmio Jabuti em 2009, traduzida e publicada em diversos países (Argentina, Itália, Portugal e Espanha), nos apresenta o conto “Pelas Superfícies”, além de breve biobibliografia.
A coluna “Literatrilhas” nos leva, pelos olhos e palavras do poeta, radialista e compositor Henrique Beltrão e da psicóloga e pesquisadora Karla Martins, a Nantes, na França (ou Bretanha?), onde “há de se dar de coração”. Então, merci pour la compagnie!
O entrevistado especial da edição veio por um “Resgate de Arquivo”. Com fotos inéditas ao público, Gilmar de Carvalho, jornalista, publicitário, pesquisador e ficcionista, fala de sua infância, de suas primeiras leituras, os primeiros escritos, o namoro com a Literatura, a iniciação jornalística, a perseguição pelo DOPS e a censura, os movimentos culturais cearenses, o teatro, o processo criativo e Parabélum 30 anos depois. IMPERDÍVEL!
“Interiores” ocupa o espaço “dossiê cearense” da nova edição. Sabido que muitos dos escritores cearenses, mesmo os que residem na Capital, vêm do interior, a Para Mamíferos voltou os olhos para “dentro”, em algumas das regiões do Ceará, e encontrou: Dimas Carvalho (Acaraú), Joan Edesson (Cedro), Luciano Bonfim (Crateús), Társio Pinheiro, Dércio Braúna, Kelson Oliveira (os três de Limoeiro do Norte) e Webston Moura (Morada Nova).
Um presente especialíssimo para os leitores e ouvintes da Para Mamíferos, desta vez, não vem da revista, mas do RÁDIO: Narcélio Limaverde, jornalista, radialista e autor de Senhoras e Senhores e de Fortaleza, História e Estórias: memórias de uma cidade, pioneiro e testemunha ocular (e auricular) da construção da história do rádio no Ceará; uma das vozes mais fiéis e confiáveis do povo cearense, por meio do jornalista Nerilson Moreira, nos pinta, em modestas oito páginas, o que a sua frase “O rádio é minha vida” resume com toda a verdade e beleza.
“Numa Outra Língua”, sessão dedicada à tradução inédita, o conto “El Barranco” de José Maria Arguedas (escritor e antropólogo peruano que estaria completando 100 anos em 2011) é passado a limpo por Everardo Norões, e os poemas da irlandesa Eiléan Ní Chilleanáin nos chegam pela voz da curitibana Luci Collin.
O registro fotográfico de Para Mamíferos ousou penetrar no mundo de répteis, insetos e fósseis de sucata do escultor metalista Lúcio Cleto (Mostra Reciclarte, Espaço Cultural dos Correios, Mostra 8 de maio – UNIFOR, dentre outros). O som dessa exposição vem da tigelira e da tigelavra do Poeta de Meia-Tigela (Alves de Aquino).
Na “Caixa de Espantos”, espaço dedicado à produção poética e de contos: Carlos Vazconcelos, Raymundo Netto, Carlos Emílio Corrêa Lima, Daniel Mazza, Majela Colares, Alan Mendonça, Jesus Irajacy Costa, Astolfo Lima Sandy e Ceronha Pontes.
Thiago Arrais, ator e professor do curso de Teatro da IFCE, pensa e repensa o teatro, cortinas abertas, da multidão, “por um corpo corajoso que se canse de esperar”.
A “desrotulação” da vida e da obra do goiano José J. Veiga, considerado um dos maiores expoentes do fantástico em nosso país, em “Cabacinha de água endurecida ou garrafa de coca-cola”, texto de Márton Tamás Gémes, doutor em literaturas de língua portuguesa pela Universidade de Köln/Alemanha. De quebra, sugestões de bibliografia sobre o autor e “Reversão”, conto não incluído em sua bibliografia oficial.
Pedro Rogério, radialista, compositor e doutor em Educação pela Universidade Federal do Ceará, analisa o “Pessoal do Ceará”, desta vez, com destaque para o compositor de “Cavalo Ferro” e de “Manera Fru Fru Manera”, dentre outros, Ricardo Bezerra, “continuador da antropofagia moderna de Mário e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e todos aqueles inquietos intelectuais (...) um tropicalista cearense que transcende os limites do óbvio”.
Na curiosa seção “Como Você Nunca Viu”, Airton Monte, o cronista do Benfica e d’O POVO, revela sua face ALIENista... Caso queira, um poster para parede de seu quarto!

Apoio Cultural
Queiroz Galvão
UNICRED


terça-feira, 18 de outubro de 2011

XVI UNIFOR PLÁSTICA - abertura dia 20 de outubro. Vamos lá!


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O espanhol, radicado no Ceará, Pablo Manyé, artista plástico,
professor de Belas Artes da Universidade de Fortaleza,
Diretor-fundador do Instituto de Artes Pablo Manyé
é o Curador da 16ª edição da UNIFOR PLÁSTICA.
Vale a pena conferir a mostra.

domingo, 16 de outubro de 2011

Seminário de Literatura “América Latina: Bibliotecas” do IV Festival UFC de Cultura, de 17 (AMANHÃ) a 20 de outubro


Meus amigos, eis a programação do
Seminário de Literatura “América Latina: Bibliotecas” do IV Festival UFC de Cultura
com organização de Fernanda Coutinho e de Inês Cardoso (curso de Letras) e
de Adelaide Gonçalves (curso de História)

17.10 – 16 às 17h (Auditório da Reitoria) – “A América Latina que Escreve e que se Escreve”: entrevista com a escritora Ana Miranda, com a participação dos escritores Raymundo Netto e Pedro Salgueiro e a jornalista Regina Ribeiro.

18.10 – 9h30 às 12h (Auditório da Reitoria) – “Os livros por trás dos livros” com a escritora Socorro Acioli, em “Crianças de Macondo: a infância em Cien Años de Soledad”, e Marli Fantini (UFMG), em “Shakespeare, leitor de Machado de Assis”.

19.10 – 9h30 às 12h (Auditório da Reitoria) – “Os livros antes dos livros” com Heloísa Costa Milton (UNESP), em “Reverberações do ‘eu’ e da memória; uma hipernarrativa intitulada Gabriel Garcia Marquez”, e Alfredo Cordiviola, em “Versões do paraíso”.

20.10 – 9h30 às 12h (Auditório José Albano) – “Os livros dentro dos livros” com a Lívia Reis (UFF), em “O ensaio latino americano: identidades, diálogos e conexões”, e Benjamim Abdala Jr (USP), em “Repertórios literários e culturais: aprender com a diferença”.

Lançamento "Sem Peúgas nem Borzeguins: crônicas para o entardecer", de Lustosa da Costa (21.10)



Sem Peúgas nem Borzeguins:
crônicas para o entardecer
(Expressão Gráfica e Editora)
de Lustosa da Costa

Data: 21 de outubro de 2011 (sexta-feira)
Horário: a partir das 17h (para recepção de amigos e sessão de autógrafos)
Local: Centro Cultural OBOÉ (rua Maria Tomásia, 531, Aldeota – ao lado do shopping Aldeota Open Mall – fone: 3264.7038)
Para contato com o Autor: sobralense@uol.com.br

Crítica sobre a obra de Lustosa da Costa:

“Começa-se toda a viagem de leitura do Sem Peúgas nem Borzeguins: crônicas para o entardecer em um avião. Lustosa chegava a Lisboa para participar, em maio de 2006, nos jardins da residência do, na época, embaixador Paes de Andrade, com a presença de Dário Castro Alves, do presidente português Mário Soares, do diplomata José Carlos Araújo Leitão e do presidente de honra do Partido Socialista, Almeida Santos.” (Raymundo Netto)

“Discípulo de Milton Dias, de Moreira Campos, ou de Mário Lago, Chico Anísio e alguns outros excelentes ‘causeurs’, Lustosa se aprimora em seu estilo chistoso, mantendo o interesse do leitor numa constante. Mesmo quando procura ser mordaz, ferino ou homem mau, não chega a amedrontar ninguém. Pelo contrário, percebe-se que inexiste maldade em sua alma, que diz aquilo sem querer ofender, por mero espírito brincalhão.” (Blanchard Girão, jornalista)

“Li e gostei imensamente. Os elementos irônicos, cômicos e trágicos misturam-se num mélange tocante e simpático. É de um fatalismo desses que a gente tem vontade de quebrar, de reescrever de tanto o envolvimento com o que está se passando ‘na tela’”. (Malcolm Silverman, da Universidade do Estado da Califórnia)

“(...) agradou-me muito o estilo na fronteira entre jornalismo e ficção, a forma solta e enxuta do texto. Estou gostando muito, o texto agarra bem, tem tudo de bom que o jornalismo pode ensinar a um prosador. A história contada em flashs é muito visual e atraente”. (Mia Couto, escritor moçambicano)

“Lustosa entra, com a maior dignidade, na vasta galeria dos melhores contadores de estórias do país. Chego à última página do livro e não consigo afastar de minhas retinas fatigadas (acho que isso é do poeta Drummond) da imagem patética do protagonista Etelvino Soares, pobre de carnes e rico de ideias mirabolantes, marchando ‘ao encontro da morte pelas ruas lamacentas, as abas do fraque abertas ao vento como velas enfunadas’. E isso me deixa comovido como o diabo (ainda o poeta Drummond)”. (Francisco Carvalho, poeta)

“O livro desenvolve-se num estilo muito ‘popular’. Alguns episódios desta cidade (Sobral) chegam até ser muito engraçados deleitando o leitor. É um livro que enriquece e enobrece, ensina sobre os costumes e as expressões do lugar”. (Jean-Pierrre Barakat, da Grécia)

(*) Trechos de correspondência com autores, jornalistas e críticos sobre obras publicadas de Lustosa da Costa

Biografia Breve: Lustosa da Costa, jornalista e escritor, nasceu na Paraíba (1938), mas, desde 1942, criou-se em Sobral, Ceará. Com apenas 9 anos, já assinava o seu pequeno “Diário” de repórter político. Publicou seu primeiro artigo no Correio da Semana, de Sobral. Em 1966, foi o candidato a deputado federal (MDB) mais votado no Estado. Trabalhou como repórter e/ou editor em Unitário, Correio do Ceará, O Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde e Correio Braziliense; publicou o Anuário do Ceará (com Dorian Sampaio) e é autor de cerca de 27 títulos publicados (diversos gêneros), alguns deles em Portugal, França e África; participou de diversas antologias e recebeu prêmios. É membro da Academia Brasiliense de Letras e, atualmente, colunista político do Diário do Nordeste.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Homenagem Fernanda Quinderé: 60 anos de dedicação ao Teatro e às Artes (19.10)


— Homenagem —

Fernanda Quinderé
Seis décadas de dedicação ao Teatro e às Artes
pela
Academia de Letras e Artes do Nordeste (ALANE/CE) e
Ideal Clube


Data: 19 de outubro de 2011 (quarta-feira), às 20h
Local: Ideal Clube (Salão Meireles)
Traje: Esporte
Saudação e apresentação: Lúcio Brasileiro, jornalista e colunista social.
Performances: Ricardo Guilherme, Jadeilson Feitosa, Hiramisa Serra e Lúcio Leon.

Sobre a homenageada: Fernanda Maria Romero Quinderé, atriz, diretora e autora teatral, produtora, compositora e escritora, nasceu no Rio de Janeiro onde viveu sua infância.
Em Fortaleza, terra de origem de sua família, usufruiu de uma cidade onde a vida social e cultural tiveram grande influência na sua formação de adolescente.
Em 1954 encenou, em São Paulo, a peça “Os Deuses Riem”, durante o I Congresso Nacional da Juventude Musical Brasileira.
Fez teatro durante sete anos e como atriz, ao lado de Nadir Sabóya, Maristher Gentil e Eduardo Campos, viajou representando o Ceará ao participar de vários festivais de teatro amador.
Em 1959, já era premiada como melhor atriz do Norte e Nordeste, pela atuação na peça “Nós, as testemunhas”, de Eduardo Campos, no II Festival Nortista de Teatro Amador, realizado em Maceió, Alagoas.
Casou, teve cinco filhos, e voltou a residir no Rio de Janeiro onde trabalhou em diversas instituições culturais, como: o Serviço Nacional de Teatro (1978/81), o Instituto Nacional de Artes Cênicas (1982/84) e o Teatro Tereza Raquel (1981).
Em seguida, trabalhou como diretora substituta do Serviço Brasileiro de Dança, apoiando projetos de dança em vários estados brasileiros.
Retornando a Fortaleza, foi diretora artística do Theatro José de Alencar (1994) e, convidada pelo Sistema Verdes Mares de Comunicação, apresentou durante onze anos um programa de entrevistas na TV Diário.
Foi uma das fundadoras e é membro da Academia Fortalezense de Letras e da Academia de Letras e Artes do Nordeste.
É sócia da Associação Brasileira dos Bibliófilos e sócia-honorária da Sociedade Brasileira de Médicos e Escritores/SOBRAMES.
Tem diversos artigos publicados em jornais e revistas culturais e é autora de sete títulos, dentre os quais, de poesia.
Em 21 de agosto de 2002, recebeu da Assembleia Legislativa o título honorário de cidadã cearense.
Dentre outros prêmios: troféu Mambembe de melhor produção, no Rio de Janeiro, pelo espetáculo “No mundo dos sonhos” (1986); troféu Carlos Câmara (1989); melhor espetáculo de jazz, sobre a vida de Cole Porter, eleito pela crítica do jornal O Globo, Rio de Janeiro (1993); prêmio Theatro José de Alencar 90 anos; diploma "Amigo da Cultura", da Academia Cearense de Letras.
É autora do seriado “Luizinho no mundo dos sons”, para a televisão mexicana, e da peça infantil “No Mundo dos Sons”, adaptação feita sobre o texto do seriado musical, escrito em parceria com Luiz Eça.
No cinema, trabalhou nos filmes Tangerine Girl, de Liloe Boublie (baseada na obra homônima de Rachel de Queiroz) e Iremos à Beirute, de Marcos Moura.
Em 2010/2011 atuou como consultora permanente junto à coordenação editorial das Edições Theatro José de Alencar da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará.

"Envelhecer", crônica de Pedro Salgueiro para O POVO (12.10)



Deus (ou a natureza, ou seja lá no/em que ou quem acreditemos) nos dá a sabedoria de irmos vivendo sem pensar muito no nosso inevitável envelhecimento. Na verdade não nos preparamos para essa complicada fase da vida (hoje tão eufemisticamente nomeada). Vamos indo rio abaixo (ou acima, quem sabe?) meio que ao sabor da corrente e do vento. Às vezes de canoa, outras no duro nado de peito. Mas verdade que dia menos noite nos deparamos com a “idade” chegando: uma dorzinha nas costas, um porre que demora mais do que de costume a passar, aquela torção de tornozelo que se curava por si dois dias depois do joguinho de futebol e que agora nos maltrata por meses.
Os males físicos são os mais fáceis de detectar, pois inevitavelmente nos procurarão em nossa própria casa; os mentais, não, são mais discretos e nos cercam de longe, infiltra-se em nossos cotidianos sem deixar pegadas. Vão sorrateiramente invadindo e tomando conta da nossa alma.
Um amigo me segreda que morre de medo de envelhecer como seu pai, que foi ficando com o passar do tempo extremamente “gabola”, mudando sua personalidade a tal ponto que causava incômodo nos familiares e amigos: vivia a se “pabular”, que era o melhor escritor de sua geração, que só ele sabia fazer crítica literária, que criar filhos era com ele mesmo etc. e tal. Havia se tornado, aos poucos, um senil “Super Homem” do auto-elogio gratuito, envergonhando os mais próximos, afastando-os de sua convivência.
Já um colega de trabalho, corre célere rumo ao túmulo com uma raiva imensa dos mais jovens, tempo nenhum presta que não o dele, lá para trás. Os jovens, esses são uns irresponsáveis, superficiais e complicados. Nenhum presta, se um novato e mais apessoado funcionário vem trabalhar em seu mesmo setor logo se tornará seu inimigo mortal. Que não sabe redigir uma petição, que pensa que é só ter um sorriso nos lábios, no meu tempo...
Mas há quem procure envelhecer com inteligência e bom humor, com a altivez casada com a humildade. Sem essa quase inevitável inveja que sente dos que vêm depois de sua geração com toda força e viço.
Uma ciência complicada, essa do envelhecer com dignidade. E que tribo escassa essa dos que sabem das minguadas vantagens e a elas dê um peso justo, dos que também consigam mensurar as inúmeras desvantagens e, com arte, minimizá-las com resignação e alegria (ou até mesmo ironia)...  Dos que veem os mais jovens menos como um inimigo e mais como os aliados que ficarão, sim, com os “louros”, mas principalmente com a inglória tarefa de levar nas costas este nosso pesado, velho e complicado mundo.

sábado, 8 de outubro de 2011

Programação especial de Dia das Crianças no Museu do Ceará (13 de outubro)


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"Tango do Covil", para alegrar-nos a tristeza de um sábado triste (8.10)




O “Tango do Covil”, da Ópera do Malandro,
de Chico Buarque,
uma das coisas mais bonitas que conheci na vida.



Ai, quem me dera ser cantor
Quem dera ser tenor
Quem sabe ter a voz
Igual aos rouxinóis
Igual ao trovador
Que canta os arrebóis
Pra te dizer gentil:
Bem-vinda
Deixa eu cantar tua beleza
Tu és a mais linda princesa
Aqui deste covil

Ai, quem me dera ser doutor
Formado em Salvador
Ter um diploma, anel
E voz de bacharel
Fazer em teu louvor
Discursos a granel
Pra te dizer gentil:
Bem-vinda
Tu és a dama mais formosa
E, ouso dizer, a mais gostosa
Aqui deste covil

Ai, quem me dera ser garçom
Ter um sapato bom
Quem sabe até talvez 
Ser um garçom francês
Falar de champinhom
Falar de molho inglês
Pra te dizer gentil:
Bem-vinda
És tão graciosa e tão miúda
Tu és a dama mais tesuda
Aqui deste covil

Ai, quem me dera ser Gardel
Tenor e bacharel
Francês e rouxinol
Doutor em champinhom
Garçom em Salvador
E locutor de futebol
Pra te dizer febril:
Bem-vinda
Tua beleza é quase um crime
Tu és a bunda mais sublime
Aqui deste covil

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Lançamento de "A Noite dos Manequins", de Eugênio Leandro, ao show musical e "Pôr de Sol" da Praia de Iracema (8.10)



A Noite dos Manequins

(Expressão Gráfica e Editora)
de Eugênio Leandro
— Prêmio Moreira Campos, CONTOS, SECULT/CE —

Data: 8 de outubro de 2011 (sábado)
Horário:  a partir das 17hs - lançamento e show
Local: Largo do Mincharia (Praia de Iracema, próximo ao antigo Cais Bar)

Apresentação da Obra e do Autor: Raymundo Netto, escritor e coordenador editorial da SECULT

Show de pré-lançamento do projeto Bora canta Eugênio Leandro, a partir das 18h, com a participação de: Amaro Pena, Aparecida Silvino, Caio Castelo, Clarice Trummer, Chico Pio, Comparsas da Vivenda, Davi Silvino, Emiliana Paiva, Edmar Gonçalves, Felipe Breier, Marco Leonel Fukuda, Lorena Nunes, Marcus Caffé, Marcos Lessa, Messias Batalha, Richell Martins, Rogério Franco, Rosé Sabadia, Zezé Medeiros.

Para aquisição de livros e contato com o Autor: e.leandro@yahoo.com.br; Eugênio Leandro/ Facebook;

O livro "A Noite dos manequins" será vendido a R$ 20,00 (vinte reais)

Sobre a Obra: A Noite dos Manequins é maravilhoso, pela loucura dos mendigos, pela descrição do ambiente, pela narração de pequenos momentos da vida dos personagens. Localizado no centro de Fortaleza (os outros contos são passados em pequenas cidades ou sítios do sertão), este tem um ar mais misterioso. E o epílogo? Tão saboroso quanto o princípio e o meio da narrativa. A Pequena é lindíssimo. Talvez o melhor do volume. Pela grandeza dessa protagonista tão miúda no tamanho. Ou pela beleza da narração, de uma profundeza de poço sem fim. Contita é outra peça maiúscula. A descrição é perfeita. O drama da sexualidade infantil contado por um menino. Águas de Romanza: a história escoa como água de riacho, calmamente. E assim vai até o desfecho, sem causar no leitor estremecimento de pavor (como nas tragédias), porém de prazer.,

Nilto Maciel
escritor

Sobre o Autor: Eugênio Leandro, músico e escritor, nasceu em 1958, em Fortaleza, mas cedo passou a residir em Limoeiro do Norte, terra que adotou a sua meninice e juventude. Em 1985 publicou Rei Piau, a partir de contos publicados n’O POVO através do amigo e companheiro de boêmia Rogaciano Leite Filho. Desde então, passou a participar de festivais de música, atos públicos na faculdade contra o regime ditatorial militar e a lançar discos (como Além das Frentes, Catavento, Cantorias e Cantadores, este, junto com Xangai, Renato Teixeira e Cida Moreira, dentre outros), publicar literatura infantil (O Livro Passarinho), ensaio biográfico (Cego Oliveira), cordel (A História de uma Pastora de Sons Lily Alcalay) e a escrever contos, como Águas de Romanza, integrante deste premiado A Noite dos Manequins, que adaptado a curta-metragem foi ganhador de prêmios no Brasil e no Exterior.


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