quarta-feira, 28 de março de 2012

"Coisas Engraçadas de Não se Rir: Uma Crônica Excitante", Raymundo Netto para O POVO (28.3)



Na época já era de se ouvir na voz de Raulzito: mesmo usando 10% de minha cabeça animal, eu sei, o dicionário está mesmo cheio de palavras que eu nunca hei de usar. Da mesma forma, me parece, podemos dizer de um curioso lardo jornalesco atual. Foi passar a vista nas manchetes e... Não é que numa ilha das Filipinas as mulheres ameaçaram greve de sexo, caso seus homens não parassem com as contínuas disputas de terra? A (des) mobilização deu certo! Não me estranha, porém, a o motivo de tal união feminina: com o bloqueio das estradas pelos homens armados, elas passaram a ter dificuldade de receber os produtos de suas costureiras preferidas. "É mais fácil um camelo passar num buraco de uma agulha..."
“As lulas são bissexuais!”, afirmam os cientistas a partir de estudos de imagens submarinas — por mais de 20 anos assistem inimaginosas cenas. Para Hendrik Hoving, chefe de pesquisa, nada mais que explicado: as profundezas do mar são tão escuras que, na hora do “vamos ver”, não dá para ver é nada, ou mesmo perguntar se quem está do outro lado é macho ou fêmea. Vira-se com o que tem às mãos... No caso das lulas, creio, muitas.
Outra aconteceu na Flórida. Rapaz de 20 anos é preso ao abusar sexualmente de... uma máquina de salgadinhos? O “Bradenton Herald”, tablóide local, garantiu que o cidadão introduziu “parte de seu corpo” na indefesa máquina. O infratarado justificou, entretanto: “queria apenas arrancar dela umas moedas”. Ora, um estupro inda seguido de roubo só poderia abalar a fragilíssima cabecinha da opinião pública dos Estados Unidos.
Uma tupiniquim: No interior de São Paulo, mulher denunciou o conotativo pato do marido à polícia. Aos prantos, berrava que o sem-vergonha estava abusando sexualmente da denotativa pata de estimação da família. Ave Maria... Caso similar aconteceu em Arkansas. O marido pediu o divórcio após flagrar a mulher com o cachorro do amante, ou melhor, com o cachorro-amante. Logo aquele que deveria ser o melhor amigo do homem, nesse caso, era o da mulher.
No Espírito Santo, um jovem contador ganhou na justiça o direito de se masturbar no trabalho. Isto, porque conseguiu provar: sofre de “compulsão erótica”, síndrome a provocar alterações químicas cerebrais de tirar o juízo se não houver "descarga da tensão". Assim, dias há em que o trabalhador “bate o cartão” 47 vezes. Com o tratamento, assegura, já reduziu a sobrecarga a apenas umas 18, realizadas em 15min, a cada duas horas trabalhadas, para relaxar.
Em San Diego, um voo realizou um pouso emergencial. Motivo? Um casal entrou no banheiro e de lá não mais saiu. Paranóicos, os passageiros captaram: ataque terrorista! O avião solicitou apoio de caças e desviou a rota a Detroit. Em solo, agentes e cães farejadores invadiram o banheiro e descobriram o casal resfolegando de ponta-cabeça com as calças no piso, vítima de sua aérea fantasia sexual.
O destaque do acervo do Museu Falológico da Islândia (e existe isso?) é o “pintinho” (quase dois metros) de um cachalote, além de órgãos de leões marinhos e outros. Agora, finalmente, graças ao nonagenário recém-falecido, Pall Arason, o museu dispõe de uma amostra humana, removida, conservada e recebida em tapete vermelho para quem ainda não souber o que é tal coisa ou a quem quiser matar saudade do velho Pall.
E, para concluir, por ora, a pesquisa da Universidade de Kansas revela: “Ateus têm a vida sexual melhor que os cristãos”. O estudo concluiu que a “culpa” é o grande agente do baixo desempenho sexual dos religiosos. Nem rezando... Segundo a pesquisa, para se amar mais e melhor não é preciso fé, talvez, um energético... Ora, assim como tudo isso, também não sei para que serve essa crônica que é tal qual a história daquele gêmeo que, pensando em suicidar-se, matou o irmão por engano...

domingo, 25 de março de 2012

Palestra sobre Projeto Educacional "Planeta Azul", da Fundação Mokiti Okada de São Paulo (26.3)



A Fundação Mokiti Okada vem, por meio deste, convidar V.Sa. para participar da ação:

Um Encontro com o projeto educacional “Planeta Azul”

Data/horário: 26 de março de 2012 (segunda-feira), às 19h
Local: rua D. Leopoldina, 564, Aldeota (ao lado do estádio do Colégio Militar de Fortaleza)
Palestrante: Miguel Lopes, coordenador do projeto no Brasil, sede Fundação MOA/SP Entrada: 1kg de alimento não-perecível
Inscrições e informações: (85) 3131.1193 ou 9213.5488 (favor, confirmar a presença para melhor acolhimento) com Maria Thereza Mendonça (representante da Fundação Mokiti Okada/secção Ceará)

Sobre o projeto “Planeta Azul”: A Fundação Mokiti Okada/MOA, entidade do terceiro setor (desde 1971 qualificada como de Utilidade Pública Federal) com atuação em todo território nacional, desenvolvendo projetos que viabilizam a formação de uma sociedade harmoniosa e progressista, atuando nas áreas da cultura, educação, meio ambiente, saúde e assistencial, vem implantando, em escolas das redes particulares e públicas (municipais e estaduais) de todo o Brasil, o Projeto “Planeta Azul, que objetiva a formação integral de crianças e jovens e auxilia educadores no cumprimento de sua profissão. Tem o objetivo geral de atuar, de maneira lúdica, na formação educacional de alunos de 1ª a 4ª séries do ensino fundamental de escolas das redes públicas e particulares.

Mais Sobre o “Planeta Azul”?:

quinta-feira, 22 de março de 2012

Lançamento "Em Busca de Iracema", de Adísia Sá e Cleto Pontes (22.3)


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Data: 22 de março de 2012, às 20 horas
Local: Armazém da Cultura (endereço no convite acima)
Apresentação: Ana Miranda

Sobre a obra: No livro Em busca de Iracema, a jornalista e escritora Adísia Sá cria o personagem Moacir, advogado bem sucedido, descendente em 16ª geração de Martim Soares Moreno que, após ler apaixonadamente sobre o Ceará, resolve conhecer a terra dos seus ancestrais, revisitando lugares percorridos por Iracema, a  índia tabajara dos lábios de mel. Seguindo o caminho percorrido por Iracema no romance homônimo de Alencar, a trilha passa por recantos cearenses, como a bica do Ipu, ou a lagoa de Messejana.
Com personagens ficcionais fascinantes e figuras históricas, entre políticos, jornalistas, mulheres da sociedade, arquitetos e escritores,  a autora constrói uma história que se passa entre os anos 1960 e 1964, relembrando nossas origens  através do diário de Soares Moreno, para muitos o fundador do Ceará.
Escrita com a leveza e a objetividade do texto jornalístico,  a narrativa se torna, simultaneamente, entretenimento e aprendizado. Em busca de Iracema é um reflexo da sensibilidade pessoal da autora e de seu envolvimento emocional com a gente e a terra do Ceará.
Os motivos que levaram Adísia Sá a querer reconstituir as trilhas de Iracema são analisados pelo psiquiatra Cleto Pontes, no ensaio "Em busca do eterno retorno", que complementa a obra, deixando no ar inquietantes questões que cercam o poder da ficção e os enigmas criados pelos jogos do imaginário. 

quarta-feira, 21 de março de 2012

Lançamento "Catirina, Minha Nêga, Tão Querendo Te Vendê...", no Museu do Ceará (21.3)

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Lançamento em comemoração ao
Dia Internacional Contra a Discriminação Racial
Data: 21 de março de 2012
Horário: 18h
Local: Museu do Ceará (rua São Paulo, 51, Centro – ao lado da Praça dos Leões)
Apresentação do Autor e da Obra: Prof. Francisco Pinheiro (historiador, pesquisador e secretário da Cultura do Estado do Ceará)
Atrações: grupo Alagbá (percussão) e
Mestre Armando (capoeira Angola)

O livro, de autoria de José Hilário Ferreira Sobrinho, integra a série “Panorama Nacional”, da coleção Nossa Cultura, da
Secretaria da Cultura do Estado do Ceará.

Sobre a Obra: O fim do tráfico atlântico, em 1850, levou muitas pessoas acreditarem que o sistema escravista estava com seus dias contados. Mas, o que se assistiu, todavia, foi o inverso. A demanda de escravos, provocada pelo término do tráfico Brasil/África, fez com que os barões do café e os fazendeiros do açúcar no Sudeste encontrassem nas províncias - em especial as do Nordeste -, a fonte para resolver o problema da falta de mão-de-obra escrava, provocando, assim, uma intensificação do tráfico entre províncias, dando sobrevida ao sistema escravista por mais algumas décadas. 
Este estudo analisou como se organizou, na província do Ceará, esse movimento. Para tanto, foi necessário construir um panorama do Ceará a partir da segunda metade do século XIX. Isto se tornou necessário no sentido de compreender a realidade sócio-econômica e de se traçar o perfil dos negociantes, percebendo suas estratégias de negócio e seus vínculos com os comerciantes do Sudeste, configurando, assim a rede desse comércio. Ao mesmo tempo, foi possível perceber as estratégias dos escravos para evitarem serem vendidos no tráfico interprovincial. As vítimas desse “infame comércio” buscaram resistir à venda para outras regiões, já que o embarque significava o rompimento dos laços afetivos e de parentescos. Criaram uma rede de solidariedade, cujas malhas perpassaram por escravos, libertos e livres.
A resistência constante dos escravos contra o tráfico interprovincial foi fundamental, a ponto de ter contribuído para que movimentos, como a greve dos jangadeiros, alcançassem êxito e fortalecessem a luta contra a escravidão e, em particular, contra o comércio negreiro interno.

Sobre o Autor: José Hilário Ferreira Sobrinho é Graduado em Ciências Sociais e Mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará — UFC. Pesquisador da Cultura e História do Negro no Ceará.  Um dos autores do livro didático Descobrindo e construindo Redenção. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2011. Autor do paradidático Abolição no Ceará: um novo olhar – Editora IMEPH, 2009. Possui também artigos publicados em livros como: Cultura popular e culturas afrodescendentes In: Negros no Ceará: história, memória e etnicidade. - Museu do Ceará, 2009; A presença de africanos livres no Ceará do séc. XIX - um resgate histórico In: Trajetórias históricas e práticas pedagógicas da população negra no Ceará.- Imprece, 2009; Sociabilidade e solidariedade dos negros livres e escravos no Ceará do Séc. XIX In: DOCUMENTOS - Revista do Arquivo Publico do Estado do Ceará: Afro-brasileiro, 2009, V. 1.

quinta-feira, 15 de março de 2012

"Circuito das Letras da UECE", de março a junho (a partir de 16 de março)



O Circuito das Letras, iniciativa do GETEL (Grupo de Estudo de Teoria da Literatura), sob a coordenação da Profª. Sarah Diva Ipiranga, busca promover atividades diversas que tragam para o curso de Letras uma vivacidade cultural, dando-lhe um caráter dinâmico e integrado à vida social da cidade.
O Circuito pretende proporcionar a possibilidade de contato com manifestações estéticas que se processam atualmente na sociedade, além de estar em sintonia com a versatilidade acadêmica que o curso, pelo seu caráter humanista, oferece.
O GETEL dedica-se à investigação e análise de conceitos que são sedimentos teóricos e operacionais para estudos de textos literários. Tais conceitos são estudados a partir de autores fundamentais para a formação do corpo teórico da Literatura. Isto é, além do contato com a teoria mais especializada, os alunos podem conhecer com mais acuidade a produção ensaística de críticos e escritores que marcaram a formação do pensamento no século XX.

Calendário Geral:

Março
1. Palestra de abertura: “O curso de Letras e as novas mídias”
Andreia Turollo (UFC), Cibele Gadelha (UECE) e Nukácia Araújo (UECE)
Data/horário/local: 16 de março, às 9h no Auditório do CH/UECE

Abril
2. Curso de Formação em Teoria da Literatura (curso ministrado pelos alunos do GETEL, que visa a uma sedimentação e aprofundamento de conceitos fundamentais da Teoria da Literatura)
Público-alvo: alunos do 1º e 2º semestre
Número de vagas: 30
Carga horária: 12 horas/aula
Data/horário/local: 11, 13, 18, 20, 25 e 27, das 14 às 16h, na Sala 29.
  • Dia 11: A importância de ler os clássicos (João Francisco)
  • Dia 13: O fazer poético (Camila Oliveira, Lívia Leitão e Sárvia Martins)
  • Dia 18: A força da tradição (Caio Marinho)
  • Dia 20: Literatura e recepção (Meysse Mara, Hortência Siebra e Letícia Freitas)
  • Dia 25: O dialogismo na literatura (Indira Guedes e Laryssa Queiroz)
  • Dia 27: A criação literária (Sarah Diva Ipiranga)


Maio
Lançamento do livro Clarices/ Mesa-redonda: Fernanda Coutinho (UFC), Paulo Germano (FA7), Sarah Diva Ipiranga (UECE) e Vera Moraes (UFC)
Data/Horário/Local:  3 de maio, às 9h, no auditório do CH

Junho
“Sertão-Poesia”: uma homenagem a Jáder de Carvalho
Data: 5 e 6 de junho 


quarta-feira, 14 de março de 2012

"Coisas Engraçadas de Não se Rir XVI: Amulherada", crônica de Raymundo Netto para O POVO (14.3)


Mulheres são assim: com elas ninguém pode, mesmo sem o propalado bigode, ou buço, para não me começar mal. Em tudo são elas melhores que o homem, até na conquista do afeto de mulheres. Ora, se elas as ouvem mais, choram com elas, entregam-se por inteiro, trocam peças de roupas e, com sorte, não deixam as cuecas no chão nem participam de peladas com os amigos.
Mas muitas mulheres são machistas. Mesmo pós anos de consolidada conquista feminista, algumas não apreciam quando “seus homens” assumem, com gosto, funções antes “de mulheres”. Constrangidas, exigem deles — e para eles defendem — aquilo que elas acreditam ser “coisa de homem”, mesmo quando seu parceiro não se sente envergonhado em nada por não fazê-las.
Vai entender? A mulher traz no seu kit básico existencial uma lógica muito singular, própria de um seu momento, que pode ser qualquer uma em qualquer um. Após a justificação da diagnose fisiológica da famigerada TPM, aí, sim, todas as “faces de Eva: a bela e a fera”, indissociáveis ao kit, tomaram vulto numa proporção escandalizante.
Afinal, somente as mulheres conseguem entrar numa loja e derrubá-la inteirinha, sem a pretensão de compra, e saírem, numa boa, sem levar nada. Somente elas param o trânsito para xingar aquele motoqueiro com cara de traficante que encostou no seu carro — nem arranhou — ou aquele outro a ousar invadir a sua frente na faixa. Apenas elas aprontam o maior barraco no meio da rua, em pleno meio-dia, para exigir único real cobrado indevidamente, ou se dignam a levar encartes de promoções aos supermercados, criando filas, para provar aos caixas que aquela loja vai perder seus fregueses se não baixar os seus preços. Só mesmo mulheres para conseguir dirigir, passar blush, pó e escovar os cílios ao mesmo tempo. Somente mulheres acham demais ir a festas ou locais abarrotados de todos os tipos de gangues de jovens hormonalmente mal intencionados, com shortinhos minúsculos e decotes maiúsculos, ao lado de seu namoradinho aterrorizado, e, dentre tantas outras coisas, apenas as mulheres, e somente elas, abrem mão de qualquer coisa para passar uma tarde inteira num raio de salão apenas para enfeitar as unhas. Pior: alegam fazer isso SÓ para agradar o marido, coitado, a preferir a sua companhia, mas a vê-la chegar estressadíssima: “O salão estava lotaaaado... Tive que esperar e ainda quiseram botar uma loura fresca — sempre tem uma — na minha frente!” Isso, sem contar na briga com o rapaz que estava pastorando o carro a exigi-la aquela moedinha ou, para terminar, com o ódio daquele barulho no carro que ela não sabe de onde vem, mas que está a deixando maluca e o marido não resolve nada...
Mas, sem dúvida, as mulheres são criaturas divinas, pois se o diabo entendesse delas não teria rabo nem chifre, como diria o Stanislaw... E, portanto, devem ser compreendidas — entendidas não creio —, amadas nos limites que o amor, seja lá o que isso for, impõe. Esse homem, parceiro em segundo plano desta vida “especial”, tem que sagrar-se pela humildade e paciência, viver em contemplação, falar menos — principalmente quando intimado ao contrário —, entender por “verdade” tudo aquilo que as faz bem e belas, esquecer tudo aquilo que elas insistem em lembrar sempre e jamais esquecer a dica de Nelson: “Sem dentada não há amor possível”.

Raymundo Netto. Contato: raymundo.netto@uol.com.br

terça-feira, 13 de março de 2012

Lançamento "Refazendo o Caminho...", de Marcelo Gurgel Carlos da Silva (13.3)



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Data: 13 de março de 2012 (terça-feira)
Horário: às 19h30
Local: Centro de Formação Pastoral Santa Clara da Paróquia Nossa Senhora das Dores, antiga sede do Cine Familiar
Apresenta a obra e o autor: Dr. Epifânio Menezes de Oliveira

Os exemplares da obra Refazendo o Caminho: passado e presente de uma família não serão comercializados, entretanto, serão acolhidas cestas básicas e produtos de cama e mesa a serem doadas aos carentes assistidos pelas Pastorais da Criança e do Idoso.

Sobre o livro: “Refazendo o caminho” significa, pois, uma volta às origens, o passado, mas já com o delineamento do roteiro da caminhada, cumprido no presente, pondo em destaque até os frutos vingados na nova geração, todos trazendo estampada no peito a marca que caracteriza o grupo familiar: “caminhar em direção ao sonho, mas sem tirar os pés do chão.”
Elsie Studart

Campanha Cultural de Apoio e Socorro ao Teatro da Praia




O Teatro da Praia, equipamento cultural popular de fomento, produção e formação em Artes Cênicas, criado e mantido pelo ator e diretor teatral Carri Costa há 19 anos, pede a sua ajuda.

Deposite qualquer quantia na conta da Associação dos Produtores teatrais do Ceará/APTECE (CNPJ - 05.461.443./0001-01) e ajude a manter o Teatro com portas abertas.
CONTA BANCO BRADESCO
AGENCIA: 0643-2
CONTA CORRENTE: 003209-3

Para quem acredita ser importante investir em Cultura: compartilhe, mas também contribua!


Saiba o Porquê de Ajudar o Teatro da Praia

       Sua história teve início em 1993, quando o ator Carri Costa, ao caminhar pela antiga zona de armazéns da Praia de Iracema, se deparou com uma edificação, da década de 1920, disposta para locação. No imóvel funcionou, por cerca de 30 anos, um armazém de produtos oriundos do Poço da Draga, primeiro ancoradouro de Fortaleza. Com a transferência do porto para a enseada do Mucuripe, o espaço passou a ser ocupado como depósito de diversas transportadoras encontrando-se desocupado durante seis anos.
Carri vislumbrou, portanto, a oportunidade de ali ser um ótimo espaço cultural para a cidade. Formalizada a locação, o passo seguinte foi a empreitada de reformar e transformá-lo no primeiro teatro sede de uma companhia em Fortaleza, contribuindo, desde então, ao fomento das artes cênicas cearenses. Para tanto, convidou artistas parceiros: Socorro Amarante, Roberta Wermont, Amadeu Maia, Cláudio Santos e Nádia Aguiar. Iniciou-se, a seguir, uma exaustiva campanha para angariar fundos e transformar o velho galpão em um verdadeiro teatro, assim entre edificações históricas o espaço virou um ponto de encontro de artistas.
Foi assim que, aos 28 anos, Carri criou, ao mesmo tempo, um teatro e deu sede à sua companhia.
Em 20 de abril de 1996, o Teatro da Praia é oficialmente inaugurado com a seguinte programação: “A Comédia da Vida Rasgada”; tendo, no elenco, Alexandrina Rocha, Amadeu Junior, Ana Patrocínia, Jorge Fontinelle, Juliana Muniz, Roberta Wermont e Carri Costa, além da apresentação do grupo musical “Macho, Pero no Mucho”.
Em 1998, o teatro passou por uma grande reforma com apoio financeiro da SECULT/CE na gestão do então secretário da Cultura Nilton Almeida.
Em 1999, numa de suas salas, Carri criou a Oficina de Arte e passou a trabalhar com a artista plástica Nildenir Campos.
Em 2002, Adriano Pessoa torna-se o produtor executivo.
Em 2004, o Teatro da Praia muda-se para a rua José Avelino, 662, ampliando sua capacidade de acolhimento de público para 200 lugares.
Em 2003, passa a ser administrado em parceria com a Associação dos Produtores Teatrais de Ceará/APTECE.
Em 2009, acolheu em suas dependências o Curso das Artes do Teatro da Praia, aberto, gratuitamente, para alunos das escolas públicas e o Memorial do Teatro Cearense. O curso foi interrompido em 2012, assim como desmontado o Memorial, por falta de recursos.
O Teatro da Praia funciona, até os dias atuais, dependendo exclusivamente da renda de sua bilheteria e do cachê da Cia. Cearense de Molecagem.



quarta-feira, 7 de março de 2012

"Dona Zenaide", de Pedro Salgueiro para O POVO (7.3)


Asseverou, com naturalidade, que não carecia eu plantar todas aquelas mudas, quando eu quisesse sentir o cheiro da Bunina era só vir ao seu jardim. Foi a primeira frase dela que senti certa intenção de me dar uma lição; não uma lição de mestre de alta escola, universidade, desses cheios de empáfia e poses; mas, sim, lição de vida, cálida, sempre cercada de gestos e cuidados. Tirei, prático que sou em lições de vida, que não devemos querer ter tudo, muitas vezes pedir por empréstimo até dá motivo para uma boa prosa com alguém.

Logo que entrei em sua cozinha já sorvi o cheiro do café, que me inundou os pulmões, chegando rápido até o coração. Em cima da mesinha ao lado da rede uma Bíblia de Jerusalém vermelha e um livrinho de religião oriental. No canto da sala, uma vela acesa dentro de meia garrafa plástica de refrigerante.
Certo que ela sempre se saía com uma frase, palavrinha que fosse com sentido mole, querendo ser verdade por trás da boca enrugada. Fui aprendendo, aos poucos, a tirar o leite da cabra, a escutar o besouro mangangá no tremido da cerca de madeira quase apodrecida.
Dia desses foi mais direta, quase me aconselhando: “Na vida, temos que fazer as coisas devagarinho, viu, Candinha!?”; falou para uma amiga mas olhando com um dos seus muitos olhos para mim. Sem demonstrar qualquer arrogância, essa espécie orgulhosa de superioridade que, às vezes, a idade avançada vai pregando em determinadas pessoas, ficou como que esperando uma interferência minha na suposta conversa com a “outra” visita. “Mas sempre devagar?”, resolvi inquirir em meio a um sorriso maroto, não querendo ser irônico, que era para não contrariar a amiga tão gentil. Filosofia que aprendi com meu falecido pai, nunca contrariar alguém mais velho, sempre contrariar alguém mais novo.
Coloquei a frase simples no meu matulão e passei a semana pensando, preguiçosamente, nela. A sentença caberia com perfeição a mim, que fui sempre um “marcha lenta”, “devagar-quase-parando”... Ou, como diz minha mãe Geni, um “imaginário”, atribuindo sempre a palavra inventada por ela ao tio, por parte de pai, Onésimo.
Nem digeri direito sua frasezinha aparentemente simples e ela já me tascava outra, desta vez já claramente estabelecendo comigo um diálogo meio estranho, eu tentando decifrar seus ensinamentos de vida, ela querendo me passar mais e mais outros. Vezes até evito passar rente à mureta de seu belo jardim. Verdades às vezes se tornam fardos, pesam em nossos ombros... mas isso já sou eu quem diz, procurando um ouvinte imaginário. Acho que me viciei em lições de vida, em verdades camufladas nas frases singelas, principalmente ditas por pessoas mais velhas.
Basta passar em sua calçada, sentir o cheiro doce da Bunina, para que eu já fique imaginando sua respiração pausada: “Acredite em tudo, meu filho, até em horóscopo de jornal”; então olho desconfiado na direção da casa simples, balanço ligeiro a cabeça, tentando afugentar o restinho da frase, mas me resta ainda nos ouvidos um “faz bem” conformado.
Culpa de minha querida amiga Zenaide, que nos dias difíceis de hoje ainda encontra tempo para me surpreender com palavras: “Meu filho, reze para o êxito de seus inimigos!”. Vendo meu espanto, mas dando um tempo para que eu bebesse ao menos dois goles do seu ótimo suco de maracujá, me segredou com olhos arregalados, como se decifrasse um vocábulo óbvio de uma palavra-cruzada: “Assim, eles te deixarão em paz!”.

"Noite de Autógrafos e Roda de Conversa no Mês da Mulher", 9 de março, na Livraria Cultura


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segunda-feira, 5 de março de 2012

"Fábulas Perversas", de Dimas Carvalho, no Bazar das Letras do SESC (6.3)



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DIMAS CARVALHO nasceu em Acaraú, Ceará. É professor de Teoria da Literatura e de Literatura Brasileira na Universidade Estadual do Vale do Acaraú/UVA.

Publicou: Poemas, 1988; Frauta Ruda, Agreste Avena, 1993; Itinerário do Reino da Barra, 1993; Nicodemos Araújo, Poeta e Historiador, 1995; Mínimo Plural, 1998; Histórias de Zoologia Humana, 2000; Fábulas Perversas, 2003; Pequenas Narrativas, 2006; Acaraú & Outros Países, 2009; Insônias, Delírios, Pesadelos, 2010.  

Ganhador dos concursos literários: Prêmio Literário Cidade do Recife, em 1996 e 2002; Prêmio Literário Cidade de Fortaleza, em 2001, 2003 e 2004; Prêmio Literário Antônio Girão Barroso/Ideal Clube, em 2001; Prêmio Literário Moreira Campos/Ideal Clube, em 2003.

Foi incluído no Almanaque do Conto Cearense, 1997; na Antologia do Conto Cearense, 2001; no Panorama do Conto Cearense, 2005; no livro Contistas do Ceará, 2008; no Anuário Literário do Ceará, 2010; n’O Cravo Roxo do Diabo - o conto fantástico no Ceará, 2011. Publicou textos esparsos em jornais e revistas do Ceará, de Pernambuco, do Paraná e de Brasília.

Em 2010, seu livro de contos Fábulas Perversas foi selecionado no Edital do Prêmio Literário para Autor (a) Cearense, categoria Otacílio de Azevedo de Reedição, tendo sido publicado (2ª edição) em 2011.

Membro, desde 2004, da Academia Sobralense de Estudos e Letras, onde ocupa a Cadeira nº 18, cujo Patrono é o Padre Antônio Tomás. Escreve a coluna "Canto da Poesia" no jornal Correio da Semana, o mais antigo em circulação no Ceará.

Apoio Cultural

Serviço Social do Comércio/SESC
Secretaria da Cultura do Estado do Ceará


Lançamento "Documentos Para a História Colonial, Especialmente a Indígena no Ceará (1690-1825)", do Prof. Francisco José Pinheiro (7.3)


O Professor Francisco Pinheiro, historiador, doutor em História Social pela Universidade Federal de Pernambuco e atual Secretário da Cultura do Estado, reconhecidamente um dos maiores pesquisadores e fomentadores de estudos na temática indígena no âmbito acadêmico, lançará no dia 7 de março, às 19h, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará/UFC, "Documentos Para a História Colonial, Especialmente a Indígena no Ceará (1690-1825)".
A obra, publicada pela Fundação Ana Lima, é resultado de um extenso trabalho de pesquisa e análise investigativa da documentação, a maioria inédita e manuscrita, do Conselho Ultramarino e do Arquivo Público do Estado do Ceará. De acordo com o autor, o primeiro conjunto de documentos, que viabilizou o avanço da pesquisa, resultou de um esforço do governo brasileiro para garantir o acesso aos documentos depositados e sob guarda do Conselho Ultramarino: "Essa é uma documentação riquíssima, onde está preservada uma massa documental importante sobre o período colonial brasileiro", disse Francisco Pinheiro. Na guarda do Conselho Ultramarino, documentação sobre a Capitania do Ceará, período compreendido entre 1618 a 1825, versando sobre temas administrativos (prioridade da pesquisa), modo de vida, relatos de governadores (capitães-mores), de missionários etc. O Arquivo Público do Estado do Ceará traz um segundo conjunto documental que compõe a obra de Pinheiro.
O livro é composto por sete capítulos enriquecidos de transcrição de documentação raríssima, antecedida por uma apresentação sintética do Prof. Pinheiro. O esforço do pesquisador, além de analisar cada item do acervo apresentado, foi de articular a relação entre eles, de forma que, algumas vezes, é possível o leitor/pesquisador acompanhar todo o trâmite que envolve determinado processo na época em que este foi gerado, além de se perceber o debate entre os interesses do espaço colonial e as determinações da Metrópole.
"Documentos Para a História Colonial, Especialmente a Indígena no Ceará (1690-1825)" será, certamente, obra de referência para os futuros pesquisadores, relevante serviço à cultura e à historiografia, em última análise, cearenses.

Serviço:

Lançamento da obra "Documentos para a História Colonial, especialmente a Indígena no Ceará (1690-1825)"
Data: 7 de março de 2012
Horário: 19h
Local: Jardins da Reitoria da Universidade Federal do Ceará
Apresenta a Obra e o Autor: Profa. Adelaide Gonçalves

quinta-feira, 1 de março de 2012

"Debates Universitários O POVO", abertos a todos.



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O POVO inicia na terça-feira, 6 de março, a segunda temporada dos Debates Universitários O POVO, uma série de palestras/debates com personagens que atuam em diversas áreas profissionais, a fim de promover reflexões sobre a produção do conhecimento teórico e o exercício profissional.

Narrativas cruzadas
O historiador Ronaldo Vainfas abre a temporada para falar sobre “Narrativas cruzadas: o texto entre a literatura e a história”, a partir das 19 horas, no auditório Rachel de Queiroz, da Universidade Federal do Ceará (UFC). Vainfas é vencedor de vários prêmios, entre eles o Prêmio Literário 2009, concedido pela Fundação Biblioteca Nacional.

Todos os Debates são abertos ao público. Os presentes receberão certificado de participação.

Serviço
•  Debates Universitários O POVO 2012
•  Palestra “Narrativas cruzadas: o texto entre a literatura e a história”,   com Ronaldo Vainfas
• Quando: dia 6 de março, às 19 horas
• Onde: Auditório Rachel de Queiroz, da Universidade Federal do Ceará (Av. da Universidade, 2762, Benfica)
•  Informações: 3255 6084

Calendário Geral dos Debates Universitários O POVO:

24 de abril
“Narrativas Cruzadas: o texto entre o jornalismo e a história”
Às 19 horas, na Faculdade 7 de Setembro (FA7)
Convidado: jornalista e escritor José Castello, autor dos livros “Vinícius de Moraes: o poeta da paixão”, “Inventário das sombras” (perfis) e “A literatura na poltrona”.

25 de abril
“Transparência e Democratização do Judiciário”
Às 19h, na Faculdade Christus
Convidados: Cláudio Abramo, diretor executivo da Transparência Brasil, e Marcelo Roseno, juiz estadual no Ceará e professor de Direito Eleitoral.

24 de maio
“Travessia da Literatura Africana para o Brasil”
Às 19h, na Universidade Federal do Ceará (UFC)
Convidado: escritor Eduardo Agualusa, autor de “A Travessia da literatura africana para o Brasil”.

25 de maio
“A África e o Brasil: novas relações culturais”
Às 15h, na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção
Convidado: escritor Eduardo Agualusa , autor de “A Travessia da literatura africana para o Brasil”.

Parceiros
Em 2012, os encontros serão realizados em oito instituições de ensino: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Faculdade 7 de Setembro (FA7), Universidade Estadual do Ceará (Uece), Faculdade Christus, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Estácio FIC, Universidade Federal do Ceará (UFC) e Faculdades Nordeste (Fanor).