quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Procura-se Mário Gomes!, de Raymundo Netto


O poeta Mário Gomes, enfim, alcançou a liberdade maior, aquela almejada duramente em sua estrada de vida. Apenas o corpo velho, sofrido, decadente e exangue o impedia de viver na mais absoluta poesia. Hoje, nada mais. 
Às 13h5 do dia 31 de dezembro, aos 67 anos, rompeu com todas as normas deste mundo e ingressou de vez no sossego mental, envolvido num manto celeste a observar de perto as estrelas, a descortinar a poesia infinita com seu olhar azul.

Antes, pedira ao Tota para arranjar um espelho e pente, pois sairia dali direto para comemorar o ano novo.
À tarde, ao saber da sua passagem, corri ao IJF, seu leito derradeiro, onde estava desconfortavelmente instalado desde o dia 29 (ele não sabia ficar parado assim).
Quando cheguei, havia um movimento singular causando um reboliço maior do mundo: “Comequié? O homem não tem identidade? Não tem documento nenhum?”
Não. Não tinha, ele é o Mário Gomes, queria o quê?
Lembrei-me de uma vez em que encontrei o Mário. Tinha que entregar-lhe um livro. Daí, perguntei, sem pensar: “Mário, onde você estará amanhã?” Ele, porém, me respondeu como um Mário Gomes: “E eu sei lá!” Pronto. É esse o cara que não tem documentos.
Felizmente, a irmã e o cunhado, Nancy e Braga, gente boníssima, ainda muito sensibilizados pela perda, tiveram a assistência do capitão Chagas, da Polícia Militar, que, passando por ali (estava de folga), decidiu tomar a frente para resolver a situação e facilitar todos os trâmites, o que também o fez a assistente social Natália Frota, abrindo portas de cada dura e burocrática etapa em casos desse tipo.
Presentes no local o Tota, amigo do poeta, presente desde a sua internação, e João Soares Neto, que veio voluntariamente para oferecer apoio e tentar ajudar a família no que fosse necessário.
Após a passagem pelo Instituto José Frota (IJF), fomos ao Instituto Médico Legal (IML) onde, mais uma vez, a busca de documento. Eu, ligando para o cemitério, alertaram-me: traga os documentos dele! Enfim. Fomos conversando, apresentando o morto, contando com amigos e costurando diversas ligações até que conseguimos um documento oficial oriundo do próprio Instituto.
Às 19 h, saímos, deixando o Mário descansar por ali, curtindo a noite mais fria de sua vida. Amanhã, primeiro dia do ano de 2015, a romaria terá início.
Além dos protocolos de sepultamento, o Tota está fechando um velório na biblioteca Dolor Barreira, na av. da Universidade, Benfica. Dia 1º de janeiro, a quem interessar, fiquem atentos.
O sepultamento será no cemitério da Parangaba, onde o poeta voltará aos braços de d. Nenzinha, sua mãe e guardiã, que lá se encontra.
Aliás, só mesmo o Mário para morrer num ano e ser sepultado no ano seguinte. É quase bíblico, quase poético, quase mentira. Mário!
Voltei para casa, a pensar de uma noite que não sei, relembrando minha meta de 2015: “Tentar não morrer!”
Na despedida, o poeta me faz uma última e honrosa gentileza: permitiu-me o empréstimo sem volta de meu paletó verde e gravata, para se apresentar bonito a São Pedro, que na sua bondade já deve ter reservado para ele um banco largo e ventilado na major Facundo do Céu.
Adeus, Mário Gomes, agora você é só lenda. Uma das maiores dessa nossa Fortaleza sentimental.


sábado, 27 de dezembro de 2014

Bodas de Ouro de seu Deca e dona Zena!


Hoje, uma data especial na família: Bodas de Ouro de meus pais, José Pedro Alves da Costa e Zenaide Mendonça Alves da Costa.
Ele, filho do mestre-carpinteiro Raymundo e d. Alice. Um sargento do Exército quando veio do Recife para morar no Ceará, num sobrado da Pe. Mororó, pertencente à sua tia Francisquinha e tio Benjamim.
Ela, filha do Zeca, dono do bar “O Mendonça” da praça dos Voluntários, e de d. Zilma. Professora e recém-graduada em odontologia, foi, provavelmente, uma das primeiras mulheres formadas no curso pela Universidade Federal do Ceará.
Conheceram-se num baile no clube General Sampaio e, conversa aqui e acolá, iniciaram o namoro, casando-se em 3 de dezembro de 1964, numa espécie de cerimônia coletiva por meio do tio de minha mãe, o pe. Sinval de São Luiz do Curu.
A primeira casa foi alugada na Vila São José, caiada pelas mãos de meu pai, até que precisaram vender, poucos meses depois, o que tinham para viver em Cáceres, Mato Grosso, fronteira com a Bolívia, por conta da transferência de papai.
No Mato Grosso, alugaram um quarto de uma residência compartilhada por outros casais, próxima ao quartel.
Foi ali que nasceram as minhas irmãs, que receberiam respectivamente os nomes das avós paterna e materna, Alice (1965) e Zilma (1966). Minha mãe sempre lembrava ter sido levada para a maternidade na garupa da bicicleta “Galo”, uma marca da Bolívia, de meu pai.
Depois, papai foi transferido para Natal, onde quase nasci (1967), pois minha mãe, grávida, queria porque queria que o próximo filho fosse cearense, tomando um ônibus para Fortaleza. Daí, no desejo de ser cearense, quase nasci na estrada, após um sufoco e uma correria danada nesse ônibus, chegando às pressas num hospital, azul e quase morto, motivo pelo qual recebi de meus tios um apelido: “Pedro Ligeiro” (nasci no dia de São Pedro, assim como meu pai, que, por força da necessidade profissional, não pôde estar presente nesse dia).
Meus demais irmãos, José - nome do pai de minha mãe (1970), Luiz Antônio (1971) e Maria Thereza (1973) nasceram em Fortaleza.
Juntos, acompanhamos nosso pai em outras transferências, morando numa quitinete no Rio de Janeiro (RJ) e em Feira de Santana (BA), no Centro, nos instalando em Fortaleza, no Monte Castelo, de onde não mais sairíamos, em 1978 (eles, a partir deste ano de 2014, passaram a residir na Aldeota).
Desde então, quando não no exercício de seus ofícios, se dedicaram exclusivamente às causas humanísticas, num viver coletivo, voltados mais para fora da família do que à introspectiva individualidade de todo o mundo.
Nossa casa sempre foi de todos, compartilhada, abrigando pessoas em necessidade e conflitos. Mesa imensa, repleta de comida e pratos para quem carecia do mínimo de afeto e de atenção.
Também foram assim as mesas de família, sempre barulhentas, conversadeiras, animadas pelos pratos criados às madrugadas por minha mãe e pelas piadas do seu Deca, meu pai, que também aproveitava esses encontros para ministrar ensinamentos de vida, contar de suas experiências e histórias gostosas e divertidas, sempre assessorado pela memória prodigiosa de d. Zena que, de vez em quando corrigia numa sinceridade quase infantil alguns detalhes escorregados com certo exagero novelesco pelo marido.
Meus pais, para nós, foram sempre exemplos de coragem, determinação, de gratuidade, altruísmo, de fé, integridade e compreensão. Não eram de cenografia, não faziam gênero. Realizavam muito mais do pregavam, não se detendo à fácil e atrativa fala sofismática e hipócrita, que vemos distribuída por aí nos ouvidos mais ignaros.
Por se darem demais ao mundo, e ao tentar acolher e reerguer aqueles vitimados pelas suas sequelas, não construíram castelos nem muralhas visíveis aos olhos cobiçosos e gananciosos dos egoístas. O grande reino desta vida para eles sempre esteve e está em seu coração, repleto de bondade, de humildade, esperança e de amor.
Meus pais, que a vida possa um dia retribuir com justiça tudo o que semearam e que nos ensinaram.
Nós, seus filhos, genros, noras, familiares e amigos, os amamos e agradecemos pela oportunidade dessa existência e vidas tão queridas.


quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Um original mensagem de Natal, por Sabrina Barros Ximenes



Já fui presente de Natal pra alguém, literalmente. Um serzinho bem embaladinho que não tinha pra onde ir e que felizmente encontrou um lindo lar e fez um casal, que já era feliz, mais feliz 4 dias depois dessa tal festa de celebração.
Acho que uma das poucas histórias bíblicas de que gosto é a do nascimento, não pelo peso que ganhou com o tempo, nem pela vendagem que tem hoje. Gosto pela singeleza que foi contar uma linda história de adoção e que tantos não veem assim, mas eu me identifico um bocado. Não foi em berço de ouro, nem pompa e nem luxo, mas a chegada teve um carinho tão imenso, um amor tão grande, que fez todo o resto ter sido só uma noite, uma noite difícil, mas só mais uma noite qualquer.
Nunca me senti muito bem no Natal “em família”, porque tinha um misto de falsidade e desmerecimento do afeto mais singelo e simples. Tudo era transformado em pompa, uma falsidade qualquer de quatro horas e que depois era evidente não mais existir. Esse ano, depois de muito tempo, não vou viver isso, esse ano vou (re)viver a primeira vez do presente, simples e singelo de estar num lar amado e real que é o de todos os dias, com os seus problemas, suas risadas, as dificuldades e as superações do dia a dia.
Natal não é sobre dar presente físico ou não, é realmente sobre o amar sem receber, um carinho gratuito e um gesto que muda, não vai tá lá pra sempre, mas enquanto esteve foi lindo, foi sempre verdadeiro, foi real. Se um dia eu fui um serzinho embalado e fofinho, pra felicidade não só de quem me recebia, mas principalmente a minha de ser amada e aceita por igual. Desejo sempre que as pessoas adotem, não só no Natal, a possibilidade da sinceridade de si, por mais difícil que ela seja. Não deve ter sido fácil presentear essa outra família, mas foi verdadeiramente um ato de amor, sem esperar troca ou algo de volta. Sem ter nenhum aplauso.
Nem sempre ter um filho significa “adotá-lo”. Adotar é “tomar e colocar pra si um outro alguém”, um outro ser que passa a ser parte daquele lugar, daquela família, daquele amor. É um amor incondicional e real de dizer que aquele ser faz parte de uma vida nova com você.
Sou muito grata por esses dias de agora. Por muito me perguntei o porquê, hoje tento seguir fazendo minimamente feliz a mim, sem esperar o porquê ou uma troca qualquer. É preciso simplesmente amar. Sou feliz por adotar minha família como peça-chave pra mim, sou feliz por tê-la até hoje me amando assim gratuitamente, incondicionalmente, até e principalmente nas nossas diferenças.

Feliz dia de amar. Feliz dia de ser para si, para o outro, que sinaliza que precisa ou não. Feliz dia do afeto gratuito!

Boas Festas do AlmanaCULTURA, por mim, eu mesmo e Irene.



Desejo a todos os amigos e amigas, àqueles fieis leitores que me acompanham neste descalabro que é o AlmanaCULTURA, criança que, desde 2009, bem ou mal vem contando um pouco da nossa história, um período de boas festas, mas, antes delas, o sucesso de sua reflexão sobre a condição do mundo.
No Natal, comemoramos o quê? Celebramos o quê? A resposta vem de ligeiro, riscada na língua mecânica de um papagaio de pirata: “o nascimento de Jesus!” Sim, e o que significa isso? Comprar no RioMar, usar um vestido novo, encher a cara porque a bebida hoje é por nossa conta, dançar a noite inteira para comemorar VOCÊ estar vivo apesar de? Que mixuruca é essa festinha!
O amor, e aqui me refiro ao amor pela humanidade, o ágape, talvez o mais puro, gratuito e incondicional dos amores, não maculado pelo que é possessível, pelo ressentimento e por outras mazelas cotidianas que estragam qualquer café da manhã, deveria ser praticado não apenas por meio do abraço fácil dado a quem achamos e julgamos nos amar.
A farra de abraços é, de longe, superficial e momentânea. Um reboliço no palco hipócrita de plateia cheia de vazios, como uma Simone assombrando com "Então é Natal".
Cabe aqui pensar nesse abraço dado, talvez aquele mais demorado, mais curtido, aquele que se dá não para a visita, mas para aquela pessoa que lhe dá e que de você recebe o amor. Não necessariamente uma pessoa conhecida. Talvez a prática desse amor a estranhos, pessoas que precisam mais do que podem oferecer, ou pelo menos que julgamos assim, tenha mais valor.
A solidariedade, melhor do que a arrogante caridade, deveria ser mais trabalhada em nosso seio familiar, discutida, pensada e fomentada nessa data de muito brilho e pouca luz. Muitas palavras largadas ao vento, como impressões em cartões natalinos que recebemos até de companhias telefônicas e daquele banco que nos devora as economias.
Sejamos diferentes. Sejamos humanos. Sejamos responsáveis. Amemos, nos solidarizemos, tomemos conta dos outros, dos desfavorecidos, dos desesperançados, dos “inúteis”.
“Se você pode ser assim, tão enorme assim eu vou crer que o Natal existe!”



Felicidade foi se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora

A minha casa fica lá de trás do mundo (no kitnetto)
Aonde eu vou em um segundo quando começo a cantar
O pensamento parece uma coisa à toa
mas como é que a gente voa quando começa a pensar

Felicidade foi se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

"Beatles in Concert", ao vivo, no Dragão do Mar.


Maravilha o show "Beatles in Concert", com a Orquestra Filarmônica do Ceará, sob a regência do maestro Gladson Carvalho, que aconteceu hoje na praça Verde do Dragão do Mar.
Um multidão acompanhou em coro as músicas do quarteto executadas pela Orquestra e por convidados, dentre eles, a banda Rubber Soul, Nayara Costa, Ricardo Máximo e Ricardo Diamante.
Uma seleção primorosa de grandes sucessos dos Beatles, como: “While my Guitar Gently Weeps”, “Let it Be”, “Hey Jude”, “Here Comes the Sun”, “Help”, “A Day in the Life” e muitas outras.
Cada vez mais certo de que seria mais feliz se tivesse ouvido mais Beatles.
A seguir uma palhinha dessa banda, com uma de suas músicas mais significativas.

Boa noite!


Ah! Look at all the lonely people
Ah! Look at all the lonely people

Eleanor Rigby                                               
Picks up the rice in a church
Where a wedding has been
Lives in a dream
Waits at the window
Wearing the face that she keeps
In a jar by the door
Who is it for

All the lonely people
Where do they all come from
All the lonely people
Where do they all belong?

Father McKenzie
Writing the words of a sermon that
No one will hear
No one comes near
Look at him working
Darning his socks in the night
When there's nobody there
What does he care

All the lonely people
Where do they all come from
All the lonely people
Where do they all belong?

Ah! Look at all the lonely people
Ah! Look at all the lonely people

Eleanor Rigby
Died in the church and was buried
Along with her name
Nobody came
Father McKenzie
Wiping the dirt from his hands
As he walks from the grave
No one was saved

All the lonely people
Where do they all come from
All the lonely people

Where do they all belong?

sábado, 20 de dezembro de 2014

Rádio AlmanaCULTURA: "Meu Mundo e Nada Mais", de Guilherme Arantes



Para ouvir a música, acesse:

Quando eu fui ferido
Vi tudo mudar
Das verdades
Que eu sabia...

Só sobraram restos
Que eu não esqueci
Toda aquela paz
Que eu tinha...

Eu que tinha tudo
Hoje estou mudo
Estou mudado
À meia-noite, à meia luz
Pensando:
Daria tudo, por um modo
De esquecer...

Eu queria tanto
Estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz
Sonhando!
Daria tudo, por meu mundo
E nada mais...

Não estou bem certo
Que ainda vou sorrir
Sem um travo de amargura...
Como ser mais livre
Como ser capaz
De enxergar um novo dia...

Eu que tinha tudo
Hoje estou mudo
Estou mudado
À meia-noite, à meia luz
Pensando:
Daria tudo, por um modo
De esquecer...

Eu queria tanto
Estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz
Sonhando!
Daria tudo, por meu mundo
E nada mais...


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Lançamento-Show: "Mil borboletas no estômago", de Milena Bandeira


Quase noventa poemas compõem Mil borboletas no estômago, da estreante, em livro próprio, Milena Bandeira, graduada em Letras e revisora, natural de Limoeiro do Norte, terra que sempre dá provas de ter umbigo na literatura pelos tantos bons nomes que têm destaque no cenário cearense, dentre os quais, Arlene Holanda, Gylmar Chaves, Jorge Pieiro, Eugênio Leandro, Virgílio Maia, Kelson Oliveira, Sarah Diva Ipiranga, dentre outros.
Embora a autora acuse que nessa coletânea há poemas forjados ainda na sua meninice, podemos perceber uma maturidade e uma estética bem demarcada e não acidental, talvez pela sua proximidade precoce com a leitura de grandes autores, dentre os quais, Clarice, cuja epígrafe ilumina o título deste livro: “E de dentro erguiam-se certas borboletas batendo asas por todo o corpo”.
Em sua maioria, os poemas são curtos, líricos, amorosos, livres e reflexivos, quase que absolutamente sinestésicos, mergulhados numa profunda saudade e melancolia, lançando o olhar no detalhe, nas coisas pequenas e sensíveis, incluindo as minúsculas iniciais de todos os versos. As imagens proporcionadas são oníricas, por vezes perdidas em constelações, brilhantes em luz e calor. Percebe-se o sentimento latente de busca e sentido e, ao mesmo tempo, de partidas e despertencimento, a despertar dragões adormecidos numa esquina com o impossível, deixando-nos, seus leitores, confortavelmente incomodados:
“tenho as mãos amarelas/ e a alma bruta./ trago no corpo sonetos/escritos a nanquim: tatuagem herdada das estrelas./no peito, / coragem e descontentamento.//eu tenho nas mãos/ os melhores sonhos que vivi.”
Que as mãos de Milena continuem a nos brindar de mil sonhos, pois sonhar é preciso, assim como a poesia.
***
Mil borboletas no estômago, de Milena Bandeira.
Selo: Máquina de Escrever
Lançamento: 20 de dezembro de 2014 (sábado), às 17 horas, no Estoril da Praia de Iracema.
Pocket show com o cantor e compositor Khalil Gibran
Investimento/Livro: R$ 25,00
Contato com a autora: 
milenamaquinadeescrever@gmail.com



A autora, pelo olhar de David Aguiar.

sábado, 6 de dezembro de 2014

IV Colóquio de Literatura e Psicanálise, na Bienal do Livro, 10 e 11/12 (Programação Completa)


IV COLÓQUIO DE LITERATURA E PSICANÁLISE
Organização: Sabrina Ximenes e Leônia Cavalcante Teixeira
10 e 11 de dezembro de 2014

Programação

Dia 10.12.2014 (quarta-feira)
15h: Abertura + Roda literária (leitura dramática de um conto de Moreira Campos)

15h45 - 17h: Mesa-Redonda/Palestrantes:         
·           Adriana Osterno Aguiar: “A teta assustada ou Poesia e verdade em Fausta”
·           Carlos Velázquez: “Valente atualização mítica”
·           Larissa Arruda Aguiar Alverne; Tereza Raquel Tomé Adeodato; Joselene Monteiro Silva: "Psicanálise e Literatura: uma análise do conceito de fantasia em ‘Alice no país das maravilhas’”
·           Marcio Acselrad :“O Complexo de Édipo e o Admirável Mundo Novo”
·           Tereza Raquel Tomé Adeodato; Jorge Luiz Adeodato Júnior: "Agora, talvez a gente possa começar. Sim?": resignificando a culpa via literatura e psicanálise em ‘O Complexo de Portnoy’, de Philip Roth”

17h15 - 17h30: Roda literária (leitura dramática livre)

17h30 -19h: Mesa-Redonda/Palestrantes:
·           Álvaro Jorge Madeiro Leite: “A literatura como chama [ou fogo] para pensar a vida”
·           Clara Virgínia Pinheiro: “Uma questão acerca do sujeito a partir de ‘Metamorphose’ de Kafka”
·           Rebeca Carolinne Castro Gomes; Laéria Bezerra Fontenele: “Leon Tolstoi: o romancista e o dogmático. Do conflito perene à produção literária.”
·           Rosane Muller: “Freud e o inconsciente estético”

Dia 11.12.2014 (quinta-feira)
9h30 - 11h20: Mesa-redonda/Palestrantes:
·           Clarissa Maia Esmeraldo Barreto; Henrique Riedel Nunes; Tereza Raquel Tomé Adeodato: “A melancolia nos escritos de Florbela Espanca”
·           Joselene Monteiro Silva: “A estrutura ficcional do amor na obra de Ian McEwan”
·           José Henrique Sousa Luz: “Suplência e escrita na criação literária de Virgínia Woolf em ‘Passeio ao farol’”
·           Lia Silveira: “Escrever, diz ela: interseções entre a escrita em Marguerite Duras e em psicanálise”
·           Sonia Wan Der Maas Rodrigues: “Arthur Bispo do Rosário, psicanálise e saúde mental”

11h30 - 13h: Mesa-redonda/Palestrante:
·           Antonio Cristian Saraiva Paiva: “Injúria e resistência a propósito da dicção de afetos homoeróticos”
·           Fabiano Rabêlo: “Notas sobre a sexuação e o fantástico a partir do conto ‘As Academias de Sião’, de Machado de Assis”
·           Manoel Moacir Rocha Farias Jr:  “Crônica de uma leitura de ‘O avesso do imaginário: histórias de vida na arte contemporânea’”
·           Sabrina Ximenes: “Sublimação e processo criativo em Freud”
·           Wecia Mualem Sousa de Moraes:“Reflexões acerca das marcas corporais em adolescentes cardiopatas”

15h - 15h15: Roda literária (leitura dramática livre)

15h15 - 17h: Conferência
José Batista de Lima: “Características estilísticas da obra de Moreira Campos”

17h15 - 19h: Mesa-Redonda/Palestrantes:
·           Eriton Luiz Araújo de Souza: “Invenção poética & invenção psicanalítica”
·           Daniel R. Martins; Kassandra G. de P. Leitão: “O lance da isca no ‘Ninfomaníaca’ de Lars von Trier”  
·           João Vicente Menescal: “A imaginária viagem do jovem centauro e da velha senhora”
·           Leônia Cavalcante: “A vida em Eduardo Coutinho”
·           Gabrielle Bessa Pereira Bessa: Antes e depois de Kardec: sublimação e transformação espiritual na produção acadêmica e literária e acadêmica de Armando Souto Maior”

19h15: Encerramento

Local:
Centro de Eventos do Ceará (Av. Washington Soares, 999)
Sala Momentos (Sala 3/4) Mezanino 2

Informações:
coloquioliteraturapsicanalise@gmail.com