LANÇAMENTO
Entre
Ritos, Risos e Batalhas,
de Oswald Barroso,
coleção Edições Theatro José de
Alencar
Secretaria da Cultura do Estado do Ceará
Data: 14 de janeiro de 2012 (sábado)
Horário: 17h
Local: Theatro José de Alencar
Apresentação
da Obra e do Autor: Izabel Gurgel
Leitura
Dramática pelo Grupo Teatro de Caretas
Sobre a Obra: Entre Ritos, Risos e Batalhas reúne cinco textos para teatro (“Vaqueiros”, “Auto do Caldeirão”, “O Milagre”, “Família Raimundo”, e “Todomundo, Nada e Ninguém ou O Biscateiro que Deu um Chute no Saco do Juiz”) da produção recente do autor, publicação da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, incluída na coleção Edições Theatro José de Alencar, cuja consultora é, a também atriz, Fernanda Quinderé, que tem como propósito registrar a produção artístico-dramatúrgica e estimular a difusão e a renovação de nosso patrimônio cultural, além de fomentar o acervo bibliográfico do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas do Ceará, sendo os seus títulos elencados por um conselho editorial formado por especialistas (Gilmar de Carvalho, Rejane Reinaldo, Ricardo Guilherme, Haroldo Serra, Izabel Gurgel, Marcelo Costa e Fernanda Quinderé) e distribuídos entre as séries “Dramaturgia”, “Memória” e “Teóricos” que comprovam a qualidade e a pluralidade no campo da produção dramatúrgica e literária cearense.
Entre Ritos, Risos e Batalhas traz ainda um
prefácio do crítico paraibano, radicado em Pernambuco, Carlos Newton Júnior, e
um comentário sobre a peça “Vaqueiros”, da jornalista Geísa Matos.
Os textos
apresentados são partes de um trabalho teatral de mais de 36 anos e dão
prosseguimento à busca de Oswald Barroso por um teatro que combine traços da
realidade cotidiana com seus correspondentes no inconsciente coletivo. O rico
mundo da vida e do imaginário popular, sempre presentes em seus textos, faz
aflorar um universo em que sonho e razão apresentam-se indestrinçavelmente
ligados. Geralmente baseados em
fatos da vida real, os textos de Entre
Ritos, Risos e Batalhas procuram evidenciar neles elementos que os
transportam a condição de índices da trágica aventura humana, transitando entre
o sagrado e o profano, o eterno e o efêmero, o local e o universal. Todos os
cinco textos foram escritos no calor do fazer teatral, entre pesquisas, ensaios
e experimentações, de companhias teatrais orientadas pelo próprio Oswald, o que
lhes garantem adequada funcionalidade cênica. Neles, o emprego de estruturas
épicas possibilita o livre trânsito entre o trágico e o cômico, o realismo e a
farsa, o racional e o onírico. Embora apenas dois dos textos, “Auto do
Caldeirão” e “Todomundo Nada e Ninguém” se enquadrem no chamado teatro de
cordel, também nos demais a linguagem da cultura popular tradicional está
presente, com suas festas, folguedos, formas e fórmulas da literatura oral.
Tais características indicam transposições cênicas em que o simbolismo das
palavras pode resultar fortemente sugestivo para a imaginação do espectador.
Sobre o Autor: OSWALD BARROSO nasceu em Fortaleza em 23 de dezembro de
1947.
Poeta, teatrólogo, jornalista, folclorista,
roteirista e diretor de documentários em vídeo e cinema (inclusive com
experiência em cenografia e iluminação), redator de televisão e autor de textos
e diálogos para cinema foi membro ativo dos grupos literários Siriará e Nação
Cariri, do Grupo Independente de Teatro Amador e da Companhia de Brincantes
Boca Rica, atuando como ator, encenador e dramaturgo. Escreveu 18 textos para
teatro, quase todos encenados, e tem 20 livros publicados, entre poesia,
teatro, ensaios, reportagens e etnografia. Em 1964, após um acidente de
trânsito, e de um ano acamado em hospitais do Rio de Janeiro, vê encerrada a
carreira de atleta e passa a vivenciar a literatura. Bacharel em Comunicação
Social, é Mestre e Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará, com
Pós-Graduação em Gestão Cultural pela ANFIAC/Paris. Leciona as disciplinas de
Antropologia da Arte, Cultura Brasileira, Estética e Música nas Tradições
Populares, pelo Departamento de Artes da Universidade Estadual do Ceará. Atualmente
é membro da Academia Ibérica da Máscara, diretor da Comissão Cearense de
Folclore, da Comissão Nacional de Folclore e da Associação de Dramaturgos do
Nordeste, além de coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas Cênicas do
Theatro José de Alencar.
Desde 1976 até 1993, trabalhou como
colaborador, repórter de cultura e articulista no jornal O POVO, abordando
sobre fatos e figuras da cultura popular cearense. Participou como ator,
dramaturgo ou encenador, durante 17 anos, entre 76 e 93, do Grupo Independente
de Teatro Amador – GRITA; e de 1996 a 2006, da Companhia Boca Rica de Teatro,
ambos de Fortaleza.
Como coordenador ou membro pesquisador,
trabalhou, em diversos projetos culturais, como
Artesanato, Literatura de Cordel e Festas e Folguedos, do Centro de
Referência Cultural da Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, e o Vaqueiros,
do Memorial da Cultura Cearense – Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.É
detentor da medalha de Folclorista Emérito, da Comissão Nacional de Folclore, e
do título de Cidadão Honorário de Juazeiro do Norte.
Como dramaturgo ganhou vários prêmios, entre
eles o Prêmio Estado do Ceará (1985) e o Prêmio Estímulo à Dramaturgia (1996),
da FUNARTE. Suas peças já foram encenadas em várias capitais brasileiras, além
de inúmeras outras do interior do Nordeste. Seu texto mais conhecido é o Auto
do Caldeirão, cuja montagem feita pelo Grupo Alegria Alegria, de Natal, já foi
apresentada mais de 500 vezes.
Apoio Editorial
Secretaria da Cultura do Estado do Ceará
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