sábado, 8 de janeiro de 2011

Lançamento "Mundografia Moderna" de Silvyo Amarante, com ilustrações de Glauco Sobreira (11.01)


Mundografia Moderna (Expressão Gráfica e Editora)

de Silvyo Amarante

com ilustrações de Glauco Sobreira

— ganhador do VI Edital de Incentivo às Artes da SECULT


Data: 11 de janeiro de 2011 (terça-feira)

Horário: a partir das 19h30min

Local: Centro Cultural OBOÉ (rua Maria Tomásia, 531, Aldeota – fone: 3264.7038)

Preço promocional de lançamento: R$ 45,00 (livro de arte em 30 x 21,5cm, capa dura, 80pgs em papel couché especial, totalmente ilustrado em cores e em P&B, contendo apresentação da obra por CHICO ANYSIO)

Apresentação da Obra e do Autor: Raymundo Netto, escritor, quadrinhista e produtor cultural

Contato com o autor (para aquisição de livros e/ou outros): (85) 3257.1057 (Revistas & Cia – Av. Pontes Vieira, 1843, Dionísio Torres) ou pelo e-mail: casadaleitura@hotmail.com


Sobre a Obra: Mundografia Moderna, livro-poema de Silvyo Amarante, ganhador do VI Edital de Incentivo às Artes da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, foi publicado a primeira vez no jornal O Pequeno de São Luiz do Maranhão. Desde então, passou a ser usado pelo humorista cearense Chico Anysio, que assina a apresentação da obra, na abertura de seus shows, sendo o texto atualmente encontrado, descaracterizado, na internet sem a devida creditação.


Silvyo não se se diz poeta, mas o é. Além de Mundografia..., tem um acervo de outros poemas escritos no mesmo estilo, e que ele, portador de uma memória fantástica, habilmente, e como se cantasse, recita aos amigos.


No seu poema, Silvyo traz enredado, num encantador e sonoro jogo de palavras, todas iniciadas por “M”, ou em “monólogo mudo” como denomina, o recorte de uma grande metrópole, que poderia ser qualquer uma, desde que “M”etrópole.


A temática humana e social, expressas com criatividade num estilo íntimo e original, destaca alguns dos elementos de nossa “mundografia”, como em “manchetes medievais”: as drogas (“mocidade, meras marionetes”), a violência urbana, as meretrizes (“mariposa mercenária mulher marcada molambo mofante”), o exôdo rural, as crianças de rua, a fome, o álcool, o consumismo (“moedas, mola-mestra movendo o mundo”), o deslumbramento diante dos avanços da tecnologia, das ciências, das artes e sua natural não-garantia de felicidade, enfim, são vários os personagens traçados por Silvyo, até o folclore, a “mitologia matuta”, não é deixado de lado.


Mundografia... pinta o mundo moderno num retrato de indiferenças e revela seus perigos e a tragédia que avança-lhe, a arrastar a todos para um mesmo fim. A atmosfera do poema é noturna, iluminada por postes de luz de uma cidade zoadenta, intranquila, insegura, tudo isso bem marcado pela cadência melódica e conflitante do poema que anuncia, com beleza vérsica, a mais completa e “maçante monotonia”. Ao final, um alerta arremata: “Mundo moderno, modifique-se”.


E para receber o poema, nada como um projeto gráfico atrativo, por meio das ilustrações do médico e artista plástico Glauco Sobreira, coeditor da revista Para Mamíferos e admirador do universo de HQ’s — universo este que Silvyo conhece a fundo desde a meninice —, que percebendo-lhe a atmosfera sombria, a distribui em cores que contrastam entre berrante e o absoluto negro. Sem conflito, não há drama, já diziam. Conflito e poesia, fórmula que dá certo, e deu, em Mundografia Moderna. Maravilha, assim, com “m”!

Raymundo Netto


Este Projeto é apoiado pela Secretaria Estadual da Cultura do Ceará,

Lei nº 13.811, de 16 de agosto de 2006

2 comentários:

  1. Caro Raymundo Netto,

    Conheço esse longo poema do "m" do Silvyo Amarante, que, por mais de uma vez, recitou-o, integralmente, sem vacilo, para mim. A sua interpretação é cativante, e fico imaginando o tom artístico emprestado pelo médico Glauco Sobreira, o que, por certo, valorizará a obra em epigrafe.
    Só lamento não comparecer ao lançamento, porque estarei participando, no mesmo horário, de bancas de conclusão de curso de Medicina da Uece, cuja colação dar-se-á no dia seguinte.
    Sucessos ao Silvyo.
    Atenciosamente,

    Marcelo Gurgel

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  2. Gostei muito do que você escreveu, pois conheço o Silvyo e tenho um carinho enorme por ele!
    Peço autorização sua para colocar num site de livros (www.skoob.com.br), a resenha que você fez sobre esse livro que eu achei fantástico!
    Parabéns pelo blog!
    Até!
    Júlia

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