sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"Saudade", poema sem querer de Raymundo Netto


Saudade

Palavra que (é) chama

Na alma lesa que ama.

A tonta esperança de se morrer de rir

Mas a chorar, a mentir, feito moleque

Nas madrugadas de preguiça e de pileque

Suportar no coração a derriça

Correr os olhos de cinzas no céu chuvoso

E a se perder no vasto amplo do nada absoluto,

Impoluto e breve.


Saudade

Fruto da inocência, da semência

Do verão, a neve.


Saudade de tudo

Saudade

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