Caixinha da Memória: CEARÁ – Editora IMEPH
(I Edital Mecenas do Ceará da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará)
de Arlene Holanda e ilustrada por Kazane
(I Edital Mecenas do Ceará da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará)
de Arlene Holanda e ilustrada por Kazane
Chegou a minhas mãos, pela própria autora, esta Caixinha da Memória. Enlaçada por uma fita de cetim vermelha, revelava-se o presente... e que presente! Um livro transbordante de cultura, com criativo e apurado projeto gráfico, belíssimas fotos e imagens selecionadas que dizem o livro por inteiro, não dispensando a linguagem kazanesca que permeia em beleza toda a exaustiva, e em nenhum momento exaustante, pesquisa da escritora, ilustradora, designer e necessária Arlene.
Nem é preciso dizer que apaixonei-me de cara pela bem-sucedida proposta de consolidação de identidade cultural de nosso povo, tão bem relatada em páginas envelhecidas que discorrem, desde as lembranças indígenas, até os anos 50 do século XX, conforme a autora, “época em que não havia se deflagrado o processo de massificação e esmagamento cultural gerado pela televisão, industrialização, integração nacional, mudanças de costumes a nível global e influência da cultura norte-americana”
Daí, a Caixinha, como mágica — e por ser mágica —, nos questiona, nos faz caminhar por veredas de areias e nos convida a trilhas prazerosas reveladoras do nascimento de nossas vilas e cidades, daqueles que aqui moravam e o que faziam antes da chegada dos brancos europeus, dos costumes, das feiras, dos mercados, do “afrancesamento” e contrastes da Belle Èpoque, das cantigas, das lendas, das brincadeiras, da arquitetura, das rotinas das casas de outrora (suas mobílias, objetos, compartimentos), das cantorias, das vaquejadas, dos folguedos, da culinária, da prática religiosa, da fé, dos rituais, dos saberes, dos meios de transporte, dos ofícios, e, finalmente, do jeito de ser genuinamente cearense.
Mergulhado nessa Caixinha de surpresas, encontrei a mim mesmo, meus pais, meus avós e percebi que minha família inteira cabia nela. O que não cabia, era a vontade de sentar-me aqui e contar a novidade a vocês.
Parabéns, (1) Associação Para o Desenvolvimento do Municípios do Ceará, pois bem sei do grandioso efeito multiplicador que vocês provocam em seus projetos de fomento à leitura por todo o Ceará; (2) COELCE por apostar em projetos que visam nos proteger de nossa própria amnésia e ambição, (3) Secretaria da Cultura do Estado do Ceará que, por meio de sua política de editais, fomenta a elaboração de projetos de relevada importância coletiva como este e, principalmente, (4) Arlene Holanda, filha de Limoeiro, pelo legado que sobeja sua arte e cultura no propósito de “contribuir para a preservação da memória e para um despertar da sociedade sobre a importância da história e do patrimônio cultural na vida de cada um de nós.”
Contato com a Autora: arleneholanda@gmail.com
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