quinta-feira, 27 de março de 2025

"Coisas Engraçadas de Não se Rir" (o lançamento), de Raymundo Netto para O POVO


É este o título do meu último lançamento. Um título que, me parece, desperta certo estranhamento nos leitores, pelo menos em alguns poucos que tenho acumulado em vinte anos de exercício e dos quais invejo a generosa persistência e lealdade.  

Uma reunião de crônicas – há quem diga se tratar de contos, e essa confusão meramente didática, acredito, contribui para o efeito desejado – que têm como pano de fundo o mais banal cotidiano de personagens aparentemente simples.

Claro, essas pessoas não poderiam ser eu nem você, mas algum de nossos vizinhos, outros parentes distantes, decerto um cunhado, alguém na esquina ou um desafeto de infância. Nunca, nunca essas “Coisas...” potencialmente burlescas aconteceriam conosco: um homem que, após o término de relacionamento, sofre como o diabo de saudades e pela perda da... sogra!; o mistério de uma mulher belíssima que não segura namorado, pois dizem: “Homem que tem a Dadivosa – é o merecido nome da moça – não presta mais não”, gerando especulações e despertando quase uma competição entre corajosos candidatos; Camila, a esposa insegura e obsessiva que não desgruda do sufocado marido; o sofrido Dedé, que não sabendo como fazer para saciar a namorada ninfomaníaca, tenta convencer os colegas de trabalho a “dar uma força”; Peixoto, que não admitindo assistir à nudez da mulher em casa, é surpreendido quando ela veste uma burca; a difícil tarefa do desembargador na tentativa de fazer seu inútil filho a ser alguém na vida; o homem chamado “Ninguém”, que se apaixona e vive um conflituoso romance com uma manequim de vitrine; Padilha, que declara seu amor pela esposa do melhor amigo, o Honório, deixando-o absolutamente ensandecido de ciúmes; o sargento Barata que, cansado de ser humilhado pela mulher, percebe que a única forma de ela deixá-lo em paz é dando um jeito para que ela o traia; Petra, a mulher insensível, que nunca chora por nada, mas que descobre o poder das lágrimas cortando cebolas; Jandira, a moralista do condomínio, que incomodada com os gemidos e gritos devassos de um casal vizinho, vai à luta; a garota que despreza o pai, simplesmente por não aceitar ter herdado dele o seu tremendo nariz; o militar da reserva, síndico exemplar do condomínio, até o dia em que colocou uma prótese peniana, entre outras coisas engraçadas... talvez nem tanto, afinal, fazer rir não é fácil. Principalmente no papel, quando não é possível garantir o timing desejado na leitura do leitor, assim como pela ausência de gestos, expressões e voz, instrumentais próprios de humoristas no palco ou mesmo em uma singela mesa de bar.

Contudo, mesmo assim, o livro se arrisca, mesmo sem qualquer outra pretensão, a divertir e a conduzir o leitor em um caminho de ironias, referências, alusões, deboche, cinismo e um pouco de paranoia, de forma que comprovemos, com uma boa dose de crítica e de reflexão, a velha máxima de o brasileiro ter a mania de rir de suas próprias desgraças... ou de sua mais comovente hipocrisia.

 

P.S: Os interessados, por ora, podem adquirir o livro por PIX, sendo a chave: livrodoray@gmail.com.

Por este mesmo e-mail que é a chave do PIX, após efetivar o pagamento de R$ 60,00, me envie seu nome, endereço completo e CEP, que enviarei para você.





segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

"O Homem que não Sabia Morrer", de Raymundo Netto para O POVO


Benigno despertou em um assombro extraordinário. Por cima dos olhos tingidos de pavor, uma interrogação reluzia: “Qual o sentido de minha vida?”

Mastigando cereais vencidos à mesa há anos solitária, buscava por algum premeditado e egoístico ato heroico – como na maioria o é. Precisava abraçar uma causa nobre, aquela a valer alguma fatia de glória imediata, o suficiente para sua alheia autoestima.

Assistindo na TV a um histérico e dispensável noticioso policial – como a maioria também o é –, soube que em certo lugar, na fronteira do país, havia contrabandistas de órgãos humanos. Por associação esdrúxula de ideias, imaginou o destino de tais órgãos: o salvamento de outras vidas! Sem demora, comprou passagem e se dirigiu àquele lugar, resolvido a lhes ceder um rim.

Contrariando a máxima do Barão de Itararé que afirma “de onde menos se espera, daí é que não sai nada”, nem mesmo eu sei explicar como o tonto, extasiado na sua felicidade burguesa, conseguiu encontrar tais contrabandistas.

Eles, claro, ainda ressacados da noite anterior, riram-se a valer – também sem entender nada – e, com todas as honras, o anestesiaram e, depois, em torpor profundo, o rebolaram no bagageiro sujo da van, sala de cirurgia improvisada. Nesse momento, diante da inesperada novidade, os malvados perceberam que poderiam tomar não apenas um rim, mas os dois. Aliás, se já estavam ali mesmo, por que não arrancar tudo aquilo que pudesse ser de proveito? Assim o fizeram. Levaram tudo: rins, fígado, coração, pulmões, córneas, pâncreas, intestinos... e o que deu. Motivados por uma bizarra gentileza, fecharam as suturas e largaram o corpo gordo e nu à beira da estrada.

No dia seguinte, Benigno acordou. Sentia-se mal, porém, mais leve. Sem córneas, não viu ninguém. Percebeu pelo corpo as diversas costuras grosseiras e malfeitas. As linhas de fios grossos espetavam o inchaço da pele inteira. Todavia, mesmo quando percebeu-se enganado, não conseguia sentir ódio, pois a ele faltava o coração.

Ao ser encontrado por populares, tentaram em vão descobrir contatos de parentes, amigos, colegas que pudessem vir buscá-lo, socorrê-lo em tão inusitada situação. Mas ele não se lembrou de ninguém – e não foi porque levaram também o seu cérebro, só por diversão, é claro. O homem adorava a solidão, era avesso às manias e celebrações humanas e ao cheiro de animais. Desconfiava de todo mundo, evitava sair de casa, seu maior refúgio, e assim afastou-se de tudo e de todos.

No leito ao corredor do hospital de caridade, ao questionar o médico plantonista sobre a gravidade de seu caso, recebeu cruel prognóstico: “Lamento, o senhor não pode mais morrer!”

Sim, com a ausência de seus órgãos vitais, seria impossível o infarto, a trombose, cirrose, enfisema, tuberculose, demência, nem a simples pneumoniazinha... “Meu Deus, estou perdido para sempre”, angustiava-se o desanimado Benigno, cujo sangue gelava parado em seu corpo imortal, enquanto revelava-se que, de fato, já havia morrido desde quando passou a não existir para mais ninguém.

 

 




 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

"Ilusionista", de Raymundo Netto para O POVO


Samuel, quando veio ao mundo, em vez de chorar, clamava: “quero ser mágico!”

Assim, desde de a sua meninice, peregrinava por jornais, revistas, manuais e internet e colecionava álbuns de figurinhas em busca de conhecer e se aproximar dos grandes prestidigitadores de sua época. Nesse intuito, fugiria da casa paterna resolvido a apreender os segredos milenares e maravilhosos do ofício.

Debulhadas inúmeras folhinhas de parede, o adolescente se via perdido, sozinho e faminto num mundo de inimaginável realidade, até a chegada na cidade do famoso Gran Circo Internacional. Entusiasmado, Samuel se dirigiu a ele, enfrentando a fila de pretendentes a serviços temporários, pois faria qualquer coisa, desde que pudesse se aproximar de Eugênio Roudin, o mágico, o melhor de todos. 

Aceito, passava o dia varrendo e limpando a coxia, lustrando objetos e, no momento do espetáculo, carregando pesos, vendendo pipoca, milho verde, balões e brinquedos de néon. Ali, dessem qualquer espaço, Samuel não perdia a oportunidade de anunciar: “Seria o maior mágico do mundo!”

Às noites, no sereno frio da manta naftalínica, seduzido pelo vagalumear das estrelas perdidas na vastidão do cortinado negro, fantasiava o seu picadeiro de encantamentos.

Um dia, de tanto se enxerir, perturbar a todos e assediar Roudin, conseguiu arrancar dele a promessa de treiná-lo como seu assistente. Seu objetivo, enfim, se realizaria.

Porém, para a surpresa do mágico, apesar do entusiasmo e a declarada paixão pela arte do ilusionismo, quando Roudin pôs numa mesa uma série de objetos utilizados em seus truques, como baralho, cordas, lenços, flores artificiais, moedas, dados, argolas, entre outros, o rapaz se resumia a esfregar as mãos e fitá-los com uma ansiedade vazia de qualquer experiência. Roudin pensou: “Teria que começar do zero!”. Para piorar, quando o fez, tudo indicava que Samuel não tinha a menor aptidão para a coisa. Era desastrado, desconcentrado, uma tragédia: um coelho descia-lhe pela perna da calça, se enrolava em lenços coloridos, tropeçava em fios de náilon disparando papéis coloridos pelo colarinho, escapavam-lhe pombos pelas mangas da camisa, esparramavam-se copas e ouros pelo chão... nada haveria de dar certo.

Após várias tentativas e frustras recomendações, Roudin surtou. Era uma absoluta perda de tempo... do seu tempo! Já não entendia de onde o rapaz tirara aquela ideia de que um dia poderia ser mesmo um mágico de verdade. Era, isso, sim, um inútil e grandessíssimo pateta que jamais dominaria o universo da magia.

Os colegas de circo, sentados nas arquibancadas a admirar os ensaios do garoto, nunca haviam visto o elegante mágico perder as estribeiras. E alguns, por considerarem Samuel um tanto pedante pelas suas incontáveis afirmações de ser o maior mágico do mundo, diante de suas trapalhadas, gargalhavam e o vaiavam a valer, numa estrondosa, constrangedora e irremediável humilhação.

Transtornado, Samuel assistia ali, por meio da plateia de seus próprios colegas e mentor, o coração dilacerar em rasgos perversos de solidão. Ainda diante do achincalhamento geral, abaixou-se, sacou um punhado de terra molhada por suas lágrimas, moldando com ela uma ave entre as mãos. Soprou seu bico e, como que puxando alfenim, fez crescer o grande pássaro vermelho a emitir sons dolorosos e estridentes. O fracassado artista, então, saltou sobre seu dorso, subindo em voo ligeiro através das estrelas costuradas na lona circense, sabe-se lá Deus para onde, determinado a nunca mais acreditar em sonhos.

 




 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

"A Dois", de Raymundo Netto para O POVO


Aquele casal se amava tanto, mas tanto, tanto, que um dia acordou pregado!

De primeiro, perante o espetaculoso incompreendido, o sobressalto. Depois, com pouco, a constatação bem-querida. Ele: “Agora eu tenho certeza, amor, de que você não me escapa!” E ela: “Hummm... e eu, que tenho você todinho para mim...” E num chamego quase autofágico o casal descobriu em seu mundo sem novidades matrimoniais o alvorecer de um inconcebível prazer de amar a si mesmo, a bolinação inesgotável, o compartilhar de seu próprio gozo, tão extraordinário quanto a descoberta da areia lunar.

Passados alguns meses de experimentos e satisfações transcendentais de fazer inveja a Kama Sutra, encontramos o mesmo casal trazendo no corpo as marcas da perversa convivência íntima: feridas, hematomas e cicatrizes nos braços, nas pernas, na alma.

Não havia absolutamente nada que eles gostassem de fazer juntos – e eles tinham, por anatomia, que fazê-lo exatamente assim, juntos – muito menos pensar. Sim, compartilhavam também os seus pensamentos. O certo é que não se toleravam mais. Para eles, o companheiro ou a companheira era de um tédio nauseante, de até desejar a morte: a do outro, e por efeito, a de si mesmo.

Mesmo em silêncio, em frente à TV, um zapeado incontrolável. À mesa, ela não suportava os maus hábitos dele e reclamava da comilança que a deixava cada vez mais gorda. Por outro lado, ela o fazia perder horas em shoppings na busca de acessórios ou nas tardes de sábado no salão, além de raspar-lhe as pernas. Gentilezas? Coisa do passado. Ele: “Vai primeiro, preguiçosa”. Ela: “Seu porco, e eu tenho que esperar a sua boa vontade para poder me lavar direito?”

Daí, uma manhã, ao se coçar enquanto acordava, ele percebeu-se livre da incômoda mulher, deitada do outro lado, despregada de seu corpo cativo. Imediatamente a despertou com a boa nova. Não demorou nada e, mesmo sem despedidas ou perguntas, ambos cruzaram a porta e seguiram a calçada, claro, por caminhos completamente opostos.

Durante anos eles perambularam pelas ruas de outras cidades, outros estados e países, viveram outras vidas, amaram e desamaram ao desfrute da liberdade outrora lhes negada. Curiosamente, vez ou outra cruzavam o mesmo itinerário. Nesses casos, quando possível, mudavam de calçada, davam meia-volta, embrenhavam-se à primeira porta aberta. E, quando inevitável, no máximo – às vezes nem isso –, um tchauzinho insosso com cara de “passa reto” ou “desgruda de mim”.

Um dia, sem data marcada, cansados de tanta permissividade e falta de rumo, voltaram a sua casa. Ambos estavam profundamente diferentes, e mesmo assim se reconheceram. Estavam cansados, mais velhos e mais leves. Fitaram-se demoradamente, como a compreender o papel daquela pessoa em sua vida. O choque das lembranças a dois de algo que não era amor, mas coisa muito melhor, os atravessou como o cheiro do vento que aquecia aquela mesma calçada. Sem palavras, entre risos e lágrimas, arriscaram tocar no rosto um do outro e caíram de lábios em um beijo indecente, apoteótico, jamais visto ou compreendido, rendidos para a vida em um perdão supremo e desnecessário, mais unidos do que nunca por um só coração.





 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

"Tempos Difíceis", de Romeu Duarte para O POVO


Foto: Ricardo Stuckert/PR

Chama-se plutocracia o comando exercido ou influenciado pelo segmento social mais abastado de uma dada população. A tal palavra, composta, deriva dos vocábulos gregos plouto, riqueza, e kratos, governo. Assim, abandonando a ideia de uma administração liderada pelo cachorro do Mickey Mouse, é o governo dos ricos, oposto à democracia, que é o governo do povo.

O capital, em sua atual fase, escancara uma face vil, escrota e perversa que ainda não havia apresentado. Ele, que sempre se esmerou em morrer para renascer cada vez mais podre, só que, desta vez, foi além do esperado. Escorado na mentira, nos desvãos sombrios das redes sociais, no analfabetismo político e na opressão, serve bem a um projeto criminoso de destruição da Terra e dos seus habitantes.

É o que se pode pensar e sentir ao se ver os três mosqueteiros da desesperança, musk, trump e zuckerberg (tem fonte menor, redator?), brandindo seus floretes contra os interesses democráticos e populares em todo o mundo.

Se os dois mais novos, multibilionários, acham que suas empresas e seus negócio$ estão acima das leis dos países e que podem fazer o que bem entender em nome de uma imunda "liberdade de expressão", que só funciona para propagar fake news aos quatro ventos, o mais velho, não menos cheio do ouro e agora guindado à presidência dos EUA, pretende, além de expulsar os imigrantes, anexar de forma pura e simples, o Canadá, a Groenlândia, o México e o Canal do Panamá.

Como diria a minha santa e saudosa mãezinha, meta-lhes o braço que o dedo é pouco.

Enquanto o planeta se escandaliza ante tanta arrogância e violência, surge a pergunta que não quer calar: para o que serve, hoje, a ONU? Desmoralizada pela inação frente ao genocídio que Israel promove no Oriente Médio, o que resta à organização para defender a paz entre as nações? Com toda certeza, o papa Francisco, sozinho e de maneira corajosa, tem feito muito mais por isto do que o comissariado do organismo internacional.

É claro também que as reacionárias vacas de presépio globais aplaudem as escaramuças do famigerado trio, tal como as que foram recentemente apeadas do poder no país. A plutocracia brasileira, formada pelas avenidas Faria Lima e Paulista e boa parte do agro, faz coro ao tétrico jogral, neste aniversário de dois anos do ensaio de golpe do 8/1.

É por isso que é tão importante comemorar a vitória de Fernanda Torres na disputa do Globo de Ouro e o retorno das peças artísticas pertencentes às sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, vilipendiadas quando da atroz tentativa de quartelada, aos seus lugares de origem e devidamente restauradas. Ambos foram vitórias da cultura e dos que a produzem, após anos de incursões que tinham como único fim o seu solapamento. Os dois feitos são denúncias e bem-sucedidas intervenções que evidenciam as forças malignas que operam dia e noite para destroçar o Brasil, agora cada vez mais às claras e conhecidas internacionalmente. Não dá mais para tapar o sol com a narrativa peba da peneira, canalhas. Para vocês, a solução é justiça e cadeia. Sem anistia!






 

terça-feira, 7 de janeiro de 2025

"Prêmio Nauã Marley de Literatura"


Hoje, dia 6 de janeiro, Dia de Reis, estava passeando no Shopping RioMar Kennedy com meu filho Saulo, quando me deparei com um rapaz de 20 anos, estudante de Engenharia de Produção da UFC, que me revelou ser um leitor. Era o Nauã.

Bastante tímido, estava com pressa e eu tive até que segurá-lo, pois devido ao seu nervosismo queria desaparecer dali.

À madrugadinha, trabalhando, consultei a minha caixa de e-mail e ele me escreveu, olha só, e botou para fora muito do que ele poderia ter dito para mim... mas escreveu, me emocionando com sua história e confirmando a certeza de o encontro com o(a) leitor(a) é SEMPRE o maior prêmio que um autor pode receber.

Assim, aqui publico, para não mais esquecer ou perder, o manifesto do então amigo NAUÃ MARLEY:

 

Prezado Raymundo,

 

Sou aquele que te cumprimentou esta tarde, no shopping.

Eu estava nervoso, como você deve ter percebido, e temia incomodá-lo. Na verdade, só quando cheguei à rua foi que me lembrei de lhe pedir uma foto e um autógrafo — mas já era tarde demais.

Enfim, havia uma biblioteca muito pobre na minha antiga escola — um colégio privado, de bairro, onde cursei o fundamental — cheia de enciclopédias velhas e mofadas. Havia também uma pequena estante ao fundo, com algumas surpresas: Machado de Assis, Lygia Fagundes Telles e o seu Crônicas Absurdas de Segunda. Foram as minhas primeiras descobertas, de quando eu estava aprendendo a gostar de ler.

O seu livro ficou sendo o meu favorito, o meu primeiro livro de cabeceira. E devo agradecê-lo, pois acredito que, com ele, eu tenha sido influenciado a olhar o mundo com novos olhos — durante muito tempo, guiado pelos nomes das ruas em suas crônicas, peregrinei por Fortaleza, fotografando de forma amadora — até acabar o encanto.

E mesmo muito tempo depois, durante o Ensino Médio numa escola pública, alguma coisa restou impregnada. Fui presidente do Grêmio e com muito gosto o inimigo número um dos gestores do colégio.

Brincando de ser Demócrito Rocha, editei um jornal e uma revista — modéstia à parte, de forma muito competente, muito mais competente do que a imensa maioria daqueles jornaizinhos bobos feitos por alunos bobocas.

O jornal era conservador (ou irônico) e se chamava Correio Gremista, mas a revista era liberal e safada, e tinha um nome impactante: chamava-se revista Marginal e eu sabia muito bem o que estava fazendo com aquele título grosseiro. Muito além do sentido popular, “marginal” se referia àquilo que ficava à margem da nossa grade curricular. Éramos disciplinados a pedir a benção a Mário e Oswald de Andrade (você já leu Metrópole à Beira Mar, do Ruy Castro?), mas nem um piu era dado sobre o contista Moreira Campos e o poeta Gerardo Mello Mourão, cearenses como eu e você, e esmagadoramente maiores do que os paulistas. 

Bem, era isso que eu devia ter lhe dito, embora mais uma vez a timidez tenha me tomado a palavra. E mesmo que eu fosse sério e respeitado pela Direção da escola, porque a respeitava, havia em mim um espírito gaiato proporcionado pela leitura dos livros e que me permitiu fazer muitas coisas importantes naquela época. Mas isso já passou, foi há dois ou três anos, quando me formei no Ensino Médio e a adolescência ficou para trás.
Hoje sou estudante de Engenharia de Produção na UFC, perdidamente apaixonado por Lygia Fagundes Telles e Gerardo Mello Mourão, que em breve completará 108 anos, Lygia fará 106 em abril e eu farei 20 em julho.

Por Gerardo tenho cultivado um perfil minúsculo no Twitter que dispara versos de poemas em horas marcadas e escrito a deputados, a ministros, e até ao presidente da República para que algo seja feito em sua memória. E agora tenho a honra de escrever a você, primeiro agradecendo por tudo e depois pedindo que você também interceda por Gerardo — quem sabe por meio do jornal O POVO?

Ah! Eu já ia me esquecendo. A escola em que cursei o Ensino Médio, uma escola profissionalizante, se chamava, veja só, Dona Creusa do Carmo Rocha, na avenida Sargento Hermínio, hoje demolida para dar espaço a outra maior e mais moderna, de mesmo nome.

Enfim, um grande abraço! E um feliz ano novo! Foi uma grata surpresa encontrá-lo logo no começo de 2025. E me desculpe se escrevi demais, é que eu fico mais à vontade por escrito. (Li outros livros seus, além do Crônicas... E sim, visitei o seu blog. Vou comprar o novo livro agora que não preciso “roubá-los”).

 

Nauã Marley


 

domingo, 5 de janeiro de 2025

"O Povo é quem Diz...", de Raymundo Netto para O POVO

 


A Turma da Maracajá, tendo ao centro o escritor Raul Bopp (1931)


No dia 7 de janeiro é celebrado o Dia do Leitor. E essa data foi escolhida em referência a um(a) leitor(a) muito especial, o(a) leitor(a) do jornal O POVO, pois trata-se da data de fundação do jornal mais antigo em exercício no Ceará.

Há 97 anos, em um sobradinho na praça dos Leões – General Tibúrcio, 158 –, o telegrafista, dentista, professor e jornalista Demócrito Rocha, ao lado de sua mecenas Adalgisa Cordeiro e de uma grande turma de amigos(as) e colaboradores(as), como Tancredo Morais, Adília de Albuquerque Morais, Suzana de Alencar Guimarães, Rachel de Queiroz (Rita de Queluz), Paulo Sarasate, Filgueiras Lima, Jáder de Carvalho, Beni Carvalho, Otávio Lobo, entre tantos outros, iniciaria uma história longeva que mudaria o Jornalismo feito no estado do Ceará.

Nos planos de Demócrito, o seu jornal viria à luz em 5 de janeiro, aniversário de Albanisa, sua primeira filha, na época uma menininha de 12 anos. Mas o tempo, sempre muito vaidoso, encarregou-se de escolher uma data exclusiva.

Naquele sábado à tarde, na praça dos Leões, com bancos e meio-fio tomados por ansiosos e pequenos gazeteiros, uma campainha estridente anunciava o jornal que saía quentinho da velha impressora “Alauzet” de segunda mão.

À porta, o mestre Louro a limpar as mãos ainda sujas da graxa da máquina soluçante recebia uma tapinha nas costas de um envaidecido Demócrito, a trazer à luz solar e à brisa da praia de Iracema o primeiro número daquele impresso de 16 páginas, cujo título soaria para ele como uma canção ao mesmo tempo de amor e de guerra: O POVO!

Como vizinhos, o Palácio da Luz e a igreja do Rosário, sedes de outros poderes, viam com certa hesitação o surgimento daquela “criança”, pois o seu “pai” há poucos meses havia sido vítima de uma emboscada enredada pelo próprio governador e executada com capricho por 12 policiais na praça ao lado, a do Ferreira, o eterno coração da cidade e palco fundamental da história e da passagem do baiano Demócrito por Fortaleza. Mexeram com ele, um homem valente, e desde então armado, mas por conta disso e devido a problemas que acreditava ter causado ao jornal O Ceará, no qual trabalhava anteriormente, precisava ele de uma tribuna onde pudesse dizer o que quisesse, sem temer a hostilidades de quem quer que fosse: “O povo precisa de mais gritos que o estimulem, de mais vozes que lhe falem ao sentimento. Eis por que surgimos...” (editorial da primeira edição de O POVO).

No ano seguinte, 1929, criaria como suplemento literário do jornal a revista Maracajá, órgão modernista cearense encabeçado por Demócrito e que promoveria os modernistas cearenses para todo o país, sendo a redação de O POVO a sede da corrente no Ceará – a “Tribu Cearense da Antropofagia”.

Quando da criação do jornal, Demócrito teria 40 anos incompletos, mas desde a publicação da revista Ceará Illustrado (1924-1925) e durante o seu exercício como diretor literário em O Ceará (1925-1927), era cercado por jovens adolescentes, rapazes e moças, que iniciou no Jornalismo e na Literatura, duas de suas grandes paixões. Assim, receberia anos mais tarde, na fileira de seus repórteres, o futuro jurista Paulo Bonavides, ainda em bermudas, após uma seleção. Aliás, podemos afirmar que os grandes nomes do Jornalismo, das Artes, da Cultura, da Política cearense, em algum momento de sua vida, passaram pelos corredores do O POVO, assim como sabemos de muitos que aprenderam a ler por meio do jornal ou que trazem lembranças de pais e avós em serões familiares, nos quais o jornal reuniria e contaria do mundo àquelas famílias.

97 anos e O POVO continua a sua atuação de fiscalizar os poderes públicos na defesa dos interesses da população e em prol da cidadania, na busca do equilíbrio político e no fortalecimento das instituições e liberdades democráticas.

O povo é quem diz: jornal é O POVO!






domingo, 15 de dezembro de 2024

Relação de contribuintes da campanha de pré-venda de "Coisas Engraçadas de Não se Rir", de Raymundo Netto (encerrada em 14.12.2024)


Agradeço de coração às amigas e amigos A SEGUIR RELACIONADOS (por ordem de contribuição) que, muito gentis aos apelos deste amigo se pronunciaram e adquiriram o livro Coisas Engraçadas de Não se Rir durante a nossa campanha de PRÉ-VENDA, sendo eles(as) totalmente responsáveis pelo nascimento de mais essa obra que compartilho com o mundo.

Vocês merecem todo o meu carinho e afeto.

Gratidão e forte abraço deste autor e amigo.

 

Aíla Sampaio, Fátima Maia, Rogers Mendes, Tarcísio Garcia, Lucirene Façanha, Solange Holanda, Luciano Dídimo, Fabiana Skeff, Luiza Pontes, Almir Mota/Júlia Barros, Lia Sanders, Wagner Mendes (Wagão), Keyle Sâmara, Ângela Gurgel, Rui Boeira, Armando Lucas, Renata Wirtzbiki, Maria do Socorro Bulcão, Fábio Frota, Flávio Martins, Cristina Holanda, Marcos Mairton, Daniel Brandão, Karla Karenina, Gilda Freitas, Ana Miranda, Isabel Pires, Glauco Sobreira, Inácia Girão, Well Morais, Fábio Rosado, Maria Zenaide, Felipe Pinheiro, Arelano Barroso, Natercia Rocha, Letícia Frota, Khalil Gibran, Saraiva Jr., Helena Luna Coelho, Elvira Sá de Morais, Mauro Sales, Cris Menezes, Sandro Merg Vaz, Aline Bussons, Galileu Viana, Maria Elia Santos Vieira, Hermínia Lima, Helenira Limaverde, Sônia Castelo Branco, Myrson Lima, Ismael Mendonça, Glauco Alencar, Océlio Camelo, João José da Silveira, Stélio Torquato Lima, José Mendonça, Richelly Barbosa, Nice Arruda, Alan Bezerra Torres, Álvaro Beleza, Alice Mendonça, Gabriel Petter, Talita Nojosa do Nascimento, Zélia Sales, Simone Ferreira, Hortência Siebra, Robson Oliveira, Kedma Damasceno, Carlos Vazconcelos, Renato Pessoa, Manoel Messias, Epitácio Macário, Jesus Irajacy da Costa, Rosa Morena, Joaquim Pontes Brito, Carlos Pontes, Nonato Nogueira, Eudismar Mendes, Rita Brígido, Dyego Stefann, Malvinier Macedo, Zislane Mendonça, Suzete Nunes, Ricardo Bezerra, Boaventura Bonfim, Ricardo Kelmer, Fabrícia Góis, Geraldo Jesuíno da Costa, Elinalva Oliveira, Eugênio Leandro, Susana Frutuoso, André Araújo, Tião Ponte, Aurila M C Araújo, Levi Jucá, Heduvirges Dola, Grecianny Cordeiro, Adriana Flach, Augusto César B Barbosa, Charles Ribeiro, Paulo Avelino, Sarah Diva Ipiranga, Benedita Carvalho, Mário Sawatani, Tim Oliveira, Luizete Nery, Ana Rachel Freitas, Deglaucy Jorge Teixeira, Andrea Araujo, Wesley Eduardo de Sousa, Danniel Fernandes Bezerra, Adryana Joca, Sofia Dantas, Heitor Vasconcellos de Carvalho, Marcos Lopes, Mônica Serra Silveira, Fátima Alencar, Jáder Soares (Zebrinha), Alberto Ponciano, Francisco Raphael Bezerra dos Santos, Rouxinol do Rinaré, Luana Rachel, Liana Rebeca, Alemberg Quindins, Vladimir Araújo, Duarte Dias, Lílian Martins, Rebeca Coelho, Mailson Furtado, Albanisa Dummar, Vicente Martins, Rebeca Coelho, Mailson Furtado, Márcia Campos, Renata Lygia Colares, Lourdinha Leite Barbosa, Paulo Verlaine, Maria Ivoneide da Silva, Francisco Auto Filho, Gylmar Chaves, Alan Mendonça e André Azevedo.

(*) o negrito destaca aqueles(as) que contribuíram com a aquisição de mais de um exemplar.

Graças a essas pessoas o livro entrará na gráfica esta semana. E logo que receber os exemplares impressos, enviarei a cada um(a) desses(as) amigos(as).

Os(as) demais interessados(as) poderão adquirir o livro pelo canal já utilizado (a seguir) ou por outros que serão posteriormente divulgados, entretanto, fora da campanha de PRÉ-VENDA.

Chave-PIX:

livrodoray@gmail.com






 

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

"Campanha de Pré-Venda do livro "Coisas Engraçadas de Não se Rir", de Raymundo Netto (promoção por tempo limitado)

Campanha

PRÉ-VENDA DO LIVRO

COISAS ENGRAÇADAS DE NÃO SE RIR 

do escritor RAYMUNDO NETTO


 

Vem aí, Coisas Engraçadas de Não se Rir, terceira coletânea de crônicas de Raymundo Netto.

Participe, garanta o(s) seu(s) exemplares e contribua com esse projeto!

Clique na imagem para ampliar

PROJETO

Coisas Engraçadas de Não se Rir, terceira coletânea de crônicas de Raymundo Netto, apresenta a comédia do cotidiano, por meio de cerca de 50 textos, em sua maioria humorísticos (“de não se rir...”), versando sobre o ridículo da nossa sociedade, aquilo que empurramos para debaixo do tapete ou que fingimos não ver.

Histórias que nunca acontecem comigo ou com você, mas com nossos vizinhos, primos, amigos ou mesmo com aqueles(as) cujo nome nunca de nos lembrarmos... Para quê, né?

Em formato 14x21cm (fechado) e 120 páginas, o livro traz ilustrações do quadrinista e cartunista GUABIRAS.


SELO DE CONTRIBUIÇÃO

Adquirindo esse livro, não apenas ele será SEU, mas também só se concretizará GRAÇAS A VOCÊ!

APENAS aqueles(as) que contribuírem em nossa campanha de PRÉ-VENDA, independentemente da faixa de contribuição escolhida (a seguir), receberão seus exemplares com a dedicatória do autor e o seguinte SELO DE CONTRIBUIÇÃO:

        HORA DO VAMOS VER!

Adquira o(s) seu(s) exemplar(es) através das 4 faixas de PRÉ-VENDA abaixo e pague com o PIX*:


CHAVE-PIX: livrodoray@gmail.com

 

(*) IMPORTANTE: após efetuar o pagamento, envie PARA O E-MAIL livrodoray@gmail.com o comprovante de pagamento e mais os seus dados (nome, endereço completo e CEP) para o envio do(s) seu(s) exemplar(es).

 

AGORA, ESCOLHA UMA DESSAS FAIXAS DE PRÉ-VENDA A SEGUIR E GARANTA JÁ O(S) SEU(S) EXEMPLAR(ES):


FAIXA BRONZE 1 – R$ 60,00 (preço exclusivo para Fortaleza)

·  Aquisição de cada 1 (um) exemplar de Coisas Engraçadas de Não se Rir (autografado e com Selo de Contribuição Personalizado)

 

FAIXA BRONZE 2 – R$ 65,00 (preço exclusivo para outros municípios cearenses que não Fortaleza e outros estados que não o Ceará)

·   Aquisição de cada 1 (um) exemplar de Coisas Engraçadas de Não se Rir (autografado e com Selo de Contribuição Personalizado)

 

FAIXA PRATA – R$ 1.000,00

·  Aquisição de 5 (cinco) exemplares de Coisas Engraçadas de Não se Rir (autografado e com Selo de Contribuição Personalizado) e MAIS 1 (uma) apresentação, palestra ou bate-papo* (1h de duração) com o escritor para grupo de pessoas reunidas pelo contribuinte (escritores(as), funcionários(as) de empresas ou órgãos de qualquer natureza ou fim, bibliotecários(as), mediadores(as) de leitura, alunos(as) de cursos de Letras e/ou escolas públicas/privadas, clubistas literários, entre outros(as) interessados(as).

(*) sem outros custos, exclusivamente para o município de Fortaleza. Para outros municípios cearenses ou demais estados brasileiros, o(a) interessado(a) arcará(ão) com alimentação, transporte e hospedagem. A data do referido evento/ação deverá ser previamente acordada mediante agenda do autor.

 

FAIXA OURO – R$ 2.500,00

Aquisição de 10 (dez) exemplares de Coisas Engraçadas de Não se Rir (autografado e com Selo de Contribuição Personalizado) e MAIS 1 (um) café da manhã ou almoço* exclusivo com o autor (1h de duração), em local escolhido exclusivamente pelo autor e com a sua conta paga**.

(*) faixa restrita ao município de Fortaleza. A data do referido evento deverá ser previamente acordada mediante agenda do autor.

(**) caso o(a) interessado(a) deseje levar acompanhante, responsabilizar-se-á pelo pagamento da conta do(a) seu(ua) convidado(a).

 

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AlmanaCULTURA (blog): raymundo-netto.blogspot.com

 

SOBRE O AUTOR

Raymundo Netto, jornalista, editor, quadrinista, produtor cultural e de conteúdo audiovisual, publicou sua primeira obra em 2005, o romance Um Conto no Passado: cadeiras na calçada (ganhador do I Edital de Incentivo às Artes da Secult-CE). Em 2012, publicou seu primeiro livro de contos, Os Acangapebas, ganhador do Edital de Incentivo à Literatura da Secretaria Municipal de Cultura de Fortaleza (SecultFOR) e do Prêmio Osmundo Pontes da Academia Cearense de Letras. Em 2015, lançou, pelas Edições Demócrito Rocha, seu primeiro livro de crônicas, Crônicas Absurdas de Segunda, ganhador do Edital de Incentivo às Artes da Secult-CE e finalista do Prêmio Jabuti de Literatura (2016), e, em 2019, Quando o Amor é de Graça! (Editora Demócrito Dummar), também de crônicas, contemplado pelo Edital de Incentivo às Artes da Secult-CE. No prelo, além de Coisas Engraçadas de Não se Rir (crônicas), temos Todos os Fantásticos!, uma seleção de contos.

Durante esse período, publicou outras obras infantojuvenis, como A Bola da Vez (EDR, 2008, com ilustrações de Giovanni Muratori), A Casa de Todos e de Ninguém (EDR, 2009, com ilustrações de Tarcísio Garcia), Os Tributos e a Cidade (EDR, 2011, com ilustrações de Daniel Dias), Boto Cinza Cor de Chuva (EDR, 2013, com ilustrações de Raisa Cristina), A Galera se Liga em Cidadania (EDR, 2014, com ilustrações de Karlson Gracie), além de ensaios, como Cronologia Comentada de Juvenal Galeno (Secult, 2010), Centro: coração malamado (SecultFOR, 2014), Padre Cícero: o filme (EDR, 2017), Nilto Maciel: perfil biográfico (EDR, 2017), entre outros.

Mantém o blog AlmanaCULTURA desde 2019 e é cronista do caderno “Vida & Arte” do jornal O POVO desde 2007.

Foi coeditor das revistas literárias CAOS Portátil: um almanaque de contos e Para Mamíferos e editor da Maracajá (suplemento literário comemorativo da FDR, 2019).

Desde 2005, editou e/ou organizou cerca de 200 títulos, e criou e coordenou cursos a distância, juntamente com a Universidade Aberta do Nordeste da Fundação Demócrito Rocha (FDR), como Cidadania ParticipAtiva (coordenação de conteúdo de Thaís Holanda), Formação de Mediadores de Leitura (coordenação de conteúdo de Lidia Eugênia Cavalcante), Curso Básico de Histórias em Quadrinhos (coordenação de conteúdo de Daniel Brandão) – projeto ganhador do Troféu HQMIX, maior premiação do segmento na América Latina –, Quadrinhos em Sala de Aula (coordenação de conteúdo Waldomiro Vergueiro), Formação de Mediadores de Patrimônio (coordenação de conteúdo de Cristina Holanda), Literatura Cearense (coordenação de conteúdo de Lílian Martins).

Organizou e participou de obras, como: Antologia HQ: quadrinhos para sala de aula (FDR, 2018), História das Histórias em Quadrinhos no Ceará (FDR, 2018), Álbum Fortaleza Ilustrada (FDR 2020), Almanaque Itapipoca 200 anos (FDR, 2023), entre outras.

Coordenou, argumentou, roteirizou e/ou codirigiu os documentários: História das HQs no Ceará, Padre Cícero: o filme, A Fortaleza da Cultura e Praia de Iracema: uma história de amores.

Desde 2012, atua na Fundação Demócrito Rocha. Hoje, como gerente de criação de projetos.

 

EXPEDIENTE

Coisas Engraçadas de Não se Rir, de Raymundo Netto

Formato: 15 x 21cm

Nº de Páginas: 120 pg

Capa: Dhara Sena, Raymundo Netto e Welton Travassos

Ilustrações da Capa e Miolo: Guabiras

Organização e Coordenação Editorial: Raymundo Netto

Projeto Gráfico: Dhara Sena, Raymundo Netto e Welton Travassos

Revisão: Mayara Freitas

Designer: Welton Travassos

Editora: Fundo de Quintal