Desejo a todos os
amigos e amigas, àqueles fieis leitores que me acompanham neste descalabro que
é o AlmanaCULTURA, criança que,
desde 2009, bem ou mal vem contando um pouco da nossa história, um período de
boas festas, mas, antes delas, o sucesso de sua reflexão sobre a condição do
mundo.
No Natal, comemoramos
o quê? Celebramos o quê? A resposta vem de ligeiro, riscada na língua mecânica
de um papagaio de pirata: “o nascimento de Jesus!” Sim, e o que significa isso? Comprar no RioMar, usar um vestido novo, encher a cara porque a bebida hoje é
por nossa conta, dançar a noite inteira para comemorar VOCÊ estar vivo apesar
de? Que mixuruca é essa festinha!
O amor, e aqui me
refiro ao amor pela humanidade, o ágape, talvez o mais puro, gratuito e
incondicional dos amores, não maculado pelo que é possessível, pelo
ressentimento e por outras mazelas cotidianas que estragam qualquer café da
manhã, deveria ser praticado não apenas por meio do abraço fácil dado a quem
achamos e julgamos nos amar.
A farra de
abraços é, de longe, superficial e momentânea. Um reboliço no palco hipócrita
de plateia cheia de vazios, como uma Simone assombrando com "Então é Natal".
Cabe aqui pensar
nesse abraço dado, talvez aquele mais demorado, mais curtido, aquele que se dá
não para a visita, mas para aquela pessoa que lhe dá e que de você recebe o
amor. Não necessariamente uma pessoa conhecida. Talvez a prática desse amor a
estranhos, pessoas que precisam mais do que podem oferecer, ou pelo menos que
julgamos assim, tenha mais valor.
A solidariedade,
melhor do que a arrogante caridade, deveria ser mais trabalhada em nosso seio
familiar, discutida, pensada e fomentada nessa data de muito brilho e pouca
luz. Muitas palavras largadas ao vento, como impressões em cartões natalinos
que recebemos até de companhias telefônicas e daquele banco que nos devora as
economias.
Sejamos
diferentes. Sejamos humanos. Sejamos responsáveis. Amemos, nos solidarizemos,
tomemos conta dos outros, dos desfavorecidos, dos desesperançados, dos “inúteis”.
“Se você pode ser
assim, tão enorme assim eu vou crer que o Natal existe!”
Felicidade foi se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora
A minha casa fica lá de trás do
mundo (no kitnetto)
Aonde eu vou em um segundo quando começo a cantar
O pensamento parece uma coisa à toa
mas como é que a gente voa quando começa a pensar
Aonde eu vou em um segundo quando começo a cantar
O pensamento parece uma coisa à toa
mas como é que a gente voa quando começa a pensar
Felicidade foi se embora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora
E a saudade no meu peito ainda mora
E é por isso que eu gosto lá de fora
Porque sei que a falsidade não vigora
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