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Lançamento em comemoração ao
Dia Internacional Contra a Discriminação Racial
Data: 21 de março de 2012
Data: 21 de março de 2012
Horário: 18h
Local: Museu do Ceará (rua São Paulo, 51, Centro – ao lado da
Praça dos Leões)
Apresentação do Autor e da
Obra: Prof. Francisco Pinheiro
(historiador, pesquisador e secretário da Cultura do Estado do Ceará)
Atrações: grupo Alagbá (percussão) e
Mestre Armando (capoeira Angola)
O livro, de autoria de José
Hilário Ferreira Sobrinho, integra a série “Panorama Nacional”, da coleção
Nossa Cultura, da
Secretaria da Cultura do
Estado do Ceará.
Sobre a Obra: O fim do tráfico atlântico, em 1850, levou muitas pessoas
acreditarem que o sistema escravista estava com seus dias contados. Mas, o que
se assistiu, todavia, foi o inverso. A demanda de escravos, provocada pelo
término do tráfico Brasil/África, fez com que os barões do café e os
fazendeiros do açúcar no Sudeste encontrassem nas províncias - em especial as
do Nordeste -, a fonte para resolver o problema da falta de mão-de-obra
escrava, provocando, assim, uma intensificação do tráfico entre províncias,
dando sobrevida ao sistema escravista por mais algumas décadas.
Este estudo analisou como
se organizou, na província do Ceará, esse movimento. Para tanto, foi necessário
construir um panorama do Ceará a partir da segunda metade do século XIX. Isto
se tornou necessário no sentido de compreender a realidade sócio-econômica e de
se traçar o perfil dos negociantes, percebendo suas estratégias de negócio e
seus vínculos com os comerciantes do Sudeste, configurando, assim a rede desse
comércio. Ao mesmo tempo, foi possível perceber as estratégias dos escravos
para evitarem serem vendidos no tráfico interprovincial. As vítimas desse
“infame comércio” buscaram resistir à venda para outras regiões, já que o
embarque significava o rompimento dos laços afetivos e de parentescos. Criaram
uma rede de solidariedade, cujas malhas perpassaram por escravos, libertos e
livres.
A resistência constante
dos escravos contra o tráfico interprovincial foi fundamental, a ponto de ter
contribuído para que movimentos, como a greve dos jangadeiros, alcançassem
êxito e fortalecessem a luta contra a escravidão e, em particular, contra o
comércio negreiro interno.
Sobre o Autor: José Hilário Ferreira Sobrinho é Graduado em
Ciências Sociais e Mestre em História Social pela Universidade Federal do Ceará
— UFC. Pesquisador da Cultura e História do Negro no Ceará. Um dos
autores do livro didático Descobrindo e construindo Redenção.
Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2011. Autor do paradidático Abolição
no Ceará: um novo olhar – Editora IMEPH, 2009. Possui também artigos
publicados em livros como: Cultura popular e culturas afrodescendentes In: Negros
no Ceará: história, memória e etnicidade. - Museu do Ceará, 2009; A
presença de africanos livres no Ceará do séc. XIX - um resgate histórico In: Trajetórias
históricas e práticas pedagógicas da população negra no Ceará.- Imprece,
2009; Sociabilidade e solidariedade dos negros livres e escravos no
Ceará do Séc. XIX In: DOCUMENTOS - Revista do Arquivo Publico
do Estado do Ceará: Afro-brasileiro, 2009, V. 1.
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