Décor
Ação
Vem de lasso o coração.
Na noite quente estrelar em fogo
Espelha-se num vogo mar de vagas a devagar.
Vem de vasso coração,
Nos vermes que roem as notas tristes da canção
Na trilha arena de areias entre as cenas a espraiar.
Vejo-te à noite, laxo, a desprender no céu um facho enluarado
O peito aperta e apertado espreme a lembrança da lança no peito a lancinar.
Um teu sorriso doutro me chega como em chamas que me chamam, e enchamado,
Posto em mim, trago a sem telha amarga do não abrigo
E comigo a lembrança esporeada — tarda música maculada,
E o fardo impenso da espera.
Derramam-se por trago chão, as migalhas do que sou em pão.
Em ti, do que sou, em pão e viscera.
Vem de lasso o coração.
O que move-se e morre-se a todos os teus dias;
O que vai de mim contigo quando te sais;
O mesmo que não me deixa quando então se foi;
O que é por nunca ter sido só e apenas;
O que me’dula mais do que a ti.
O teu, pois que a mim não-afora pertence
Qual pensa mente perdida no vão
Dos teus castanhos entretidos na distância vazia de
uma minha saudade
De esta tua boca, que quando silencia, finalmente, se entrega
E fala mais do que as tuas seguras palarvas.
Olá Raymundo
ResponderExcluirConvidando vc para lançamento do livro Circo-
um olhar poetico,que será dia 19/02 às 17hs no
Iprede.O evento visa ajudar as crianças da enti-
dade.
Atenciosamente.
Waleska.
Meu sol de Cada Dia
ResponderExcluirDai-me luz nas noites congeladas,
claridade nas sombras, quimeras,
plenitude sem noites alternadas.
Quero-te aquecedor constante,
no inveno, verão ou primavera,
tocha acesa sempre pertinente
Mesmo no escuro ao anoitecer
uma luz suave no luar carente
já cativa alma no entardecer
Nos raios que a terra aquece, beija
dai-me também o ósculo vertente
dos amores que em mim bordeja
Grata eu fico numa réstia amena
que seja constante, fiel e serena