sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lançamento "Os Países: campanha ultramundos" de Frederico Régis, na Saraiva (03.03)


Os Países (Campanha Ultramundos)

de Frederico Régis

Lançamento

Data: 3 de março de 2010, às 19h

Local: Livraria Saraiva Mega Store – Iguatemi

Contato com o autor (aquisição de livros e outros): frederico@bnb.gov.br

Apoio: Banco do Nordeste


Sobre a Obra: Mais uma obra literária será lançada no cenário cearense. Trata-se do livro de poemas Os Países (Campanha Ultramundos) de Frederico Régis.


Além de propor uma tradução do cotidiano e da vida pela linguagem poética, faz uma reflexão em torno de Os Sertões (Campanha de Canudos) de Euclides da Cunha nos 100 anos da sua morte.


O livro remete a este clássico da literatura brasileira em sua estrutura de capítulos ("A Terra", "O Homem" e "A Luta"), transpondo a problemática do homem urbano e moderno para o cenário de luta da Guerra de Canudos.


Segundo o Poeta de Meia-Tigela, que posfaceia o livro, trata-se, não de ancorar (escorar-se) em Euclides da Cunha, porém de, uma vez tomado este como porto inicial, partir em busca de outras explorações, de outros países... Ainda pelo entendimento do Poeta, se no autor fluminense o caráter jornalístico e etnográfico tem como finalidade o retrato de uma parcela do Brasil e de um tipo de brasileiro — o do sertão e do sertanejo —, o intento de Frederico Régis é universalizar a abordagem, e já não temos um espaço geográfico circunscrito, já “A Terra” não é a terra e o sertão nordestino ou baiano, mas o mundo, marcadamente o urbano; “O Homem” não é o homem que vive naquele espaço restrito e limítrofe, porém o indivíduo humano, sobretudo se cercado pela cidade; e “A Luta” não é a campanha contra Canudos, mas a batalha desse elemento urbanoide contra aquilo que também significaria seu aniquilamento, a saber: seu sucumbimento à capatazia, ao “fim da poesia”.


Os Países também apresenta uma faceta linguística curiosa: o palíndromo. Diversos poemas contêm sentenças que, se lidas de trás para frente, resultam no mesmo significado. Para o palíndromo o que importa não é tanto a semântica, mas a sintaxe. Um exemplo é a frase: "A trufa sem a levedura, à rude vela, mesa furta". O livro é permeado por palíndromos, que lhe enriquecem de imagens pitorescas.


A publicação é patrocinada e editada pelo Banco do Nordeste. As ilustrações são do Ilustrador de Meia-Tigela e do artista plástico Lúcio Cleto. Outro detalhe curioso é a capa, com forte apelo afetivo, relembrando os antigos cadernos Recreio, cuja foto de um pássaro é da autoria do ornitólogo e fotógrafo Ciro Albano .


Sobre o Autor: Frederico Régis, 36 anos, é engenheiro de formação, bancário por sobrevivência e poeta por necessidade. Seus primeiros poemas remontam ao final da década de 1980. Em sua trajetória, motivou-se por diversas tentativas em colocar suas produções à luz, das quais resultaram publicações avulsas de caráter artesanal em pequena tiragem. Foram livros editados e diagramados pelo próprio autor, como: Aparições (2004), Ave e Dor Reta ou: O Aterro de Eva (2002), Além de Queda, Coice! (2001), Passageiro de Cúmulos (1998) e Desabamento (1996).


Por sete anos foi membro do grupo Ceia Literária, onde participou das coletâneas: Ceia Maior, O Lago das Vozes, Cais de Nós e Ceia Literária nº 5.


Tem atuado no cenário literário cearense, participando de recitais de poesia, encontros literários e de antologias diversas.


Em 2007 publicou Minutas do Caos, obra com boa repercussão junto aos leitores e que introduziu a estética do autor no cenário da poesia cearense.

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