sábado, 28 de maio de 2022

AlmanaCULTURA In Dica: "Bode Ioiô: uma entrevista com o bode mais querido do Ceará", de Klévisson Viana


Uma celebridade cearense que nunca precisou estar nas redes sociais, mas que sempre arrepanhou centenas de milhares de seguidores foi o bode Yoyô.

Chegando a Fortaleza para escapar da seca de 1915, logo passou a ser funcionário de uma distinta firma inglesa que aqui mandava e desmandava. Como era de alto escalão, vagueava livremente entre a praia de Iracema e a praça do Ferreira, e da praça à praia, e por isso ficou conhecido por Yoyô, que nem o brinquedo.

Na praça, todos sabem, visitava os cafés e os quiosques, sendo tão popular a ponto de ser eleito vereador de Fortaleza e ganhar beijos das mocinhas. Todas essas histórias você já deve ter ouvido. Porém, duvido que você saiba da última...

O cordelista, ilustrador e chargista Klévisson Viana me contou que daqui a 8 anos, o prof. Piracuca inventará uma máquina do tempo (in lamparina’s form) e com ela partirá para o ano de 1918, em sua “Missão Nirez”, na tentativa de fazer uma entrevista justamente com o bode Yoyô.

Mas como? Falar com um bode? Sim, o notório cientista também criou um aparelho, o Vox Communis que permite a tradução dos discursivos berros do caprino.

Fiquei com tanta inveja dele... passear pela praça do Ferreira, ver os seus quiosques, caminhar pela praia do Peixe, Passeio Público, ver os bondes, o cajueiro da mentira, e ainda conversar com Quintino Cunha, Leonardo Mota, Rodolfo Teófilo, Antônio Sales, João Tomé, Demócrito Rocha, João Brígido... e ouvir as ideias do bode mais famoso do Ceará: “Todos aplaudiram o bode/ Pelo seu plano acertado,/ Disseram: — Caprino sábio!!!/ Que bode mais preparado!!!/ Parece o “Águia de Haia”,/ O Rui Barbosa afamado!”

Felizmente, o Klévisson transcreveu essa entrevista do futuro... e do passado... que confusão... no folheto Ioiô: uma entrevista com o bode mais querido do Ceará, que traz gravura de Rafael Limaverde, e que TODO MUNDO pode adquirir, ler e se divertir com essa presepada.

Fale com o autor/editor e SAIBA COMO: aestrofe@gmail.com

Ou pelas redes sociais @tupynanquimcordelbrasil






 

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