55 votos (no Senado)
X 54 milhões (nas urnas).
Um processo aberto na
Câmara por um desafeto da presidenta e de seu partido, retaliando o processo de
cassação de seu mandato de deputado. Um pedido de impeachment encomendado (e pago!) a uma "jurista" pelo
partido derrotado nas eleições presidenciais. A falta de fundamentação legal
para as razões do pedido de impeachment,
já que práticas semelhantes (as chamadas "pedaladas") já haviam sido
realizadas não só por ex-presidentes, mas, também por ex e atuais governadores,
inclusive o relator do processo no Senado; prática esta que era considerada
legal até ontem pelo TCU. Um "tribunal" político, o Congresso
Nacional, onde a maioria de seus membros é composta de investigados ou até réus
em diferentes processos de corrupção, inclusive, na operação Lava Jato. Um
judiciário politizado até à medula, que, desde a ação ousada de juízes de
primeiro grau, através de "pequenos golpes" (como o vazamento seletivo
que atingiu até a presidência da República e o impedimento da posse de um
ministro) até a complacência conivente da mais alta "corte" (o nome é
sugestivo!) do país - teve participação ativa para garantir a "roupagem
legal" do processo de impeachment.
Uma mídia, cuja
principal rede de comunicação (que, lembre-se, sempre foi regiamente cevada com
dinheiro público, inclusive dos governos petistas) funciona como um verdadeiro
partido político e que, como porta-voz das classes dominantes e de suas elites
políticas, teve papel fundamental para (de)formar a opinião pública favorável à
destituição da presidenta. Aí vêm dizer que não foi GOLPE???
GOLPE, sim.
Institucional, legislativo, midiático e, acima de tudo, inconstitucional! É
preciso reafirmar SEMPRE! Portanto, está mais do que na hora de devolver ao
povo o que lhe foi roubado: a sua SOBERANIA!
A votação de hoje
antecipa já a cassação definitiva de Dilma e a entronização definitiva do
golpista e usurpador Temer, com seu saco de maldades contra o povo brasileiro.
Por isso, temos que lutar por NOVAS ELEIÇÕES. Eleições gerais, porque esse Congresso,
por sua maioria, perdeu completamente a legitimidade ao "legitimar" o
Golpe.
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