quinta-feira, 16 de março de 2023

TBT Raymundo Netto (talvez 1974)


Minha mãe entrou pela casa pedindo para que todos os 5 filhos (na época não tinha nascido a caçula Maria Thereza) se arrumassem, pois lá fora já esperava um fotógrafo, daqueles de porta em porta, que cruzava o Monte Castelo.

Foi aquela algazarra, todo mundo colocando suas gastas botinhas ortopédicas, sua roupa de festa ou mesmo empunhando seu brinquedo favorito (como foi o caso da Alice com a sua “Suzie”).

Na pressa e euforia, “tirar retrato” era coisa rara (e cara), ainda saí com marca no queixo do Nescau (“A energia que dá gosto”) que tomei ligeiro na cozinha.

Aquelas crianças, cadeiras cativas da “Vila Sésamo” (TV Globo) e dos desenhos de Hanna-Barbera (na época, debruçados sobre uma TV Admiral P&B 17 polegadas), desbravadores do imaginário de um quintal para eles imenso, nem pensavam na importância que seria para eles desse registro.

Éramos 5, mas em breve seríamos 6, como num famoso e hoje quase esquecido romance de Maria José Dupré (1898-1984).


Zilma, José, Netto, Alice e Luiz Antônio (Tony)
Talvez, 1974.






 

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