“Para que afinal serve a poesia? Para transformar
em alegria a tristeza, para moldar melodias com os sons da natureza, para
conferir beleza ao que chega aos olhos e... para brincar!”
Essa provocação, descrita na quarta capa de Brincando com poesia, de Dimas Carvalho,
ilustrado como em azulejos por Ramon Cavalcante, diz bem a que veio a obra
destinada aos pequenos leitores, os iniciantes no letramento, aliás, é essa a
estreia do poeta e contista na literatura infantil.
Uma dezena de poemas singelos, lúdicos e
elaborados para fazer pensar, numa linguagem simples e ao mesmo tempo
desafiadora, marcada por uma imagética própria da criatividade de criança: “A
tartaruguinha/ Parece uma pedra com pés.”
Ora, a poesia é um gênero quase natural para a
infância. O pensar de criança é colorido, metafórico, livre, ao contrário do
pretensioso pensar daquele que se diz adulto, orgulhoso de ser podado pelos
dogmas dos costumes, da razão engessada, da coisa igual de todos e de todos os
dias iguais.
Com poesia se molda, se brinca, se faz pensar.
Apenas com poesia seria possível imaginar um infinito namoro entre estrelas e
vaga-lumes, a brincadeira de pula-carniça entre números, a história de um
papagaio sabido ou de um sapo saltador, ou mesmo pensar: “A
manhã/Amanheceu/Ontem.//A manhã/Amanhece/Hoje.// A manhã/ Amanhecerá/Amanhã?
Num exercício de indagações, Dimas Carvalho
incentiva a criança-leitora a gostar da palavra, ao som por ela produzido, a
pendurar-se no pescoço dela e a buscar o sentido do mundo em sua própria
imaginação, transformando o seu livro num brinquedo atrativo e encantador,
afinal, os pais e professores devem cultivar a leitura e a audição de poesia,
desenvolvendo a sensibilidade não apenas no que se refere à língua, mas à vida.
Dimas Carvalho nasceu no Acaraú, Ceará, em 1964. Licenciado
em Letras pela Universidade Federal do Ceará, é professor de Teoria da
Literatura na Universidade Vale do Acaraú, em Sobral. Membro da Academia
Sobralense de Estudos e Letras, tem, entre seus títulos em poesia, Poemas (1988), Flauta Ruda, Agreste Avena (1993), Mínimo Plural (1998) e Marquipélogo
(2004). Estreou no gênero conto em 1993 com
Itinerário do
Reino da Barra. Mais
tarde, em 2000, publicou Histórias de Zoologia Humana e, em 2003, Fábulas Perversas (ganhador do Prêmio Ideal Clube de
Literatura e do Prêmio Otacílio de Azevedo de reedição, em 2010, pela
Secretaria da Cultura do Estado do Ceará). Foi contemplado em diversos
prêmios, além dos já anteriormente citados, entre os quais: Prêmio
Literário Cidade do Recife (1996 e 2002), Prêmio Ideal Clube de Literatura
(2001 e 2002) e Prêmio Literário Cidade de Fortaleza (2001, 2003 e 2004). Colaborou
com textos para as revistas Literapia,
Almanaque de Contos Cearenses, Continente Multicultural, Literatura: revista do escritor brasileiro,
Caos Portátil: um almanaque de contos,
Para Mamíferos e da Antologia do Conto Cearense.
Serviço
Brincando
com poesia, de Dimas Carvalho
Ilustrador: Ramon
Cavalcante
Número
de páginas: 24
Formato: 20
x 20,5 cm
Acabamento: Brochura
Publicação: 2013
Investimento:
R$ 23,90
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