sexta-feira, 21 de julho de 2017

Programação Geral FRESTA LITERÁRIA, dias 22 e 23 de julho (Praça dos Leões)


A Praça dos Leões, no centro de Fortaleza, será o cenário para a realização da Fresta Literária 2017: A Palavra e a Cidade, promovida pelo Coletivo Alumiar e Revista Berro. O evento será realizado de 22 a 23 de julho, a partir das 14hs, no salão do Lion’s Bar.
A Fresta ocupará uma parte da Praça dos Leões com poesias, expositores de livros e de produtos ligados à literatura, dando preferência às produções independentes, com espaços horizontais e democráticos para apresentação de artistas e coletivos com trabalhos autônomos.
Os bate-papos e encontros serão gratuitos, puxados pela temática da literatura e flexíveis ao diálogo com outras linguagens, trazendo à tona a diversidade da produção literária e os diálogos que ela pode possibilitar com a cidade.
“A Fresta se dará através da arte do encontro; na rua, nos botecos, praças, como mais um evento de resistência à mercantilização da vida e bênção à memória e a palavra, elementos, para nós, fundamentais na composição do nosso imaginário de cidade; lugar de encontros, circulação de saberes e encantamento da vida”, destaca Alexandre Greco do Coletivo Alumiar.

Sábado. 22/07
Exposições /Vendas de Livros (a partir das 14h)
Mesas. Espaço Lions Bar
14h - A poesia que persiste no escuro – Renato Pessoa, Nina Rizzi e Jardson Remido.
15h - O cronista e o labor cotidiano de inventar frestas – Iana Soares, Demitri Tulio e José Anderson Freire Sandes.
16h – Intervenção: Poesia.CE – Mardônio França
16h20 - Leitoras Públicas: diversas vozes para diversas literaturas – Talles Azigon, Sara Síntique, Tetê Macambira, Nina Rizzi e Ayla Andrade
17h20 – Nóis do Teatro
17h50 - Mate-me logo, à tarde, às seis… – Ricardo Kelmer e Alan Mendonça
18h50 – Roda de Poesia – Pedro Bomba
20h – Uirá dos Reis
21h – Sapoti Soundz

Domingo. 23/07
Exposições /Vendas de Livros (a partir das 14h)
Espaço Lions Bar
14h  - Do Estoril ao Cais Bar: o andar do bêbado – Romeu Duarte
15h - Cartografia Amorosa de Fortaleza – Júlio Lira e Fernanda Meireles
15h20 – Sarau Poético - grupo Corpo sem Órgãos
16h - Mário Gomes e seu teto de estrelas – Ethel de Paula
16h30 - Poetas pelas ruas do Centro: Mário Gomes, Érickson Luna e Miró da Muribeca – Experiências urbanas e poesia em Fortaleza e Recife – André Telles do Rosário
17h – Crônicas Absurdas das Cidades – Raymundo Netto e Mailson Furtado (a 2ª edição de “Crônicas Absurdas de Segunda”, obra premiada pela Secult e finalista do Prêmio Jabuti 2016, estará disponível à venda durante o evento).
18h - Entre chamas e espinhos: distopias e perspectivas nas cidades – Dilson Lages e Airton Uchoa Neto
19h Paulo Branco (música)

Mais Informações:
www.facebook.com/LiterariaFresta/



segunda-feira, 17 de julho de 2017

A Fundação Demócrito Rocha no Prêmio HQMIX


O Curso Básico de Histórias em Quadrinhos e a Antologia HQ, ambos projetos da Fundação Demócrito Rocha (FDR), são finalistas do Prêmio HQMIX, o “Oscar dos quadrinhos brasileiros”, organizado pela Associação dos Cartunistas do Brasil e pelo Instituto do Memorial de Artes Gráficas do Brasil.
As duas ações integraram o projeto HQ Ceará 2016, uma parceria da Fundação Demócrito Rocha – por meio da Universidade Aberta do Nordeste (Uane) – com a Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (SecultFOR), e que contou, além das referidas ações, com 9 cursos/oficinas presenciais, 2 palestras (com representações do segmento e com o editor da Draco, Raphael Fernandes), 2 shows temáticos (banda Hattori Hanzo), 1 documentário e 1 exposição.
O Curso de Histórias em Quadrinhos, gratuito e com 120h (composto por 12 fascículos e 12 videoaulas), concorre na categoria “livro Técnico”, sendo o primeiro curso a distância de quadrinhos no país e alcançando a marca de 6.188 inscritos em todos os estados brasileiros (com exceção do Acre). A obra, cuja coordenação editorial e preparação de originais é de Raymundo Netto, a de conteúdo é de Daniel Brandão e as ilustrações de Guabiras, contou com os seguintes autores: Daniel Brandão, Raymundo Netto, Zé Wellington, Ricardo Jorge, J.J. Marreiro, Thyago Cabral, João Belo Jr, Julio Belo, Jean Sinclair, Lene Chaves, Weaver Lima, Débora Santos, Sirlanney, Luís Carlos Sousa, Mano Araújo, Rafael Dantas, Dharilya, Robson Albuquerque, Fernando Lima, Talles Rodrigues e Pedro PJ Brandão.
A Antologia HQ, que concorre em 2 categorias, “Publicação Mix” e “Edição Especial Nacional”, foi organizada por Daniel Brandão, reunindo 32 (trinta e dois) quadrinistas dos mais diversos estilos: Fernando Lima, Jean Sinclair, J.J. Marreiro, Pedro Brandão, Brendda Lima, Dharilya, João Belo Jr, Heron, Karlson Gracie, Luís Carlos Sousa, Nath Garcia, Marcus Rosado, Rafael Dantas, Sirlanney, Cristiano Lopez, Denilson Albano, Guabiras, Lene, Lincoln Souza, Lucas Pascoal, Mano Araújo, Robério Leandro, Rodrigo Matos, Thyago Cabral, Walber Feijó, Daniel Brandão, Júlia Pinto, Lucas Rebelo, Ramon Cavalcante, Rod Mendez e Weaver.
Ambos projetos gráficos tiveram origem no Núcleo de Design Editorial (NDE) da FDR, composto por Amaurício Cortez, Welton Travassos e Karlson Gracie, além da edição eletrônica de Cristiane Frota.
O Curso teve a administração da Universidade Aberta do Nordeste (Uane), que já atendeu a mais de 1 milhão de cursistas no país em 34 anos de existência, sendo hoje coordenado por Ana Paula Costa Salmin, com assessoria técnica de Joel Bruno.
O documentário, A História das HQs no Ceará, longa-metragem (1h25 de duração), será lançado em breve, com ampla divulgação pela imprensa e redes sociais.
A Fundação Demócrito Rocha, que teve a honra e o prazer de realizar todas essas ações, gerando um movimento pouco frequente em nosso estado em torno das HQs, no desejo de contribuir para a formação e o fomento do debate de empreendedorismo entre os profissionais das cadeias criativa e produtiva das HQs no Ceará, conferindo-lhe visibilidade e colaborando para o fortalecimento do mercado cultural, gerando trabalho e renda e incentivando o gosto pela leitura, fruição e produção de HQs, provocou e assistiu à instituição do Dia Estadual dos Quadrinhos no Ceará, 28 de setembro (em homenagem ao desenhista Luiz Sá), Lei nº 16.170, de autoria do deputado Renato Roseno, decerto uma conquista para o segmento.

Agradecemos à Prefeitura de Fortaleza que, por intermédio da Secretaria Municipal da Cultura, acreditou e investiu na proposta. Em especial, a Paola Braga, secretária executiva da SecultFOR.
Enfim, agradecemos a todos que fizeram e fazem parte dessa história, não apenas como autores, facilitadores, designers, ilustradores, convidados, captadores de recursos, gerentes, diretores, jornalistas, assessores, divulgadores, equipe da controladoria, do financeiro e da prestação de contas, das estratégias digitais, mas também aos produtores, aqueles que trabalham por trás das câmeras, do palco, das campanhas das agências, das cortinas, mas que contribuíram sobremaneira para garantir o sucesso desse empreendimento.
A todos, o nosso mais sincero obrigado e parabéns.


sábado, 15 de julho de 2017

"País sem Povo nem Futuro", de Raymundo Netto para O POVO


O Brasil, enquanto país, enquanto povo, não existe. Uma piada, uma melopeia, uma paródia. Saqueado, de(s)cantado e mal influenciado, desde que as invasoras e xenófobas naus cabralinas trouxeram  a sua má influência e a sífilis, tem a tradição de sujeitar-se e render loas a quem lhe prega cravos na palma da mão. Os que detém o poder calam, arruínam, escravizam e extinguem, pelos meios possíveis, mais frios e cruéis – mesmo quando por expedientes divinos –, aqueles que contestam a tirania, a vilania, a ambição e a sua exploração. Esse poder tupiniquim, o mais covarde, conseguido à custa do berro, da força, da extorsão do trabalho e da vida alheios, por meio de corrupção, roubo, contrabando, sonegação, agiotagem e que se perpetua na escola colonial, regida por dirigentes e empresários analfabetos, rudes e desumanos, a usar e lambuzar-se, em proveito próprio e dos seus, do que chamamos de leis e de autoridades. Eles sabem que tais leis e que tais poderes, pela mesma “força da grana que ergue e destrói coisas belas”, lavam com a língua as solas de seus sapatos, enquanto da mesma boca lançam as presas contra os desvalidos, “os pobres nas filas, nas vilas, favelas”, sugando-lhe a alegria, a virtude, a dignidade e a esperança.
Com a história desenhada por pouca vergonha e muito mau-caratismo, cercados de ruínas, mentiras e podridão, nos acenam e encenam o projeto de uma sociedade justa, livre e igualitária, enquanto se vestem da democracia fraudulenta e competente apenas na promoção da desigualdade social, da injustiça e da concentração de renda.
A ordem e o progresso desse país sempre vieram pela chibata, oprimindo o povo em currais, morros e periferias, massacrado pela ausência de cultura, por uma oferta de baixa educação e excesso de novelas, ludibriado por discursos chinfrins e inverossímeis, cargos de prefeitura, vagas em secretarias, pererecas e/ou tijolos. Os demais, aqueles ainda conscientes de que o poder deveria emanar do povo, insistem em manifestações tão pacíficas, beirando um Carnaval ou desfile colegial, não fazendo sequer cócegas neste governo sem moral nem credibilidade. Afinal, o que esperar do exangue judiciário e do supérfluo tribunal FEDEral, uma rapariga cega cuja lâmina só é afiada quando apontada a serviço desse poder contra os mais fracos ou seus opositores políticos? E do Congresso Nacional, cheirando a gasolina e a churrasco, hoje, a maior representação da criminalidade do país? E o pior: nós ainda permitimos que esses canalhas, em nome da pseudodemocracia – os partidos políticos são o maior fracasso desse processo –, decidam o nosso futuro, enquanto essa malta de caretas engravatados e togados, protegida pelas forças repressoras pagas por nós, zomba e esbanja as riquezas do país, se apropriando delas, comprando espaços de TV e globais para as festas particulares, se mostrando em capas de revistas e em colunas sociais, embriagando-se, consumindo drogas, joias, bolsas, silicones e outros acessórios pelo mundo e restaurantes afora, pois aqui se garante a impunidade, a malsonância do código legal, a venda da dignidade por esmolas do cada um por si.
Os que detém a riqueza hoje estão no poder, numa correria de navio afundando, garantindo as suas imorais conquistas, que chamam de reformas, entre outras manobras anticidadãs, em nome do povo e contra o povo.

E nós, até quando? Até quando?


domingo, 9 de julho de 2017

"Viva (e não morra) o Centro", de Raymundo Netto para o "Jornal Viva o Centro Fortaleza"


Não gosto nem entendo quando pessoas tomadas apenas por boa-intenção, mas com péssimo argumento e vivência, afirmam “ninguém mais vai ao Centro” ou “temos que vitalizá-lo”. Ora, o que não falta ao Centro é vida! Porém, é certo, deixado de lado pela pirotecnia do “novo”, do imediatismo, do consumismo e pelo deslumbre midiático que embaça a relevância da própria identidade, o nosso Centro Histórico carece há anos de governantes que, com a participação efetiva da comunidade, o insira no planejamento global da cidade, promovendo-o, conferindo-lhe a devida visibilidade, reconhecendo e preservando os seus bens culturais, materiais e simbólicos, mesmo daqueles esquecidos e em estado de deterioração, mas que ainda nos murmuram o desenrolar essencial da nossa formação enquanto cidade e enquanto povo. Aliás, nós, povo fortalezense, somos os maiores culpados por este descaso. Não poderíamos dar as costas ao nosso berço, o marco inaugural de nosso desenvolvimento, das atividades artísticas, econômicas, administrativas e todas as demais que nos fizeram chegar até aqui e ser o que somos.
Pergunto-me há anos: como despertar nos cidadãos a percepção de pertencimento desse valoroso espaço urbano? Como fazê-los reconhecer e se apropriar dos marcos afetivos, históricos e estéticos que dizem da sua cidade e da sua história? Como pintar em seus corações a paixão e os elementos indispensáveis de resistência ao esvaziamento do imaginário e da memória histórica e identitária?
Vejo no Centro, não apenas o valor afetivo, mas de fruição. Contudo, parece-me ser ele uma cidade desconhecida, quase como submersa, assistida de perto apenas pelos escafandristas – historiadores, memorialistas, curiosos e cronistas –, com riquezas a se decompor aos poucos, a se aniquilarem e a se descaracterizarem pela erosão natural do tempo e pela incompetência e passividade desses filhos ingratos, cegos ao passado e à sua origem.
Ora, não existirá uma administração a se deter à causa, se os cidadãos não a abraçam, não a elegem. Já nos foi provado que não planejar uma transformação no macroespaço, mas apenas resguardar alguns exemplos pontuais, monumentos, áreas ou edificações específicas (Theatro José de Alencar e Carlos Câmara, Casa de Juvenal Galeno, Cine São Luiz, Sobrado Dr. José Lourenço, praça dos Leões, Passeio Público, entre outros) não muda a realidade. Pelo contrário, acabamos por condenar esses equipamentos a serem subutilizados – por ora não falemos do descompasso governamental crônico pelo fomento deles –, tratados quase como uma herança ruim, um oásis na aridez de um deserto.
Feliz do bairro por ainda contar com uma vocação comercial natural, fazendo com que os lojistas – mesmo quando mal orientados e pouco estimulados – mantenham a tradição do comércio de rua, assegurando a vida, o olhar a esse ponto da cidade, a manutenção dos costumes e tradições fortemente representados ainda no Centro, mais do que em qualquer lugar de nossa cidade que, se um dia foi loura, hoje se encontra numa veloz e crescente perda de cabelos.
Por isso, tomemos para nós: a preservação e a requalificação do Centro Histórico de Fortaleza e o seu destino cabem principalmente à decisão e à mobilização do povo fortalezense.
Viva o Centro!

Publicado originalmente em jornal "Viva o Centro Fortaleza", Ano I, nº 2 - julho de 2017
Editores: Paulo Probo e Silvana Figueirêdo
Contato: vivaocentrofortaleza@gmail.com




sexta-feira, 7 de julho de 2017

Projeto VIVA O CENTRO: dia 8 de julho, sábado, das 8 às 18h

Foto: Nely Rosa

O projeto Viva o Centro Fortaleza promove, neste sábado, 8 de julho, das 8 às 18h, uma série de atividades no Parque da Liberdade, também conhecido como “Cidade da Criança”, no centro da cidade.
A ação tem o objetivo de valorizar o Centro sob o aspecto cultural.

Confira a programação completa:
Parque da Liberdade (Cidade da Criança)
8h - Café da manhã com música ao vivo
9h - Roda de conversa: Visão da população de rua sobre o Centro de Fortaleza (Brennand de Sousa - Professor de Arquitetura da Unifor e Escola de Saúde Pública);
11h - Lançamento de mais uma edição do jornal Viva O Centro
11h40 - Apresentação Musical (Elpídio Nogueira e convidados)
14h - Visita Guiada pelo Parque da Liberdade com a Associação dos Guias Integrados ao Turismo Rodoviário (AGIR)
15h - Roda de conversa: Literatura e Cidade (Mileide Flores, Raymundo Netto e Weaver Lima)
16h - Meditação em grupo (Awaken Love)
17h - Piquenique compartilhado (Cada participante traz um alimento a ser compartilhado entre todos)

18h - Exibição do curta metragem "Da janela lateral" de Natercia Rocha.