segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

"Folha", de Raymundo Netto (13.01)


Nada é para sempre:
O que lhe brilha a vista
O que lhe doura o rosto
O que lhe salga a boca
Nada!

O eterno é aquele momento que não acaba
Apenas enquanto não termina.
A eternidade é finda,
Folha de outono que apodrece deitada na grama que verdeja.

O eterno sobrevive na lembrança
Que um dia a vida leva
Como folha de outono
A apodrecer aos seus pés e você nem vê... nem lembra.

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