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Lançamento
Data: 4 de outubro de 2013 (sexta-feira), às 19h
Local: Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (em frente ao
Planetário).
Sobre o Autor
Carlos Vazconcelos nasceu em Tianguá,
Ceará. É graduado em Letras, pela UECE, e Mestre em Literatura Comparada, pela
UFC. Publicou Mundo dos Vivos
(contos), ganhador dos prêmios Osmundo Pontes de Literatura e Clóvis Rolim de
Contos, ambos da Academia Cearense de Letras. Produz e media o projeto “Bazar
das Letras” (um circuito de entrevistas com escritores, seguido de lançamento
de livros), no SESC.
Sobre a Obra
O complexo narrador-autor desta obra
instigante vai — trazendo sempre junto o leitor — construindo (ou seria
desconstruindo?) suas prisões exteriores e, principalmente, interiores. Texto
de fôlego do contista de Mundo dos Vivos, que, pouco a pouco, pedra a pedra,
vai fincando seu nome neste solo tão árido da Literatura Cearense.
Pedro Salgueiro
O romance de Carlos Vazconcelos é agudo
na temática e bem elaborado na forma, com uma técnica inventiva. No final é que
é revelado, por meio de um “posfácio” produzido por um dos organizadores do
volume, que a narrativa que lemos (fragmentada, e o recurso soa perfeito, por
conta do arranjo que foi possível ser montado pelos organizadores do material
recolhido) se trata na verdade da autobiografia do protagonista, que, na
prisão, e fazendo de tudo para preservar seus papéis, seus manuscritos,
tornara-se escritor. Tornara-se escritor para denunciar a injustiça que o fez
padecer durante quinze anos – e que, liberto, não o recompôs como indivíduo, fraturou
de vez sua identidade.
Rinaldo de Fernandes
"[...] grata pelo arrebatamento
que você me proporcionou com o seu Os Dias
Roubados, que li duas vezes (a primeira em algumas horas; a segunda,
pausadamente, em pequenos bocados). O narrador e protagonista sem nome é um
homem que, tendo passado quinze anos atrás das grades por um crime que não
cometeu, desaprendeu seu lugar no mundo. Assombrado pelo passado, destila sua
angústia existencial em escritos que o transformarão em celebridade. Realidade
e fantasia, sonhos e lembranças misturam-se vertiginosamente no relato desse
homem que, privado da voz, faz da palavra sua vingança. Um texto vigoroso e sofisticado,
que revela um escritor dotado de sensibilidade e consciência literária. Um
escritor em sua plenitude. Aceite meu encantamento.
Marília Arnaud
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