segunda-feira, 11 de junho de 2012

"Dev(oração)", de Magna Moraes (10.6)



 
Para a carne branca do anjo
a boca que se abre
não morde
 
A fenda que se derrama
é um rio seco
que corre
 
Da garganta subterrânea
a palavra é uma rosa
que brota
 
Para a fome bruta de anjo
meus dentes brancos
são pétalas

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