Lustosa da Costa
se vai, agora, à noitinha de um tércio dia de outubro.
Mas não se vai
de um todo, deixa neste mundo o seu coração, o mais forte, confiado na acolhida
de seus familiares, amigos, leitores e admiradores.
Vai o Lustosa,
assim, devagarinho, certo de uma travessia rica e diversa, regada à vida e ao “champã”.
Lustosa da
Costa, cria de seu Costa e da flor-de-liz Dolores, personagens constantes de
suas memórias de menino, assim como seu Bispo-Conde, José Saboia, Chico Monte,
ou mesmo o Etelvino Soares e tantos outras polvilhadas em suas obras margeadas
em Sobral ou em e outros sítios, as mais atrativas, imaginativas e doces de seu
repertório de histórias contadas e recontadas, frutos de sua laboriosa “escravidão
do parasitismo documental”, mas acima de tudo de seu revelado amor à escrita e
ao livro, afinal, lembrando as palavras amealhadas de sua mamãe:” Não se pode
tirar da cabeça, o que não botou dentro dela.”
Lustosa foi sim,
o grande personagem de si mesmo — “Sou como todo mundo, obra da minha família”
—, um nome que há de resistir sempre, imortal como o tempo, presente na saudade,
na história e nas boas lembranças, principalmente nas boas, as melhores, que
marcaram uma geração e iluminarão as futuras.
“Sempre escrevo
como se fosse a última vez, como se fosse morrer amanhã, como se o jornal fosse
fechar, como se uma bomba fosse cair em Fortaleza.”
Por hoje, estou muito
triste. Adeus, Lustosa. Nos apesares, valeu demais.
Lia todos os dias no DN seus textos leves e muitas vezes cheios de humor! Ficaremos mais pobres sem a sua presença diária mas valeu por tudo! Que ele encontre a paz eterna!
ResponderExcluirViagem em paz, Lustosa, sua missão foi cumprida.
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