Comecei a ler Coisas Engraçadas de
Não Se Rir, novo livro do grande cronista Raymundo Netto — para tentar
descansar um pouco a cabeça da correria louca dos últimos dias.
O livro reúne várias histórias
curtas, crônicas bem leves, algumas líricas e outras cômicas. Estou
deliciando-me com seu estilo bem simples — mas exaustivamente laborado, pois
preciso, enxuto. Adoro a sutileza, o fino da ironia, e a aparente “despretensão”
com que Raymundo Netto escreve e brinca com as palavras.
Dei muita risada com a crônica
"Literatura Cearense versus Brad Pitt".
Raymundo Netto tem olhos abertos para o mais trivial do cotidiano — o absurdo e
o rotineiro que ninguém enxerga ele consegue ver e transformar numa sátira bem
acabada, — coisa de poeta.
Escrito com “a pena da galhofa” e um
tantinho das tintas da “melancolia” e do melodrama, acho que o livro, por fim,
diverte a todos.
Lembrei de Nietzsche, quando no seu Ecce
Homo, assertivamente recomendou: “Ridendo dicere severum”.
Sou fã de carteirinha do cronista
Raymundo Netto.
Bruno
Paulino
Poeta,
cronista, contista, cordelista, pesquisador e professor.
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