domingo, 21 de setembro de 2025

"Coisas Engraçadas de Não Se Rir", por Bruno Paulino


Comecei a ler Coisas Engraçadas de Não Se Rir, novo livro do grande cronista Raymundo Netto — para tentar descansar um pouco a cabeça da correria louca dos últimos dias.

O livro reúne várias histórias curtas, crônicas bem leves, algumas líricas e outras cômicas. Estou deliciando-me com seu estilo bem simples — mas exaustivamente laborado, pois preciso, enxuto. Adoro a sutileza, o fino da ironia, e a aparente “despretensão” com que Raymundo Netto escreve e brinca com as palavras.

Dei muita risada com a crônica "Literatura Cearense versus Brad Pitt".
Raymundo Netto tem olhos abertos para o mais trivial do cotidiano — o absurdo e o rotineiro que ninguém enxerga ele consegue ver e transformar numa sátira bem acabada, — coisa de poeta.

Escrito com “a pena da galhofa” e um tantinho das tintas da “melancolia” e do melodrama, acho que o livro, por fim, diverte a todos.

Lembrei de Nietzsche, quando no seu Ecce Homo, assertivamente recomendou: “Ridendo dicere severum”.

Sou fã de carteirinha do cronista Raymundo Netto.

 

Bruno Paulino

Poeta, cronista, contista, cordelista, pesquisador e professor.



 

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