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Autores Cearenses estão na Pindaíba!!!
Como até aí não tem novidade? Pera lá, gente, estou me referindo à
revista Pindaíba nº 3!!!
Há quem acredite que a Pindaíba esteja na AVONguarde da literatura cearense e do baixo Benfica. Traduzindo,
seria dizer que ela é uma espécie de revista “fuleira de luxo” (dizem ser
adeptos ao “Phuleirismo”), Bis Coito Fino, como jamais diriam - mas o quereriam
- os eruditos.
Numa manhã chuvosa encontrei um cidadão, meio-cidadão na verdade, que
atende pelo pseudônimo luso-hispano-cearês de El Escritor del Benfica. Folheamos
juntos a obra de, ohs!, 124 acabalísticas
páginas. Não, gente, de boa, a revista da editora EdBar está super de plus!, tendo,
como editores, Cláudio Bentenmuller, Manoel Carlos, Augusto Nascimento e André
Dias (autor da capa e do projeto gráfico) e, obviamente, não tem nenhum jornalista
responsável, o que seria incompatível com a natureza do periódico esporádico e
esporológico. Os revisores são três, o Poeta de Meia-Tigela, a Babi e a
Gracielly Dias, mas, com certeza, nenhum deles chegou a ler (ou quis ler) a
revista inteira, pois é incontável a massa e o volume de erros nesta matéria,
quimicamente falando... e desatualização do acordo, mas acho eles não entram em
acordos (erraram inclusive o endereço de meu blogue, o mais imperdoável dos
erros!!!). Poderia dizer que se trata de questão de estilo, ou licença poética,
mas seria como lavar a cara com óleo de peroba numa bacia de maçaranduba.
André Alcman abre a revista com “Aqui Jaz um Cidadão”, o que era para ser
um necrológio, treze anos depois, do espaço cultural Cidadão do Mundo, se
tornou um apanhado do panorama musical (“heavy, punks, blues, MPB, Techno,
tutti frutti quanti”) dos finais dos anos 1990 em Fortaleza, além de uma trilha
histórico-testemunhológico-musical do Cidadão Instigado, seguida dos quadrinhos
“Polícia Cidadã”, uma mensagem em quadrinhos de André Dias (um parente bastardo
do Gonçalves) realmente baseada em solidariedade. Depois, a secção “Contos
Sujinhos & Poeminhas Sujos”, só a nata (de leite eles não gostam, mas de
cervas) com a participação de 34 corajosos (ou sem noção) colaboradores
apresentados por Manoel Carlos que os classificam em “representantes da
literatura ejaculatória brasileira”, uma boca livre de “sacanagem figurada”:
Sr. & Srta. P, a Academia dos Poeteiros (numa produção coletiva, ou suruba literária, sei lá), Airton Lima
em “Supunhetamos”, Lisa Lorena em “Então chegou o dia”, Pedro Salgueiro em “Nas
pedras do Estoril” (também baseado em fatos reais), El Escriba del Benfica com
“Alice Flamboyant no país das maravilhas do Benfica”, “Coito de Contos” (o título
impresso errado, claro), de Felipe Neto (que ficaria muito legal na voz de
Ricardo Guilherme...), “Do bombom e
outros açucares”, do Senhor G., “Eva”, da Filha de Sade (que nas horas vagas
escreve para crianças), “Plano Amoroso”, poesia de Ana Cristina de Moraes, “E
sempre SEXO no TUDO é?”, de Eugênia Siebra, “Bandeira dois”, de Cláudio
Bentemuller, “A leitura de Lia”, de Cellina Muniz, “Fábula”, do Poeta de
Meia-Tigela (um diálogo fabuloso-vérsico entre o pênis e os ciumentos
testículos, com direito a moral e tudo), “O aprendiz de feiticeiro”, de Nuno
Gonçalves, dentre outros, sempre servidos de uma via sacrassutra por George
Alexandre, Wellington Oliveira, Ewerton, Fábio Miranda (Thundercat rô),
Nathália Forte, além da participação de Eugênia Siebra, Carlos Nascimento,
Átila, Dinéffe Punk e Carlos Jorge. Uma entrevista com Falves Alves, criador de um dos primeiros cineclubes em Natal, um
dos membros do “Poema/Processo”, sendo censurado na década de 70, quando
participou da Erótica, revista de desenhos
da Fundação José Augusto do Rio Grande do Norte. E, finalizando, graças a Deus
e ao pastor Infelicianus, a secção “Tô Puto (a)” ou “Tô Put@”, nem sei mas como
resolver esse problema de gênero e isso também me deixa puto.
Manoel Carlos, cheio de Raul na cabeça (penso que conheceu a sua música ontem, entre duas aranhas e uma maçã), traz um pós-editorial (era claro que essa revista terminaria em pós) e
um poema do poeta breviário Marcelo Bittencourt saudando, carinhosamente, na
tércia capa, o leitor (aí é sem noção, meeeesmo).
Pois é, eles podiam estar roubando, matando (outra coisa que não a
gramática), sequestrando, mas estão só fuleirando e provando que fazer a Pindaíba é bacana, mas cerveja é melhor.
Quem quiser, mesmo assim, adquirir essa revista, a 15 pratas, entre em contato com:
Manoel Carlos: manoelcarlos@gmail.com
André Dias: diasnoc@yahoo.com.br
Cláudio Bentemuller: cbentemuller@gmail.com
O Ministério da Cultura adverte: a Pindaíba não tem nada a ver com incentivo
à leitura ou coisa parecida, então nem inventem esse papo de mané filho que não
gosta de ler e tal, e deixem que as crias pratiquem autoconhecimento no
banheiro e, se um dia, eles gostarem do espetinho do Bar do Assis, acabam
colaborando com a turma do canabisliterobiritis, falou?
É isso aí, Raymundo!
ResponderExcluirFinalmente uma elaborada crítica à Revista Pindaíba nº 3, algo que nem o corpo docente (este nem sente) e o corpo revisor (este sente muito a dor) não o fizeram há dias. Ah, esses prazeres dos dias.
ResponderExcluirLogo a crítica revela com justeza o espírito e os equívocos de pindaibeiros diversos. A crítica da crítica, esta sempre nos interessa; mas do que as "mentiras sinceras" para não olvidar o poeta que não estar morto Agenor (Cazuza).
No que me concerne, até aonde nossa meia-cidadania, vista e poesia (aquela de cego) alcançam e podem ver sou grato a trípartide pseudocidadania "luso-hispano-cearês".
De Pindaíba em Pindaíba e mais ainda, de fulherismo em fulherismo, sem noção nenhuma, diz o Dias e os demais que: VENCEREMOS !
Hahahahaha
ResponderExcluirComo dizem por aí, até 2014 estaremos em acordo com que quiserem ou não. Mas ainda continuaremos a escrever. Ah prazer em conhecê-lo, não tanto dos prazeres cantados na Pindaíba, mas sempre um prazer.
ResponderExcluirLima Barreto, gosto muito de você, sabe disso. Você é um grande protestador, um grande idealista, resistente e combativo. Obrigado pela visita.
ResponderExcluirOlá, Raymundo,
ResponderExcluirestando muitíssimo ocupado no bar do Assis nas últimas semanas, somente agora me disponho a um breve comentário sobre suas tão calorosas e generosas impressões sobre nossa revistinha.
Na verdade não se trata de um comentário, estas linhas são antes de mais nada um agradecimento.
É impressionante! Após a postagem a procura pela Pindaíba aumentou vertiginosamente. Isso se deu, é claro, pelo imensurável prestígio que seu tão conceituado e normativo blog dispõe, evidenciado pelos incontáveis acessos diários, mas, sobretudo, devido a sua comovente boa vontade em nos alertar das deficiências e falhas das nossas letrinhas.
Devido à procura incessante pela revistinha nas últimas semanas, já providenciamos uma segunda tiragem (antes que se desespere, é bom saber que despedimos sem aviso prévio os revisores que nos afligiram, o diagramador sem propósito – eu, que vos escreve – assim como todo o corpo editorial, que acha que “literatura é bacana, mas cerveja é melhor”.
Em seus postos colocamos verdadeiros homens das letras, que preferem o vernáculo luzidio e intocado à uma cerveja gelada e uma boa foda, fazendo valer os seus postos no front pela boa literatura, mesmo que na maioria das vezes desprovida de alma e paixão, porém, perfeitamente escrita sobre linhas retilíneas e sacrossantas.
De resto, como prova do nosso agradecimento, tinha a pretensão de rabiscar uma charginha em sua homenagem, teria o seguinte título: “Cerveja é bom, mas cadeirinhas na calçada é melhor”. Infelizmente, como prefiro cerveja, não disponho de tempo para tal empreitada.
Mais uma vez, obrigado, Netim, pela atenção.
André Dias
E QUEM DISSE QUE SERIA FÁCIL, NÉ ANDRÉ? É HORA DE REPENSARMOS NOSSA LITERATURA DIONISÍACA E NOS PROPORMOS A ALGO MAIS SÉRIO, COMO DIRIA LIMA BARRETO UMA LITERATURA DE "OLHO NO CASTILHO" OU NÃO, VAMOS CONTINUAR OS BARDOS DO BENFICA.
ExcluirAndré Dias, pois eu acho que não, vocês deveriam continuar fazendo o que vocês sabem fazer e da forma como fazem. Não dá para querer ser o que não é, concorda? Verdadeiros homens das letras? Quem são? Diga-me depois. Quanto à charge, preferiria assim: "Cerveja é bom e nas cadeirinhas na calçada ainda é melhor.", pois é assim que eu penso. E se for no Benfica, então... Engraçado você falar de falta de tempo. Penso até em rir. Mas confio em você, e tanto confio, que nos dois editais que você teve obra contemplada, eu participei das bancas.
ResponderExcluirAndrezim, obrigado pelas notícias, mas traga todos de volta, revisores, diagramadores e o escambau. Deixe de bobice. rsrsrs
e eu fico pensando: e não é que ele leu.
ResponderExcluirE não é que "eles" leram... rsrsrs Todo dia cresce mais um pouquinho a leitura do texto que fiz sobre a "Pindaíba". A revista tem audiência, viu?
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