LANÇAMENTO
Emílio Hinko, arquiteto - o último eclético:
arquitetura e poder em Fortaleza
de
Romeu Duarte
Ilustrações:
Domingos
Linheiro
Data
e Horário: 3 de dezembro de 2021, às 19h
Local:
Cantinho do Frango (Torres Câmara, 71, Aldeota)
SOBRE A OBRA:
O
livro Emílio Hinko, arquiteto - o último
eclético: arquitetura e poder em Fortaleza, escrito e ilustrado
respectivamente pelos arquitetos Romeu Duarte e Domingos Linheiro, aborda a
vida e a obra do ilustre profissional húngaro, nascido em Budapeste em 1901, o
qual, desde 1929, quando aqui chegou, vindo de Belém do Pará, fixou residência
em Fortaleza, desenvolvendo um punhado de obras que contam um pouco da história
de nossa capital. Prefaciada por Lúcio Alcântara, atual presidente da Academia
Cearense de Letras, a publicação é acompanhada de um documentário elaborado
pelo cineasta Roberto Bonfim, ambos trabalhos produzidos por Augusto César
Bastos.
O livro trata da intensa participação de
Hinko no ambiente da arquitetura e da construção civil fortalezense durante
mais de 50 anos, quando produziu obras de vulto, tais como o Hospital de
Messejana, a Base Aérea de Fortaleza, a Igreja das Irmãs Missionárias e a sede
do Náutico Atlético Cearense, entre muitas outras, prova de sua íntima relação
com as elites políticas e econômicas locais.
Inicia-se com uma biografia do arquiteto,
que se estende por sua infância e adolescência vivida na capital da Hungria,
seu período de trabalho em Milão, na Itália, sua viagem ao Brasil, de Fortaleza
a Belém e, por fim, a Fortaleza, onde faleceu em 2002. No segundo capítulo,
como um pano de fundo para a sua atuação, apresenta-se o extenso quadro de
mudanças socioespaciais sofrido por Fortaleza nos 73 anos em que o profissional
aqui viveu.
De maneira a contextualizar seu trabalho
no panorama arquitetônico e urbanístico da época, no terceiro capítulo faz-se
uma apresentação da produção dos principais nomes do métier, no Brasil e no mundo, no momento em que chegou a Fortaleza
e se estabeleceu profissionalmente.
No quarto capítulo, realiza-se uma leitura
analítica de suas obras como uma arquitetura feita para simbolizar e transmitir
poder, fruto de suas relações com as elites locais.
A conclusão do livro, de forte cunho
pessoal, é escrita ao modo de uma crônica, na qual seu autor discorre sobre a
importância da valorização e preservação da obra de Emílio Hinko ao tempo em
que denuncia o descaso de nossa sociedade para com a proteção do patrimônio
cultural edificado.
Pretendeu-se, com a publicação, lançar luz
sobre personagens relevantes, conquanto esquecidos, desconhecidos ou
desvalorizados, da nossa arquitetura, bem como dar voz a outros pesquisadores
cearenses, destacando a importância dos seus estudos sobre esse assunto, além
de ampliar o espectro do acervo edificado a proteger, cada vez mais objeto de
um cruel projeto de destruição programada.
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