sábado, 14 de maio de 2016

"Ainda sobre o Golpe!", por João Alfredo Telles de Melo


55 votos (no Senado) X 54 milhões (nas urnas).
Um processo aberto na Câmara por um desafeto da presidenta e de seu partido, retaliando o processo de cassação de seu mandato de deputado. Um pedido de impeachment encomendado (e pago!) a uma "jurista" pelo partido derrotado nas eleições presidenciais. A falta de fundamentação legal para as razões do pedido de impeachment, já que práticas semelhantes (as chamadas "pedaladas") já haviam sido realizadas não só por ex-presidentes, mas, também por ex e atuais governadores, inclusive o relator do processo no Senado; prática esta que era considerada legal até ontem pelo TCU. Um "tribunal" político, o Congresso Nacional, onde a maioria de seus membros é composta de investigados ou até réus em diferentes processos de corrupção, inclusive, na operação Lava Jato. Um judiciário politizado até à medula, que, desde a ação ousada de juízes de primeiro grau, através de "pequenos golpes" (como o vazamento seletivo que atingiu até a presidência da República e o impedimento da posse de um ministro) até a complacência conivente da mais alta "corte" (o nome é sugestivo!) do país - teve participação ativa para garantir a "roupagem legal" do processo de impeachment.
Uma mídia, cuja principal rede de comunicação (que, lembre-se, sempre foi regiamente cevada com dinheiro público, inclusive dos governos petistas) funciona como um verdadeiro partido político e que, como porta-voz das classes dominantes e de suas elites políticas, teve papel fundamental para (de)formar a opinião pública favorável à destituição da presidenta. Aí vêm dizer que não foi GOLPE???
GOLPE, sim. Institucional, legislativo, midiático e, acima de tudo, inconstitucional! É preciso reafirmar SEMPRE! Portanto, está mais do que na hora de devolver ao povo o que lhe foi roubado: a sua SOBERANIA!
A votação de hoje antecipa já a cassação definitiva de Dilma e a entronização definitiva do golpista e usurpador Temer, com seu saco de maldades contra o povo brasileiro. Por isso, temos que lutar por NOVAS ELEIÇÕES. Eleições gerais, porque esse Congresso, por sua maioria, perdeu completamente a legitimidade ao "legitimar" o Golpe. 


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