segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

"Tempos Difíceis", de Romeu Duarte para O POVO


Foto: Ricardo Stuckert/PR

Chama-se plutocracia o comando exercido ou influenciado pelo segmento social mais abastado de uma dada população. A tal palavra, composta, deriva dos vocábulos gregos plouto, riqueza, e kratos, governo. Assim, abandonando a ideia de uma administração liderada pelo cachorro do Mickey Mouse, é o governo dos ricos, oposto à democracia, que é o governo do povo.

O capital, em sua atual fase, escancara uma face vil, escrota e perversa que ainda não havia apresentado. Ele, que sempre se esmerou em morrer para renascer cada vez mais podre, só que, desta vez, foi além do esperado. Escorado na mentira, nos desvãos sombrios das redes sociais, no analfabetismo político e na opressão, serve bem a um projeto criminoso de destruição da Terra e dos seus habitantes.

É o que se pode pensar e sentir ao se ver os três mosqueteiros da desesperança, musk, trump e zuckerberg (tem fonte menor, redator?), brandindo seus floretes contra os interesses democráticos e populares em todo o mundo.

Se os dois mais novos, multibilionários, acham que suas empresas e seus negócio$ estão acima das leis dos países e que podem fazer o que bem entender em nome de uma imunda "liberdade de expressão", que só funciona para propagar fake news aos quatro ventos, o mais velho, não menos cheio do ouro e agora guindado à presidência dos EUA, pretende, além de expulsar os imigrantes, anexar de forma pura e simples, o Canadá, a Groenlândia, o México e o Canal do Panamá.

Como diria a minha santa e saudosa mãezinha, meta-lhes o braço que o dedo é pouco.

Enquanto o planeta se escandaliza ante tanta arrogância e violência, surge a pergunta que não quer calar: para o que serve, hoje, a ONU? Desmoralizada pela inação frente ao genocídio que Israel promove no Oriente Médio, o que resta à organização para defender a paz entre as nações? Com toda certeza, o papa Francisco, sozinho e de maneira corajosa, tem feito muito mais por isto do que o comissariado do organismo internacional.

É claro também que as reacionárias vacas de presépio globais aplaudem as escaramuças do famigerado trio, tal como as que foram recentemente apeadas do poder no país. A plutocracia brasileira, formada pelas avenidas Faria Lima e Paulista e boa parte do agro, faz coro ao tétrico jogral, neste aniversário de dois anos do ensaio de golpe do 8/1.

É por isso que é tão importante comemorar a vitória de Fernanda Torres na disputa do Globo de Ouro e o retorno das peças artísticas pertencentes às sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, vilipendiadas quando da atroz tentativa de quartelada, aos seus lugares de origem e devidamente restauradas. Ambos foram vitórias da cultura e dos que a produzem, após anos de incursões que tinham como único fim o seu solapamento. Os dois feitos são denúncias e bem-sucedidas intervenções que evidenciam as forças malignas que operam dia e noite para destroçar o Brasil, agora cada vez mais às claras e conhecidas internacionalmente. Não dá mais para tapar o sol com a narrativa peba da peneira, canalhas. Para vocês, a solução é justiça e cadeia. Sem anistia!






 

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