Lançamento
O Olhar Tardio de Maria
Contos de
Carlos Gildemar Pontes
Data e Horário: 6
de dezembro (sexta-feira), a partir das 19h
Local: Shopping Benfica (ao lado do Habbib’s)
Apresentação: Aila Sampaio
Curadoria: Silas Falcão
Apresentação: Aila Sampaio
Curadoria: Silas Falcão
Preço promocional do livro: R$ 30,00
Sobre o
autor e a obra:
Aplaudida
pela crítica acadêmica e jornalística, a obra de Carlos Gildemar Pontes se
consolida a cada livro como literatura que faz sombra para muitos jovens
aspirantes ao difícil mundo da arte literária e, ao mesmo tempo, lança luz
sobre caminhos ainda não trilhados da literatura.
Multiversado nos gêneros literários, Gildemar Pontes transita com
maestria pela poesia e pela prosa, escrevendo crônicas em jornais, revistas e
sítios diversos. No conto, assina três livros importantes para o conhecimento e
desenvolvimento do miniconto ou conto
mancha, desafio de produção com enredo mínimo, sugestivo, como se
tivesse o mesmo efeito do haicai para
o poema. Nos três livros de contos já publicados, O silêncio (infantil), A
miragem do espelho, premiado na Paraíba em 2018, pela Universidade Federal
da Paraíba, e Da arte de fazer aeroplanos,
percebe-se a evolução do gênero nas mãos hábeis de um escritor contemporâneo
que conhece literatura, já que é professor desta disciplina na Universidade
Federal de Campina Grande, e sintonizado com os problemas existenciais das
grandes cidades (o autor é de Fortaleza) e das cidades pequenas e médias, enraizadas
no interior do Brasil. Como professor e palestrante, espalha seu conhecimento
pelos rincões mais entranhados no Nordeste e Sudeste do Brasil.
Sua produção literária iniciou muito cedo, quando ainda era
estudante de Letras da UFC, publicando nos suplementos de cultura do Diário do Nordeste, O POVO, Tribuna do Ceará,
Jornal de Cultura da UFC e da Revista Acauã, da qual foi fundador e
hoje é o editor.
Dos muitos prêmios literários que recebeu, o primeiro talvez
considere o mais importante, pois foi vencedor de um concurso de contos
promovidos pela Sociedade Cearense de Psiquiatria do Ceará, na década de 1980,
justamente quando estava começando a desenvolver sua aptidão para a prosa.
Depois vieram outros concursos e a presença em antologias nacionais
importantes, publicando em Contos cruéis:
as narrativas mais violentas da literatura brasileira contemporânea; e Capitu mandou flores: contos para
Machado de Assis nos cem anos da sua morte, ambos pela Geração Editorial de São
Paulo; Quartas histórias: contos
baseados em narrativas de Guimarães Rosa, pela Editora Garamond, todas organizadas
por Rinaldo de Fernandes; O cravo roxo do
diabo: o conto fantástico do Ceará, organizada por Pedro Salgueiro; além de
inúmeras antologias nos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraíba,
Ceará e no Distrito Federal.
Discípulo de Moreira Campos, Gildemar foi seu aluno no Curso de
Letras da UFC e teve no livro premiado A
miragem do espelho, o posfácio escrito pelo mestre do conto cearense. Assim
disse Moreira Campos “Surpreendeu-me a obra de Carlos Gildemar Pontes, um
apaixonado pelo conto desde os tempos de estudante, paixão esta mais apurada,
já que é professor de Literatura Brasileira da Universidade Federal da
Paraíba.”
Outros escritores e críticos também abonaram a obra de Gidemar
Pontes. Edilberto Coutinho, Anazildo Vasconcelos, Pedro Lyra e Adriano
Espínola, no Rio de Janeiro; Rinaldo de Fernandes, Hildeberto Barbosa Filho,
Paulo de Tarso Cabral, Linaldo Guedes, na Paraíba; Francisco Carvalho, Pedro
Salgueiro, Nilto Maciel, Sânzio de Azevedo, Artur Eduardo Benevides, Roberto
Pontes, Carlos d’Alge, no Ceará; Leontino Filho e Anchieta Pinto, no Rio Grande
do Norte, dentre tantos jornalistas em muitos estados.
O autor Carlos Gildemar Pontes
Neste novo livro de contos, O
olhar tardio de Maria, Carlos Gildemar Pontes passeia do conto poético “A miragem”,
que se esbalda no derramamento lírico, ao conto cruel, “O sorriso de
brinquedo”, cuja aspereza da realidade dos miseráveis leva ao cúmulo de um
grupo de mendigos assaltar o depósito do lixão de uma grande cidade. Não deixa
o autor também de transpor o limite do grotesco em “Gemidos sinceros”. Ou a
surpreendente descoberta de um narrador inusitado em “Minha gente”, conto
homônimo ao conto de Guimarães Rosa, publicado em Primeiras histórias. Há, ainda, um conto extremamente bem
realizado, “Diário de um cego”, escrito em forma de diário por um narrador em
terceira pessoa que acompanha o dia a dia de um cego. O personagem cego é
apaixonado pelo cheiro de uma mulher que o leva ao delírio de vê-la, possuí-la
e ser seu homem. Tudo isso mediado por uma narrativa do cotidiano comum de
alguém que percebe o mundo através dos sentidos. Uma verdadeira obra-prima. Os
contos fantásticos são uma parte do livro que eleva a condição do escritor a
desfilar ao lado de Kafka ou Murilo Rubião. “Perfil de um homem comum” e “O
sequestro de Gregor” são dois belos exemplos desta temática.
É um livro que se impõe pelo fino trato de um artesão pelo modo com
que o autor trabalha seus contos. E como disse Rinaldo de Fernandes,
prefaciador do livro. “O leitor,
portanto, está diante de um contista consistente, de escrita poética, cujas
narrativas se inserem nas vertentes centrais do conto contemporâneo. Pelas
situações que aborda e pelas formas que adota, Carlos Gildemar Pontes é,
plenamente, um contista do nosso tempo.”.
Linaldo Guedes
Poeta
e Jornalista
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