Tão belo é o Ceará!
É belo de fazer dó!
Belo como um maracá
E o canto de um rixinó.
A partir da lembrança viva e vivida de infância, na
qual Ana Miranda e sua irmã Marlui participavam de dramatizações escolares em
ocasião de datas comemorativas, a autora nos traz o grande acontecimento, um
dos maiores e mais bombásticos de toda a antropologia cabeça-chata: o
nascimento do Ceará!
Como
nasceu o Ceará?, segundo Ana, “pode ser lido e olhado como palco
imaginário, lido como apenas um livro ou um texto de teatro, para ser encenado
com crianças de uma escola, comunidade, família...” E pode. E deve mesmo.
O texto é narrativo-poético, fragmentado não em
capítulos, mas em cenas, imaginada e sugerida a sua representação em jograis. O
enredo contempla a nossa história, a partir das belezas e riquezas naturais, de
nossos bichos e aves, dos povos primitivos até a chegada dos euro invasores, ambientado
no Siará Grande, de céu, terra e mar, “Um sonho que era mais doce/Do que o mel
dos palmeirais”.
Ana desenvolveu a grande encenação buscando a “democracia
de tipos”, na qual cada personagem tem a sua importância e atuação,
independentemente de ser astro, homem, bicho ou planta. Sim, os atores também
estampam o ambiente cênico insinuado. O texto de Ana dá vida e fala a todos
(crianças-narradores, crianças-índios, crianças-brancos, criança-rei, crianças-velas,
criança-sol, criança-lua, crianças-estrelas, crianças-plantas, crianças-bichos
e por aí vai), numa composição rica, tão colorida e simbólica quanto as
ilustrações a lápis de cor que permeiam toda a obra, encantando, favorecendo a
memorização, provocando a segunda leitura, ressignificando, apresentando outro
mundo – o mesmo nunca antes observado –, criativo e ordenado de poesia – verbal
e visual – que mina das mãos da artista.
Ana, que traz a experiência de jovem avó e a compreensão
do universo infantil – tem vários livros infantis de sucesso –, dá a dica: “Estimuladas
por um trabalho coletivo, as crianças [os seus pequenos leitores] exercitam
também o sentido de organização, associação e de realização em grupo. Tratando
de temas relacionados à natureza e cultura locais, experimentam noções de meio
ambiente, assim como da história de seu povo.”
Enriquecendo a obra, a autora anexa ao Como Nasceu o Ceará? uma “cronologia dos
acontecimentos”, cita os livros de referência e ainda sugere ideias de montagem
para peças, sejam elas encenadas num quintal, num adro de uma igreja, na escola
“ou no palco mais amplo e infinito e belo, que é o da imaginação.”
Obra indispensável para a formação da biblioteca de
nossos filhos e para a escola, contemplando o gosto pela descoberta de nossa
história, pela leitura (em especial a da poesia e a dramatúrgica) e uma
belíssima oportunidade de introduzir as crianças no teatro.
Visite a nossa livraria virtual: www.livraria.fdr.com.br
Raymundo Netto
Serviço lançamento Como Nasceu o
Ceará?, de Ana Miranda:
Data e horário: 7 de março de 2015, sábado, às
17h
Local: Espaço O POVO de Cultura &
Arte (av. Aguanambi, 282, Joaquim Távora – anexo à sede do jornal O POVO –
estacionamento gratuito, ao lado do O POVO)
Informações sobre o lançamento: (85)
3255.6037/(85) 3255.6226
Booktrailer: https://www.youtube.com/watch?v=og_tDvb0-r8
Informações da obra:
Nº de páginas: 72
Formato: 20,5, x 27,5
Peso: 0.100 Kg
Acabamento: Brochura
Publicação: 2014
Ilustrações: Ana Miranda, com ornamentos
iconográficos de Amaurício Cortez e Karlson Gracie.
Investimento: R$ 39,90 (PREÇO DE LANÇAMENTO)
www.livraria.fdr.com.br
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