quarta-feira, 5 de novembro de 2014

AlmanaCULTURA IN Dica: "Tim Maia: não há nada igual", nos cinemas


Cinema Del Paseo, "Tim Maia: não há nada igual", sessão das 21 horas, sala com 170 poltronas. Dois casais, EU e um grande pacote de M&M's de amendoim. Um vazio imenso que seria ocupado em logo pela trajetória astroheroica de Sebastião Maia, o Tim Maia, brasileiro da Tijuca.
O filme, ficção baseada no livro biográfico de Nelson Motta, Vale Tudo: o som e a fúria de Tim Maia, tem mais pecados que o próprio Tim, urdido em seu Universo em Desencanto, mas vale pela lembrança, pela tentativa de reconstrução e pelo zelo em algumas reproduções (apesar da dificuldade de situarmo-nos no tempo e a desbastação da trajetória de seus anos finais), pela cenografia, figurino, interpretação e pela seleção musical. Ao final, emociona!
O narrador-personagem, uma espécie de mix condensado de seus amigos, se refere ao cantor/compositor, um dos, se não for "o", introdutores do soul na MPB,  como "gênio" e "genialidade" pelo menos três vezes no filme, o que é próprio da paixão da convivência e proximidade com seu objeto de pesquisa. Não acho que chegue a tanto. Aliás, na minha opinião, o Tim é até responsável em destruir, em suas releituras, algumas músicas maravilhosas.
Também acho que houve uma pequena vingança contra o Roberto Carlos, ex-integrante da banda Sputniks, da qual ambos faziam parte, mas também responsável em tirar Tim Maia da escuridão com a gravação de sua música "Não vou Ficar", em 1969, cuja versão apresentada no filme é ridícula, a pior que já ouvi na vida, ao contrário da original, gravada pelo Roberto.
Adorei ter assistido ao filme, que deve ser curtido até o fim, ao som da boa música que o polêmico síndico provoca. Afinal, tudo um dia tem um fim... e acaba!

Trailer Oficial do Filme "Tim Maia"

                                      Para ouvir o clássico "Você", de Tim Maia

De repente a dor
De esperar terminou
E o amor veio enfim
Eu que sempre sonhei
Mas não acreditei
Muito em mim
Vi o tempo passar
O inverno chegar
Outra vez
Mas desta vez
Todo pranto sumiu
Um encanto surgiu
Meu amor
Você
É mais do que sei
É mais que pensei
É mais que esperava, Baby
Você
É algo assim
É tudo pra mim
É como eu sonhava, Baby
Sou feliz agora
Não, não vá embora, não
Não não vá embora
Vou morrer de saudade
Vou morrer de saudade
Não vá embora
Não vá

Para assistir à entrevista do Tim Maia no Jô Soares em 1997,
um ano antes de seu falecimento


https://www.youtube.com/watch?v=qL22kjEwn0k

Nenhum comentário:

Postar um comentário